sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Capº 6 - HEUSCH

1-HUSCHE “DE LIBERME”,
documentado em 1398-1403 em Liberme no ducado de Limburg, na região de Walhorn, a Ocidente da estrada Eupen-Kettenis-Eynatten-Aachen.
Filho:

2-HEINRICH HOESCH “DE KETTENIS”,
nasceu entre 1390 e 1410 e morreu em Kettenis cerca de 1459/1460, proprietário em Liberme e Kettenis, jurado em Walhorn, documentado em 1444-1456.
Casou depois de 1476 e aparece documentado como viúvo de 1465 a 1476.
Filho:

3-BARTHOLOMAEUS HOESCH, “DE LIBERME E KETTENIS”,
nasceu entre 1440 e 1450, morreu em Kettenis antes de 23-3-1531, é citado em 1476-1523, em 1487 é jurado no Tribunal Criminal de Walhorn, vassalo da colegiada de coroação real em Aachen, com domicilio inicial na estrada de Liberme, adquiriu em 1476 uma quinta em Kettenis, posteriormente a Quinta Hoesch, e em 1478 uma quinta em Liberme, a partir de 1479 adquiriu à Câmara de Varões da colegiada de coroação em Aachen várias propriedades feudais, em 1492 remiu a renda de Beusdall que já aparece documentada em 1466, efectuou o pacto de sucessão de 29-5-1505, em 6-3-1523 transferiu todos os feudos para o seu filho Hein do segundo casamento.
Filho:

4-HEINRICH HOESCH,
nasceu em Kettenis por volta de 1475 e aí morreu em 27-3-1552, sepultado na igreja de Kettenis ( a sua pedra tumular, destruída em 1944, encontrava-se no Museu Leopold Hoesch, em Düeren), foi vassalo da colegiada de coroação real em Aachen.
A primeira assinatura Hoesch é sua e data de 18-10-1501, num contrato de arrendamento referente às fábricas de calamina de Altenberger, foi dono de propriedades em Kettenis, Weims, Liberme, Baelen, Walhorn, Raeren, todos estes locais no ducado de Limburg, e em Eicherscheidt (ducado de Jüelich, actualmente distrito de Monchau).
Adquiriu em 1514 a quinta em Kettenis, em 6-3-1523 todos os feudos, através da sua segunda mulher o feudo de Eicheirscheidt.

Primeiro casamento: depois de 1-10-1499 e antes de 18-10-1501, com METZCHEN DE WALHORN, que nasceu entre 1470 e 1480, morreu em Kettenis depois de 12-1-1503 e antes de 24-12-1505, filha de HERMANN DE WALHORN, Drossart em Walhorn, e de N. DE BEELEN.

Segundo casamento: por volta de 1510 com EVA VON DER HARDT que morreu em Kettenis em 1558, filha de PETER VON DER HARDT, 5-1-1473 do feudo do ducado de Jüelich, com quinta e bens feudais de Eicherscheidt, enfeudado em Monschau, e de ANNA.
Filho do segundo casamento:

5-PETER HEUSCH,
antepassado dos Heusch de Antuérpia, Hamburgo, Portugal e Itália.

Nasceu em Kettenis cerca de 1512 e morreu entre 2-8-1556 e 3-1-1561, cidadão e, desde 1542, vereador de Züelpich, em 28-4-1551 é concedido a si e aos seus irmãos o feudo de Eicherscheidt em Jüelich, no actual distrito de Monchau.
Casou com GEIRGTEN.
Filho:

6-MICHAEL HEUSCH,
nasceu em Züelpich cerca de 1535 e morreu em Antuérpia em 4-3-1587, Igreja Onze Lieve Vrouwen Kerk; comerciante de panos e sedas, em 6-9-1560 é cidadão de Antuérpia (Poorter der Stad), Chefe da Coorporação de Besteiros de São Jorge (Deeken van de ouden Voet-Boeg van St.Joris).

