1. JOÃO BAPTISTA MONTEIRO,
casado com D. CATARINA SOARES.
Filho:
2. ANTÓNIO MONTEIRO DE ATAÍDE,
baptizado a 30 de Janeiro de 1689 na freguesia de Nossa Senhora da Encarnação (1), Lisboa, pelo padre JOÃO LEITE DE AGUIAR, sendo padrinho DOMINGOS GONÇALVES FRANCO.
Casou na freguesia de Santa Marinha (2), Lisboa, com mandato do juiz dos casamentos MANUEL DE FREITAS FALEIRO, em 11 de Outubro de 1718, com D. MARIA JOANA TEODORA DE AZEVEDO, filha de LUIS SOARES DA RIBEIRA, baptizado na freguesia de Santa Justa, Lisboa, e de D. LUISA TERESA DA COSTA, baptizada na freguesia de São Vicente de Fora, ambos moradores na freguesia de São Miguel de Alfama, Lisboa.
Eram ambos moradores na freguesia de Santa Engrácia.
Foram padrinhos JOÃO TAVARES, JACINTO LUIS VIEIRA DE ALMADA e SILVESTRE HENRIQUES.
D. MARIA JOANA TEODORA DE AZEVEDO, nasceu a 17 de Junho de 1697 e foi baptizada a 28 do mesmo mês na freguesia de São Miguel de Alfama (3), Lisboa, pelo padre tesoureiro JOÃO MARQUES DE FIGUEIREDO, sendo padrinho o padre CIPRIANO GOMES CLARO, sacerdote do hábito de São Pedro.
D. MARIA CAETANA DE AZEVEDO E ATAÍDE, foi baptizada em 26 de Julho de 1735 na freguesia de São Tomé (4), Lisboa, pelo prior FRANCISCO GOMES;
foi padrinho JOÃO MENDES DE FARIA, morador às escadinhas do Carmo e madrinhas Nossa Senhora do Rosário e D. MARIA MICAELA DA SILVA.”
Casou em Lisboa, na freguesia da Encarnação (5), em 7 de Setembro de 1754, em presença do reverendo VICENTE FERREIRA ROLIM coadjutor que era na dita igreja, com ALEXANDRE JOSÉ MONTANHA, morador nesta freguesia e baptizado na freguesia de Nossa Senhora da Pena, filho de JOSÉ DA COSTA MONTANHA, baptizado na freguesia de Santa Catarina do Monte Sinai e de Dona LEOCÁDIA TERESA ROZA, baptizada na freguesia de Nossa Senhora das Areias da vila da Pederneira, “…e por se queimar o livro em que estava lançado este assento no incêndio que se seguiu ao terramoto do ano de 1755 e recorrendo o contraente ao drº JOSÉ MENDES DA COSTA, desembargador de relação eclesiástica que está servindo de vigário geral lhe mandasse abrir novo assento e mandando o dito srº informar o reverendo pároco o fez com os banhos que escaparam do dito incêndio e a vista da dita informação mandou por seu despacho se lavrasse este novo assento que lancei e assinei nos 17 de Agosto de 1771”.
FONTES
(1) A.N.T.T.,
freguesia da Encarnação,
Lisboa,
livro 9-B,
folha 49 verso:
“aos 30 dias do mês de Janeiro de 1689 baptizou o padre JOÃO LEITE DE AGUIAR cura ao presente nesta freguesia a ANTÓNIO filho de JOÃO BAPTISTA MONTEIRO e de CATARINA SOARES.
Padrinho: DOMINGOS GONÇALVES FRANCO.”
(2) A.N.T.T.,
freguesia de Santa Marinha,
Lisboa,
livro 1-C,
folha 62 verso:
“aos 11 dias do mês de Outubro de 1718 nesta igreja de Santa Marinha se receberam por marido e mulher com mandado do (…) juiz dos casamentos MANUEL DE FREITAS FALEIRO e tendo os mais banhos correntes (…) ANTÓNIO MONTEIRO DE ATAÍDE filho de JOÃO BAPTISTA MONTEIRO e de sua mulher CATARINA SOARES, baptizado na freguesia de Nossa Senhora da Encarnação de Lisboa Ocidental e morador nesta freguesia e MARIA JOANA TEODORA, filha de LUIS SOARES DA RIBEIRA e de LUISA TERESA DA COSTA, baptizada na freguesia de São Miguel de Alfama de Lisboa Oriental, moradora na freguesia de Santa Engrácia.
Padrinhos: JOÃO TAVARES, JACINTO LUIS VIEIRA DE ALMADA, SILVESTRE HENRIQUES (…)”.
