sábado, 8 de setembro de 2007

i) Testamento do Tenente - Coronel Alexandre José Montanha

Testamento do Tenente - Coronel Alexandre José Montanha

1800, Novembro, 11
Arquivo Nacional da Torre do Tombo,
Registo Geral de Testamentos,
Livro 347,
fl. 107-108

Testamento do Tenente - Coronel Alexandre José Montanha;

testamenteiro: José Alexandre Montanha, “Criado grave do Ill.mo e Ex.mo Marquez do Lavradio morador em sua Caza”.

Declara ter sido casado a 1.ª vez com D. Maria Caetana de Azevedo, da qual ficaram dois filhos, José Alexandre Montanha e D. Mariana Gertrudes Montanha, “os quaes existem vivos e são meus unicos Herdeiros e por taes os declaro, e com elles fiz partilha amigavel, e segundo ella se acha a dita minha filha mais que paga do que lhe tocou, e só resta ao dito meu filho a quantia de duzentos oitenta e cinco mil seis centos e oitenta reis”.

Declara que se acha no posto de Tenente - Coronel do Corpo dos Engenheiros “e quero que da minha morte senão dê parte no Quartel General por não desacomodar aos meus camaradas”;

deixa os serviços que tem feito à Coroa no exercício militar à filha e neta D. Maria Victória para pedirem a remuneração deles; dispõe da terça, tomando-a nas “Apolices do novo emprestimo e na fazenda que possuo em Manique” e institui herdeiras desta a referida filha e neta, para ser dividida em duas partes, ficando a dita fazenda para a neta; ficam ambas obrigadas a “concorrerem com o que for necessario, e couber no possivel a seu filho, e Irmão Alexandre Joze”.

Declara estar casado 2.ª vez com D. Maria Rita Doroteia Lisboa da qual não tem filhos; pede que o funeral seja “sem pompa e o deixo ao arbitrio de meus Testamenteiros”;

nomeia como testamenteiros:
em 1.º filho José Alexandre Montanha,
em 2.º a mulher,
e em 3.º José Gomes;
por não poder escrever, escreveu António de Freitas e Azevedo. 11.11.1800

Aprovado a 12.11.1800, em casa do testador, na Rua dos Fiéis de Deus e esquina da Travessa dos Caetanos, pelo Tabelião de Notas Martiniano José Vicente.

Testemunhas:
António João Alizere, negociante,
António Maria Seabra, criado de D. Maria Margarida,
José Alves, assistente na dita casa,
José da Costa, criado da referida senhora,
João Freire, mestre barbeiro,
e Joaquim Feliciano, carpinteiro, moradores nesta rua.

Abertura a 13.11.1800, por falecimento do testador.

Assinado por José Alexandre Montanha.

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