Casou com ADRIANE HAECX que morreu em Antuérpia em 15-9-1596, filha de RUETGER HAECX, comerciante em Hertogenbosch, e da sua segunda mulher CHRISTINA VAN AMERSFOORT.
Filho:

7-PETER HEUSCH,
nasceu em Antuérpia em 24-6-1565 e morreu em Hamburgo em 20-1-1644.
Deixou Antuérpia, após a capitulação de 17-8-1585, devido à sua confissão evangelista e mudou-se para Hamburgo, onde exerceu a actividade de comerciante.

Primeiro casamento: em Hamburgo em 23-5-1596 com MARIA VAN MEERE, filha de JOACHIM VAN MEERE e de MARIA MARGARETA BODE, nasceu em 15-5-1570 3 morreu em 25-9-1603.

Segundo casamento: antes de 1606 com EVA LE PETIT que morreu em Hamburgo em 7-8-1629, filha de WILHELM LE PETIT, comerciante grossista em Frankfurt e de ... PETERS.
Filho do segundo casamento:

8-WILHELM HEUSCH,
natural de Hamburgo na Alemanha Baixa.
Foi Capitão e Consul da Nação Alemã e do Mar Báltico no reinado de D. João IV, nomeado em 4-1-1641 (1).
Morou em Lisboa, onde casou (2) com KATHARINA KOHLER, natural da freguesia de São Julião, Lisboa, filha de HENRIQUE KOHLER e de CATHERINE MÄLERS.
Filhos:

9.1. ALEXANDRE DE MORAES HEUSCH, que segue.

9.2. D. ANA HEUSCH,
baptizada na freguesia de São Julião, Lisboa.
Casou (3) em 15-5-1667 na freguesia de Santa Catarina, Lisboa, com o Capitão JOÃO DE SERPA SERRÃO, filho de ÁLVARO MERGULHÃO PEREIRA e de D. INÊS DE SERPA.
Filha:

10. D. CATARINA DE SERPA,
natural de Torres Novas, casou com PEDRO RODRIGUES BARROS.
Filhos:

11.1. NICOLAU JOAQUIM DE SERPA,
natural de Torres Novas, Fidalgo de Cota de Armas.

11.2. PEDRO DE SERPA BARROS SERRÃO,
natural de Torres Novas.

11.3. ALEXANDRE JOSÉ DE SERPA,
natural de Torres Novas.

9.3. D. FELÍCIA HEUSCH,
baptizada (12) na freguesia de Santa Catarina do Monte Sinai, Lisboa, em 4-2-1646, sendo padrinho D. FRANCISCO DE ? .

Casou com PEDRO DA MAIA DE THEFFSEN, natural de Lubeque, filho de DAVID DE THEFFSEN, natural de Lubeque, e de D. MARGARIDA DA MAIA ou MAYOR, natural de Lubeque (11).
Filhos:

10.1. D. MARIA ANA ANTÓNIA DA MAIA,
natural e baptizada na freguesia de São Julião, Lisboa.

Casou com TEODÓSIO DE OLIVEIRA LEITE, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Familiar do Santo Ofício (11), Escrivão da Fazenda da Casa de Aveiro, Provedor dos Coutos da Casa de Aveiro, filho de CONSTANTINO MENDES DE GOUVEIA, natural e morador em Lisboa.
(ver Sanches de Baena, nº 1047, Jerónima).

Em 16-12-1709, na “(...) informação de limpeza de sangue e geração de D. MARIA ANA(...)”, por ocasião do seu casamento com TEODÓSIO DE OLIVEIRA, são suas testemunhas, entre outras:

LOURENÇO DE GRENE, ourives do ouro, natural de Hamburgo,
ANDRÉ HASSE, natural da freguesia dos Mártires, Lisboa, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Familiar do Santo Ofício, Fidalgo da Casa Real, casado com D. MARIA CATARINA DE DERFLING, que “(...) conheceu D. MARIA ANA desde a meninice (...)”.

TEODÓSIO DE OLIVEIRA casa (10), pela segunda vez, com D. LEONOR DE FARO, filha legítima de MARTINHO DA FRANÇA e de D. PAULA DE CÓRDOVA e natural da vila de Benavente.