(3) A.N.T.T.,
freguesia de São Miguel de Alfama,
Lisboa,
livro 3-B,
folha 117 verso:
“em os 28 dias do mês de Junho de 1697 anos de minha licença o padre tesoureiro JOÃO MARQUES DE FIGUEIREDO, baptizou e pôs os Santos óleos a JOANA, nascida em os 17 do dito mês, filha de LUIS SOARES DA RIBEIRA e de sua mulher LUISA TERESA DA COSTA, ambos naturais desta cidade, ele baptizado na freguesia de Santa Justa e ela na de São Vicente de Fora, moradores nesta da Rigueixa, foi padrinho o padre CIPRIANO GOMES CLARO, sacerdote do hábito de São Pedro de que fiz este assento (…)”
(4) A.N.T.T.,
freguesia de São Tomé,
Lisboa,
livro 2-B,
folha 149:
“ em os 26 dias do mês de Julho de 1735 baptizei solenemente a MARIA, filha de ANTÓNIO MONTEIRO DE ATAÍDE, natural e baptizado na freguesia de Nossa Senhora da Encarnação da igreja nova do Alecrim do patriarcado, e de sua mulher D. JOANA TEODORA DE AZEVEDO, natural e baptizada na freguesia de São Miguel de Alfama.
Foi padrinho JOÃO MENDES DE FARIA, morador às escadinhas do Carmo.
Madrinha Nossa Senhora do Rosário (…) e foi mais madrinha D. MARIA MICAELA DA SILVA.”
(5) A.N.T.T.,
freguesia da Encarnação,
Lisboa,
livro 10-C,
folha 224 verso:
“aos 7 dias do mês de Setembro de 1754 nesta igreja em presença do reverendo VICENTE FERREIRA ROLIM coadjutor que era na dita igreja com papéis correntes se receberam por palavras de presente por marido e mulher como manda a Santa Madre Igreja de Roma ALEXANDRE JOSÉ MONTANHA, morador nesta freguesia e baptizado na freguesia de Nossa Senhora da Pena desta cidade, filho de JOSÉ DA COSTA MONTANHA, baptizado na freguesia de Santa Catarina do Monte Sinai e de Dona LEOCÁDIA TERESA ROZA, baptizada na freguesia de Nossa Senhora das Areias da vila da Pederneira, com Dona MARIA CAETANA DE AZEVEDO, moradora na freguesia de Santa Catarina do Monte Sinai, baptizada na freguesia de São Tomé desta cidade, filha de ANTÓNIO MONTEIRO DE ATAÍDE, baptizado nesta freguesia e de sua mulher Dona JOANA TEODORA DE AZEVEDO, baptizada na freguesia de São Miguel de Alfama e recebidos na freguesia de Santa Marinha desta cidade e os pais do contraente foram recebidos nesta de Nossa Senhora da Encarnação e por se queimar o livro em que estava lançado este assento no incêndio que se seguiu ao terramoto do ano de 1755 e recorrendo o contraente ao drº JOSÉ MENDES DA COSTA, desembargador de relação eclesiástica que está servindo de vigário geral lhe mandasse abrir novo assento e mandando o dito srº informar o reverendo pároco o fez com os banhos que escaparam do dito incêndio e a vista da dita informação mandou por seu despacho se lavrasse este novo assento que lancei e assinei nos 17 de Agosto de 1771”.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
sábado, 15 de setembro de 2007
u) Padre Joaquim de Santa Rita Montanha
1855-1856 — Viagem do Padre Joaquim de Santa Rita Montanha a Zoutpansberg (na República da África Austral, fundada por Bóeres emigrados da Colónia do Cabo para o Transval), em missão solicitada pelo chefe bóer Andries Potgieter, em 1854, na tentativa de estabelecer uma ligação comercial entre aquela praça transvaliana e o porto de Inhambane.
A tentativa foi frustrada por, entretanto, ter morrido Potgieter e os Bóeres, com o apoio de negociantes portugueses estabelecidos no Transval, nomeadamente João Albasini, terem descoberto uma nova via para o porto de Lourenço Marques, segura e livre da mosca do sono.
In the nineteenth century four Portuguese travellers visited the Transvaal, namely Joaquim de Santa Rita Montanha (1806-1870) in 1855-1856,
Diocleciano Fernandes das Neves (1829-1883) in 1860-1861,
Fernando Augusto da Costa Leal (1846-1910) in 1869-1870, and
Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto (1846-1900) in 1879.
They all kept travel-journals which were later published in Portuguese, as well as translated into and published in other languages.
The journals are of interest to natural scientists, but especially to historians, cultural historians, ethnologists and anthropologists.
This is because the travellers reported, among other matters, on the distribution, appearance, lifestyle and customs of the inhabitants of the Transvaal, including the Boers and various indigenous groups with whom they came into contact.
Although researchers have in the past consulted the journals of Montanha and Das Neves, the contents of the journals of Da Costa Leal and Serpa Pinto deserve to be explored more thoroughly in future.
MONTANHA IN ZOUTPANSBERG
’n Portugese handelsending van Inhambane se besoek aan Schoemansdal, 1855–1856 – O.J.O. Ferreira
Pater Joaquim de Santa Rita Montanha (ca.1806–1870), ’n Rooms-Katolieke priester van Inhambane, het in 1855–1856 ’n Portugese handelsending na Zoutpansberg gelei.
In opdrag van die goewerneur van Inhambane het hy sy ervaringe neergeskryf. Hierdie merkwaardige reisjoernaal is by afloop van sy reis as amptelike verslag ingedien en het sodoende bewaar gebly.
Montanha se geselskap is deur omstandighede gedwing om vir byna ’n jaar op Schoemansdal tussen die Boeremense te vertoef, dus bied dit ook op ’n blik op die doen en late van die Zoutpansbergse pioniers uit die oogpunt van ’n Portugees.
Hy het ook noukeurig die geaardheid, gebruike en gewoontes, onderlinge verhoudinge en verspreiding van die inboorlinge van Mosambiek en die Zoutpansberg beskryf.
As sodanig is dit een van die belangrikste bronne oor die sosiale en kulturele lewe van Schoemansdal.
Die geskrif is ook van belang vir die linguis omdat die destydse uitspraak van name en woorde daaruit afgelei kan word.
Aantekeninge oor bodemgesteldheid, waterbronne, weergesteldheid, plantegroei en dierelewe, maak Montanha se reisjoernaal ook vanuit ’n natuurkundige oogpunt van belang en werp veral lig op die klimaat en dierelewe van die streek wat vandag die noordelike deel van die Nasionale Krugerwildtuin uitmaak.
Die bekende kultuurhistorikus prof. O.J.O. Ferreira se uitvoerige inleiding plaas hierdie merkwaardige geskrif in konteks. [ 2002 ISBN: 1-919825-95-9 R180.00]
Die Beeld 26 Mei 2003
Montanha in Zoutpansberg
Dr. At van Wyk
Montanha in Zoutpansberg - 'n Portugese handelsending van Inhambane se besoek aan Schoemansdal, 1855 -- 1856 deur O.J.O. Ferreira , met medewerking van C.E.F. von Reiche & D.P.M. Botes . Protea Boekhuis (hardeband, 232 pp.), R180. ISBN 1-919825-95-9
Hierin gaan dit oor 'n reis byna 150 jaar gelede deur priester Joaquim de Santa Rita Montanha van die Portugese hawedorp Inhambane (deesdae in Mosambiek) na Schoemansdal om handelsbande met die Boere aan te knoop.
Geen verdrag is gesluit nie , maar die besoek was 'n bousteen in goeie Portugees-Boer-betrekkinge tot die Anglo-Boereoorlog.
Montanha se reisjoernaal van 25 Mei 1855 tot 18 September 1856 met aantekeninge is in 1857 in Portugal gepubliseer en 'n ongedrukte Afrikaanse vertaling het sowat 80 jaar later die lig gesien.
Dít is nou hersien, met die oorspronklike Portugees vergelyk en ruim gedokumenteer teen die agtergrond van die Portugese en Boere se doen en late van die tyd.
Dis deeglik ingeklee, netjies geí llustreer en as Afrikaanse nuutskepping 'n pronkstuk -- daar is blykbaar nie 'n Engelse weergawe nie - maar weens die byna onbenulligheid daarvan is jy geneig om te sê, groot lawaai en weinig wol.
The Story of Johannesburg's Cathedral of Christ the King
By Fr J E Brady OMI
Beginnings
While visits were made across the Vaal River in the early fifties by pioneer missionaries, Fr. Juaquin da Santa Rita Montanha (from Mozambique) and Fr. Hoenderwanger, O. Praem (from Fauresmith) our story really begins in 1870 when freedom of Catholic Worship was granted in the South African Republic, and Fr. Le Bihan O.M.I, established the first mission in Potchefstroom, the former Capital.
Country Life’s feature on Professor Louis Changuion’s recent trek across Mozambique in the footsteps of Catholic priest Joaquim Santa Rita Montanha.
He was promoting his book written in conjunction with Kobus Ferreira called Montanha in Soutpansberg.
Extractsfrom article by Shaun Smillie: “Ferreira had accidentally come across a reference to Montanha’s journey (diaries of which are contained in the book) while researching his own family history.
Montanha’s mission had been to establish diplomatic and trading links between the Portuguese colony of Mozambique and the new Boer republic of the Transvaal in 1855…before Changuion set on his trip to Schoemansdal, he said that he didn’t fully understand why Montanha, a priest, would want to leave the relative safety of Inhambane and head out on such a perlilous mission. But by the time he finished his trek, he believed he knew why.
‘The answer lies next to his grave.
It is another grave – that of his illegitimate daughter.
Catholic priest are not allowed to marry or have children, but as Montanha and his daughter are buried close to each other, he must have cared deeply for her.