10.2. D. FILIPA JOANA DA MAIA
casada com JORGE HENRIQUES, homem de negócios e morador na vila de Setúbal ao postigo da pedra, de onde é natural (11), filho de RICARDO HENRIQUES, natural da Alemanha.
Filhos:

11.1. JOÃO HENRIQUES DA MAIA,
1708-1785, Cavaleiro da Ordem de Cristo (1721), Fidalgo da Casa Real, Desembargador, Deputado.

Casou com D. ANA LUISA VAN ZELLER, 1737-1804, filha de ARNALDO JOÃO VAN ZELLER e de D. ANA FRANCISCA HENCKELL.

11.2. ALEXANDRE HENRIQUES DA MAIA

11.3. RICARDO HENRIQUES DA MAIA

11.4. D. XXX DA MAIA,
mulher de ANDRÉ FEIO GUERREIRO MALDONADO

10.3. DIOGO DA MAIA COLLER,
natural e baptizado na freguesia de São Julião onde morava na rua Nova do Almada, Lisboa, Familiar do Santo Ofício (8), Fidalgo da Casa Real (9), Cavaleiro da Ordem de Cristo (23-2-1664) (7).
Vivia de suas fazendas e sabia ler e escrever.

9.1. ALEXANDRE DE MORAES HEUSCH,
natural da freguesia de Santa Catarina do Monte Sinai, Lisboa, onde foi baptizado (4) em 8-4-1649, sendo padrinho GASPAR DE FARIA SEVERIM, Secretário das Mercês.

Morou em Lisboa numas casas que alugou, defronte da igreja do Espírito Santo da Pedreira, rua Nova do Almada, propriedade de FRANCISCO LUIS DE BARROS E VASCONCELLOS.

Foi Procurador das Causas (2) e Consul da Nação Alemã, sucedendo a seu pai.

Casou com MARIA RIBEIRA, natural da cidade de Leiria, onde foi baptizada a 24-10-1658, filha de PEDRO DIAS e de MARIA RIBEIRA, sendo padrinho MARTIM VIEIRA ALEMÃO.
Filhas:

10.1. D. JOSEFA MARIA DA ROSA DE MORAES CABRAL,
natural e baptizada na freguesia de Nossa Senhora dos Mártires, Lisboa, em 1675.

“Foi sempre mulher recolhida, tratando-se limpamente com suas criadas. Depois da morte do seu marido morou no Mocambo, freguesia de Santos, na rua Direita, em casa do seu sobrinho GUILHERME JOSÉ, filho de sua irmã D. FRANCISCA MARIA.

Casou com JOSÉ DA ROSA PINTO, natural e baptizado na freguesia de Nossa Senhora das Areias da vila da Pederneira, coutos de Alcobaça, filho de TOMÉ SIMÕES.

Foi despachado para a India com o posto de Capitão exercendo o cargo de Escrivão da Fazenda Real na Praça de Cacheu.

JOSÉ DA ROSA era irmão do drº MANUEL DA ROSA PINTO que foi obrigado na monção de Março de 1712 a passar ao Estado da India com o exercício de Físico-Mor e lente de Medicina na cidade de Goa , pai de FRANCISCO JOSÉ JOAQUIM DA ROSA PINTO, nascido na vila da Pederneira em 17-12-1721, Cavaleiro da Ordem de Cristo (5).
Filha:

11. D. LEOCÁDIA TERESA DA ROSA,
natural e baptizada (6) na freguesia de Nossa Senhora das Areias da vila da Pederneira, coutos de Alcobaça.

Casou com JOSÉ DA COSTA MONTANHA (6) na freguesia da Encarnação em 26-3-1729, Lisboa.

10.2. D. FRANCISCA MARIA DOS ANJOS DE MORAES CABRAL,
baptizada a 12-10-1678 na freguesia dos Mártires, Lisboa.

Casou (2) na freguesia da Encarnação com o Capitão ANTÓNIO GUILHERME DE CARVALHO BANDEIRA, baptizado em Santa Catarina em 1680.
Filho de GUILHERME DE CARVALHO, natural de Vila Nova de Anços, Coimbra, e de D. MARIA DA SILVA. Neto paterno de JOÃO DE CARVALHO BANDEIRA.
Neto materno de SIMÃO PIRES e de D. JUSTINA GASPAR.
Filhos:

11.1. GUILHERME JOSÉ DE CARVALHO BANDEIRA,
baptizado na freguesia de Nossa Senhora da Encarnação, Lisboa, em 24-8-1711.

Foi Cavaleiro da Ordem da Cristo (2), Capitão de uma das Companhias Auxiliares de que é Mestre de Campo o Coronel MARTIM PASSANHA, na praça de Setúbal.