I found that doing such a trek gives you time to think about your life in general – and maybe Montanha needed that,’ says Changuion"
A tentativa foi frustrada por, entretanto, ter morrido Potgieter e os Bóeres, com o apoio de negociantes portugueses estabelecidos no Transval, nomeadamente João Albasini, terem descoberto uma nova via para o porto de Lourenço Marques, segura e livre da mosca do sono.
In the nineteenth century four Portuguese travellers visited the Transvaal, namely Joaquim de Santa Rita Montanha (1806-1870) in 1855-1856,
Diocleciano Fernandes das Neves (1829-1883) in 1860-1861,
Fernando Augusto da Costa Leal (1846-1910) in 1869-1870, and
Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto (1846-1900) in 1879.
They all kept travel-journals which were later published in Portuguese, as well as translated into and published in other languages.
The journals are of interest to natural scientists, but especially to historians, cultural historians, ethnologists and anthropologists.
This is because the travellers reported, among other matters, on the distribution, appearance, lifestyle and customs of the inhabitants of the Transvaal, including the Boers and various indigenous groups with whom they came into contact.
Although researchers have in the past consulted the journals of Montanha and Das Neves, the contents of the journals of Da Costa Leal and Serpa Pinto deserve to be explored more thoroughly in future.
MONTANHA IN ZOUTPANSBERG
’n Portugese handelsending van Inhambane se besoek aan Schoemansdal, 1855–1856 – O.J.O. Ferreira
Pater Joaquim de Santa Rita Montanha (ca.1806–1870), ’n Rooms-Katolieke priester van Inhambane, het in 1855–1856 ’n Portugese handelsending na Zoutpansberg gelei.
In opdrag van die goewerneur van Inhambane het hy sy ervaringe neergeskryf. Hierdie merkwaardige reisjoernaal is by afloop van sy reis as amptelike verslag ingedien en het sodoende bewaar gebly.
Montanha se geselskap is deur omstandighede gedwing om vir byna ’n jaar op Schoemansdal tussen die Boeremense te vertoef, dus bied dit ook op ’n blik op die doen en late van die Zoutpansbergse pioniers uit die oogpunt van ’n Portugees.
Hy het ook noukeurig die geaardheid, gebruike en gewoontes, onderlinge verhoudinge en verspreiding van die inboorlinge van Mosambiek en die Zoutpansberg beskryf.
As sodanig is dit een van die belangrikste bronne oor die sosiale en kulturele lewe van Schoemansdal.
Die geskrif is ook van belang vir die linguis omdat die destydse uitspraak van name en woorde daaruit afgelei kan word.
Aantekeninge oor bodemgesteldheid, waterbronne, weergesteldheid, plantegroei en dierelewe, maak Montanha se reisjoernaal ook vanuit ’n natuurkundige oogpunt van belang en werp veral lig op die klimaat en dierelewe van die streek wat vandag die noordelike deel van die Nasionale Krugerwildtuin uitmaak.
Die bekende kultuurhistorikus prof. O.J.O. Ferreira se uitvoerige inleiding plaas hierdie merkwaardige geskrif in konteks. [ 2002 ISBN: 1-919825-95-9 R180.00]
Die Beeld 26 Mei 2003
Montanha in Zoutpansberg
Dr. At van Wyk
Montanha in Zoutpansberg - 'n Portugese handelsending van Inhambane se besoek aan Schoemansdal, 1855 -- 1856 deur O.J.O. Ferreira , met medewerking van C.E.F. von Reiche & D.P.M. Botes . Protea Boekhuis (hardeband, 232 pp.), R180. ISBN 1-919825-95-9
Hierin gaan dit oor 'n reis byna 150 jaar gelede deur priester Joaquim de Santa Rita Montanha van die Portugese hawedorp Inhambane (deesdae in Mosambiek) na Schoemansdal om handelsbande met die Boere aan te knoop.
Geen verdrag is gesluit nie , maar die besoek was 'n bousteen in goeie Portugees-Boer-betrekkinge tot die Anglo-Boereoorlog.
Montanha se reisjoernaal van 25 Mei 1855 tot 18 September 1856 met aantekeninge is in 1857 in Portugal gepubliseer en 'n ongedrukte Afrikaanse vertaling het sowat 80 jaar later die lig gesien.
Dít is nou hersien, met die oorspronklike Portugees vergelyk en ruim gedokumenteer teen die agtergrond van die Portugese en Boere se doen en late van die tyd.
Dis deeglik ingeklee, netjies geí llustreer en as Afrikaanse nuutskepping 'n pronkstuk -- daar is blykbaar nie 'n Engelse weergawe nie - maar weens die byna onbenulligheid daarvan is jy geneig om te sê, groot lawaai en weinig wol.