Casou com D. BÁRBARA FRANCISCA XAVIER, filha de DIONIZIO CARDOSO PEREIRA, oficial de Secretaria do Conselho Ultramarino, oficial papelista da Secretaria do Conselho Ultramarino, e de D. BÁRBARA FRANCISCA XAVIER, neta paterna de JULIÃO CARDOSO PEREIRA (13).

11.2. MARIA BANDEIRA DE MORAES,
gémea do anterior, baptizada na freguesia da Encarnação, Lisboa, em 24-8-1711.

FONTES

(1) A.N.T.T., Chancelarias de D. João IV, livro 13, folha 5 verso: carta de consul da Nação Alemã em Lisboa.

(2) A.N.T.T., Habilitações da Ordem de Cristo, letra G, maço 2, nº 10:

(3) AN.T.T., freguesia de Santa Catarina, livro 3-C, folha 103 verso: “aos 15 de Maio de 667 anos corridos os banhos via ordinária, por despacho do Provisor dos Casamentos, e em virtude de uma procuração da contraente abaixo nomeada, recebi pela manhã à porta desta igreja por marido e mulher na forma ordinária a JOÃO DE SERPA SERRÃO filho de ÁLVARO MERGULHÃO PEREIRA e de INÊS DE SERPA já defunta natural de Torres Novas da freguesia de Santa Maria e morador na dita vila na freguesia de São Pedro deste Arcebispado com DONA ANA HEUSCH filha do Capitão GUILHERME HEUSCH e de DONA CATARINA COLA natural desta cidade da freguesia de São Julião e minha freguesa, foi procurador da dita contraente seu irmão ALEXANDRE HEUSCH morador nesta freguesia. Testemunhas o padre tesoureiro ANDRÉ VAZ TAGARRO, ANTÓNIO DA SILVEIRA veador de DONA LUISA DE TÁVORA morador junto a esta igreja e MIGUEL FERREIRA morador na Bica pequena meu freguês e outros muitos (...)”.

(4) AN.T.T., freguesia de Santa Catarina, livro 5-B, folha 7 verso.

(5) AN.T.T., Habilitações da Ordem de Cristo, letra F, maço 35, nº 22.

(6) AN.T.T., freguesia da Encarnação, livro 6-C.

(7) ANT.T., Chancelarias da Ordem de Cristo, livro 28, folha 76.

(8) ANTT, Santo Ofício, letra D, maço B, diligência 196.

(9) ANTT, Santo Ofício, letra A, maço 3, diligência 57.

(10) Feio Torres, página 153.

(11) ANTT, Santo Ofício, letra T, maço 1, diligência 10.

(12) ANTT, freguesia de Santa Catarina do Monte Sinai, Lisboa, livro 4-B, folha 170.

(13) Biblioteca Lusitana de Diogo Barbosa Machado, tomo II, página 422.




ANTT, Desembargo do Paço, Corte, Estremadura, Ilhas, maço 442, nº13 (2º), 1784, João Henriques da Maya: “ao Desembargador João Henriques da Maya, mordor em Setúbal, se há-de passar provisão para aforar uns pardieiros que são de morgado pelo foro em vidas de 800.
Nicolau Pereira Coutinho da Orta e Meneses, Moço Fidalgo da Casa Real, Senhor dos Redízemos da cidade da Baía administrador e possuidor do morgado que constitui Álvaro Pires da Orta na vila de Setúbal.
Desembargador João Henriques da Maya assistente na sua quinta dos Arciprestes, Setúbal, quer aforar uns pardieiros ou chão de umas casas que se acham demolidas há muitos anos sitas na rua das Canastras.

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