The Story of Johannesburg's Cathedral of Christ the King
By Fr J E Brady OMI
Beginnings
While visits were made across the Vaal River in the early fifties by pioneer missionaries, Fr. Juaquin da Santa Rita Montanha (from Mozambique) and Fr. Hoenderwanger, O. Praem (from Fauresmith) our story really begins in 1870 when freedom of Catholic Worship was granted in the South African Republic, and Fr. Le Bihan O.M.I, established the first mission in Potchefstroom, the former Capital.
Country Life’s feature on Professor Louis Changuion’s recent trek across Mozambique in the footsteps of Catholic priest Joaquim Santa Rita Montanha.
He was promoting his book written in conjunction with Kobus Ferreira called Montanha in Soutpansberg.
Extractsfrom article by Shaun Smillie: “Ferreira had accidentally come across a reference to Montanha’s journey (diaries of which are contained in the book) while researching his own family history.
Montanha’s mission had been to establish diplomatic and trading links between the Portuguese colony of Mozambique and the new Boer republic of the Transvaal in 1855…before Changuion set on his trip to Schoemansdal, he said that he didn’t fully understand why Montanha, a priest, would want to leave the relative safety of Inhambane and head out on such a perlilous mission. But by the time he finished his trek, he believed he knew why.
‘The answer lies next to his grave.
It is another grave – that of his illegitimate daughter.
Catholic priest are not allowed to marry or have children, but as Montanha and his daughter are buried close to each other, he must have cared deeply for her.
I found that doing such a trek gives you time to think about your life in general – and maybe Montanha needed that,’ says Changuion"
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
t) diversa informações sobre Montanhas
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
Alexandre José Montanha consta nos Anais da BN :
Volume 9,
ano de 1881-1882,
página 565
Volume 99,
ano de 1979,
página 30 e 31
A BN tem materiais dele no acervo:
biografia, referências biliográficas e lista de alguns trabalhos de A. J. Montanha em Abeillard Barreto, "Bibliografia Sul-Riograndense", R.J., Conselho Federal de Cultura, 1973, pp.944-947.
Nuns apontamentos existentes na Direcção dos Seviços de Engenharia do Ex.º Português, referentes aos engenheiros em 17/03/1790 consta:
português;
57 anos;
estudou na Aula extinta (Academia Militar da Corte);
principiou a vencer soldo em 23/11/1758;
Major em 16/05/1782;
erigiu novas povoações no Brasil;
serviços na guerra de 1762 e na do Rio Grande;
tempo de serviço: 31 anos, 3 meses e 24 dias;
génio e propensão: hábil para todo o serviço;
ciências que aprendeu: aritmética, desenho, álgebra, geometria, fortificação de praça e campanha, hidráulica, trignometria plana, orçamentos, e táctica militar.
O Vice-Rei, em 1779, considerava-o insuficientemente preparado para os trabalhos de demarcação dos limites.
Em 1769, quando se encontrava em Santa Catarina de regresso ao R.J., ao saber de novas ameaças espanholas no R.G., fez questão de ali voltar para colaborar na sua defesa.
Abeillard Barreto: em Lisboa existe, pelo menos, no Arquivo Histórico Ultramarino que faz fotocópias, Para já a referida obra informa que nasceu em Lisboa a 28-03-1730, sendo baptisado na Igreja de N.S. da Pena (Lisboa) a 14-04-1730.
Filho de José da Costa Montanha e de D. Leocádia Teresa da Rosa.
Serviu no Brasil de 25-10-1765 a 30-07-1791.
Testou em Lisboa, por se achar gravemente enfermo, a 11-11-1800.(BNRJ, Mss., verbete C 714,14).
Cristóvão Aires de Magalhães Sepúlveda (vol. V. pp. 223, 230 e 241) diz que era tenente-coronel desde 06-06-1791, estando sem emprego definido nessa data e também em 1799/1800.
na página da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro), nos Tesouros da Biblioteca: Alexandre JoZé Montanha.
Arquivo Histórico Militar,
processo individual de Alexandre José Victor Montanha, neto do Tenente - Coronel de Engenharia Alexandre José Montanha.
Alexandre José Victor Montanha,
nasceu em 1805 e assentou praça como soldado no Regimento de Infantaria nº1 em 24/2/1823. Foi cadete em 17/4/1824, cadete Porta-Bandeira no Regimento de Infantaria nº7 em 1 de Outubro de 1827 e Alferes por decreto de 9 de Abril de 1831.
Serviu também no Regimento de Infantaria nº3.
Para ser cadete teve que apresentar "Justificação de Nobreza".
"Aos cinco dias do mês de Abril de mil oitocentos e vinte e quatro anos, nesta Corte e Cidade de Lisboa, e Casas de morada do Doutor Luís de Sequeira Coelho de Macedo Juiz do Crime do Bairro da Ribeira, aonde eu Escrivão do Crime do mesmo Bairro vim, aí por ele Ministro, como Auditor de uma das Brigadas do Exercito, foram inqueridas, e perguntadas as testemunhas seguintes, que por parte do justificante lhe foram apresentadas, e seus nomes, e ditos se seguem: E eu Felix José Cardoso de Andrade e Silva o escrevi.
Duarte Daniel Pereira do Amaral, Capitão do Regimento de Artilharia nº2, morador na Calçada da Graça, freguesia de Santo André, de idade trinta e sete anos, testemunha jurada aos Santos Evangelhos, e do costume disse nada.E perguntado pelo contido na petição do Justificante Alexandre José Victor Montanha, disse que pelo bom conhecimento que tem do Recorrente, e sua família, ser este filho legítimo de José Alexandre Montanha, Cavaleiro Professo na Ordem de São Tiago da Espada, e de Dona Maria Liberata de Santa Rita da Costa Machado Espinola, Neto Paterno do Tenente Coronel Engenheiro Alexandre José Montanha, Professo na Ordem de Cristo, e que tanto o Recorrente como seus quatro avós, sempre gosaram de conhecida Nobreza, sem fama em contrário: e mais não disse, e assinou com o dito Ministro: E eu Felix José Cardoso de Andrade e Silva o escrevi."
Foram outras testemunhas José Joaquim da Silva, Capitão da Brigada Real da Marinha; Gulherme Merriatt, Coronel da Armada Real e Luís Inácio de Vasconcelos, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo, Capitão Quartel Mestre do Regimento de Artilharia nº1.
"Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses", Vol. II, pg 175, Sousa Viterbo »» Alexandre José Montanha:
"Em 1765 foi promovido a capitão com exercício de engenheiro para ir servir por seis anos no Rio de Janeiro"Do ano de 1763 :
"Dom José etc. faço saber aos que esta minha carta virem que por decreto de 23 de Julho do presente ano fui servido fazer mercê a Alexandre José Montanha, ajudante de infanteria com exercício de engenheiro do posto de capitão com o mesmo exercício de engenheiro, para com ele me ir servir ao Rio de Janeiro por tempo de seis anos com o soldo de 24$000 reis por mês, o qual lhe será pago na forma de minhas ordens, e com o dito posto gosará etc.
Dada na cidade de Lisboa aos 18 dias do mês de Setembro de 1763"
As Justificações de Nobreza estão na Torre do Tombo no Cartório de Nobreza (a maior parte) e algumas, poucas, na Casa da Suplicação.
As Justificações de Nobreza que correram pela Casa da Suplicação também estão na TT; são em menor quantidade (cerca de 1400)que as do Cartório da Nobreza.
Alexandre José Montanha teve, em 23-VII-1765, mercê do posto de Capitão, com exercício de engenheiro, para com ele ir servir no Rio de Janeiro por seis anos, com praça assente no reino, na lista da primeira plana da Côrte, sendo ajudante de infantaria, em atenção ao bem que servia" in
Catálogo dos Decretos do Extinto Conselho de Guerra,
vol. III,
pág. 387;
em 22-XI-1780 foi-lhe feita mercê do posto de Sargento-Mor de Infantaria, com exercício de engenheiro, op. cit., vol. IV, pág. 207;
e em 16-V-1791 ascendeu a Tenente-Coronel, op. cit., vol. IV, pág. 644.
José da Costa Montanha nasceu em Lisboa, freg. de Santa Catarina em 21 de Fevereiro de 1672,
filho de Diogo Ribeiro Carreira bap. em Oeiras 23.Nov.1638 sendo padº Diogo Vaz da Torre, neto de João Carreira que m. em Lisboa, freg. Santa Catarina em 12.Maio.1666,
bisneto de Jorge Carreiro que residiu em Santarém.
José Alexandre Montanha casou em Lisboa com Maria Liberata de Santa Rita Costa Machado Spínola em 1803 (Santa Engrácia, 18.4.1803, Lº 10-C, 222 vº).
E José Montanha casou, tb em Lisboa (1815) com Brígida Dias.
Casaram em Lisboa, Mártires, em 7.2.1815 (Livro 3-C, fls. 49 vº).
Alexandre José Montanha consta nos Anais da BN :
Volume 9,
ano de 1881-1882,
página 565
Volume 99,
ano de 1979,
página 30 e 31
A BN tem materiais dele no acervo:
biografia, referências biliográficas e lista de alguns trabalhos de A. J. Montanha em Abeillard Barreto, "Bibliografia Sul-Riograndense", R.J., Conselho Federal de Cultura, 1973, pp.944-947.
Nuns apontamentos existentes na Direcção dos Seviços de Engenharia do Ex.º Português, referentes aos engenheiros em 17/03/1790 consta:
português;
57 anos;
estudou na Aula extinta (Academia Militar da Corte);
principiou a vencer soldo em 23/11/1758;
Major em 16/05/1782;
erigiu novas povoações no Brasil;
serviços na guerra de 1762 e na do Rio Grande;
tempo de serviço: 31 anos, 3 meses e 24 dias;
génio e propensão: hábil para todo o serviço;
ciências que aprendeu: aritmética, desenho, álgebra, geometria, fortificação de praça e campanha, hidráulica, trignometria plana, orçamentos, e táctica militar.
O Vice-Rei, em 1779, considerava-o insuficientemente preparado para os trabalhos de demarcação dos limites.
Em 1769, quando se encontrava em Santa Catarina de regresso ao R.J., ao saber de novas ameaças espanholas no R.G., fez questão de ali voltar para colaborar na sua defesa.
Abeillard Barreto: em Lisboa existe, pelo menos, no Arquivo Histórico Ultramarino que faz fotocópias, Para já a referida obra informa que nasceu em Lisboa a 28-03-1730, sendo baptisado na Igreja de N.S. da Pena (Lisboa) a 14-04-1730.
Filho de José da Costa Montanha e de D. Leocádia Teresa da Rosa.
Serviu no Brasil de 25-10-1765 a 30-07-1791.
Testou em Lisboa, por se achar gravemente enfermo, a 11-11-1800.(BNRJ, Mss., verbete C 714,14).
Cristóvão Aires de Magalhães Sepúlveda (vol. V. pp. 223, 230 e 241) diz que era tenente-coronel desde 06-06-1791, estando sem emprego definido nessa data e também em 1799/1800.
na página da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro), nos Tesouros da Biblioteca: Alexandre JoZé Montanha.
Arquivo Histórico Militar,
processo individual de Alexandre José Victor Montanha, neto do Tenente - Coronel de Engenharia Alexandre José Montanha.
Alexandre José Victor Montanha,
nasceu em 1805 e assentou praça como soldado no Regimento de Infantaria nº1 em 24/2/1823. Foi cadete em 17/4/1824, cadete Porta-Bandeira no Regimento de Infantaria nº7 em 1 de Outubro de 1827 e Alferes por decreto de 9 de Abril de 1831.
Serviu também no Regimento de Infantaria nº3.
Para ser cadete teve que apresentar "Justificação de Nobreza".
"Aos cinco dias do mês de Abril de mil oitocentos e vinte e quatro anos, nesta Corte e Cidade de Lisboa, e Casas de morada do Doutor Luís de Sequeira Coelho de Macedo Juiz do Crime do Bairro da Ribeira, aonde eu Escrivão do Crime do mesmo Bairro vim, aí por ele Ministro, como Auditor de uma das Brigadas do Exercito, foram inqueridas, e perguntadas as testemunhas seguintes, que por parte do justificante lhe foram apresentadas, e seus nomes, e ditos se seguem: E eu Felix José Cardoso de Andrade e Silva o escrevi.
Duarte Daniel Pereira do Amaral, Capitão do Regimento de Artilharia nº2, morador na Calçada da Graça, freguesia de Santo André, de idade trinta e sete anos, testemunha jurada aos Santos Evangelhos, e do costume disse nada.E perguntado pelo contido na petição do Justificante Alexandre José Victor Montanha, disse que pelo bom conhecimento que tem do Recorrente, e sua família, ser este filho legítimo de José Alexandre Montanha, Cavaleiro Professo na Ordem de São Tiago da Espada, e de Dona Maria Liberata de Santa Rita da Costa Machado Espinola, Neto Paterno do Tenente Coronel Engenheiro Alexandre José Montanha, Professo na Ordem de Cristo, e que tanto o Recorrente como seus quatro avós, sempre gosaram de conhecida Nobreza, sem fama em contrário: e mais não disse, e assinou com o dito Ministro: E eu Felix José Cardoso de Andrade e Silva o escrevi."
Foram outras testemunhas José Joaquim da Silva, Capitão da Brigada Real da Marinha; Gulherme Merriatt, Coronel da Armada Real e Luís Inácio de Vasconcelos, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo, Capitão Quartel Mestre do Regimento de Artilharia nº1.
"Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses", Vol. II, pg 175, Sousa Viterbo »» Alexandre José Montanha:
"Em 1765 foi promovido a capitão com exercício de engenheiro para ir servir por seis anos no Rio de Janeiro"Do ano de 1763 :
"Dom José etc. faço saber aos que esta minha carta virem que por decreto de 23 de Julho do presente ano fui servido fazer mercê a Alexandre José Montanha, ajudante de infanteria com exercício de engenheiro do posto de capitão com o mesmo exercício de engenheiro, para com ele me ir servir ao Rio de Janeiro por tempo de seis anos com o soldo de 24$000 reis por mês, o qual lhe será pago na forma de minhas ordens, e com o dito posto gosará etc.
Dada na cidade de Lisboa aos 18 dias do mês de Setembro de 1763"
As Justificações de Nobreza estão na Torre do Tombo no Cartório de Nobreza (a maior parte) e algumas, poucas, na Casa da Suplicação.
As Justificações de Nobreza que correram pela Casa da Suplicação também estão na TT; são em menor quantidade (cerca de 1400)que as do Cartório da Nobreza.
Alexandre José Montanha teve, em 23-VII-1765, mercê do posto de Capitão, com exercício de engenheiro, para com ele ir servir no Rio de Janeiro por seis anos, com praça assente no reino, na lista da primeira plana da Côrte, sendo ajudante de infantaria, em atenção ao bem que servia" in
Catálogo dos Decretos do Extinto Conselho de Guerra,
vol. III,
pág. 387;
em 22-XI-1780 foi-lhe feita mercê do posto de Sargento-Mor de Infantaria, com exercício de engenheiro, op. cit., vol. IV, pág. 207;
e em 16-V-1791 ascendeu a Tenente-Coronel, op. cit., vol. IV, pág. 644.
José da Costa Montanha nasceu em Lisboa, freg. de Santa Catarina em 21 de Fevereiro de 1672,
filho de Diogo Ribeiro Carreira bap. em Oeiras 23.Nov.1638 sendo padº Diogo Vaz da Torre, neto de João Carreira que m. em Lisboa, freg. Santa Catarina em 12.Maio.1666,
bisneto de Jorge Carreiro que residiu em Santarém.
José Alexandre Montanha casou em Lisboa com Maria Liberata de Santa Rita Costa Machado Spínola em 1803 (Santa Engrácia, 18.4.1803, Lº 10-C, 222 vº).
E José Montanha casou, tb em Lisboa (1815) com Brígida Dias.
Casaram em Lisboa, Mártires, em 7.2.1815 (Livro 3-C, fls. 49 vº).
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Capº 21 - Os Soromenho
1) Paulino José dos Santos Seromenho,
Ajudante do Forte da Cruz Quebrada (Arquivo Histórico Militar caixa nº351).
Nasce em fins do séc. XVIII.
Filho:
2) Aires José Soromenho,
nasceu em Lisboa por volta de 1800 (AHM, caixa nº 2025).
Foi aluno do Real Colégio da Feitoria da Torre de São Julião da Barra.
Morreu em combate em 16 de Maio de 1834 na batalha da Asseiceira "contra o exército ursupador", no posto de Capitão.
Casou com D. Maria Bárbara Soromenho de Lemos de quem teve 5 filhos.
Filho:
3) Manuel Jeremias Soromenho,
baptizado em Monte Video em 1819 (AHM, caixas 463, 806, 168).
Capitão do Regimento de Infantaria nº10, Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz.
Esteve em Angola em 1846.
Faleceu em 18 de Maio de 1870.
Casou com D. Maria Francisca Soromenho.
Filhos:
4) D. Francisca Soromenho
4) Luiz Maria Soromenho,
nasceu em Luanda, Angola em 5 de Fevereiro de 1844 (AHM, caixas 1747, 2013 e 1246).
Foi governador do distrito de Cabo Delgado e reformou-se no posto de Major.
Faleceu em 16 de Junho de 1914 sendo casado.
4) Júlio Augusto Soromenho,
Tenente, foi baptizado na freg. dos Anjos a 28 de Fevereiro de 1852 (AHM, caixa 1015).
3) António da Assunção Soromenho,
natural de Estremoz onde nasce em 1822 (AHM, caixa 1015), Capitão, faleceu em 17 de Fevereiro de 1871, viúvo e com 2 filhos.
-------------------------------------------------------------------
1) José Joaquim de Castro Soromenho
casado com D. Antónia de Nazareth Galvão.
Filha:
2) D. Maria Cremilda de Castro Soromenho,
natural da freguesia de São Pedro , Elvas.
Morava na rua de Sá da Bandeira, freguesia de Santo Ildefonso, Porto.
De António do Espírito Santo,natural da freguesia da Vitória, Porto, negociante, filho de José do Espírito Santo e de sua mulher D. Maria do Carmo Espírito Santo,
houve um filho:
3) Arthur Ernesto de Castro Soromenho,
baptizado na freguesia de Santo Ildefonso, Porto, a 13 de Agosto de 1879, sendo padrinho Felice Cantua.
Casado (4ª Conservatória do Registo Civil do Porto, assento nº 381 do livro do ano de 1879, freguesia de Santo Ildefonso).
Filha:
4) D. Maria Manuela de Castro Soromenho,
casada com ... de Noronha Feyo.
Filho:
5) ... de Castro Soromenho de Noronha Feyo
---------------------------------------------------------------
Arquivo Histórico Militar
1) José Pereira de Castro Soromenho
caixa 768( ver também Gaspar António de Carvalho caixas 77, 334, 1864, 471).
2) Pedro António Galego Soromenho
cx 929( ver também Alexandre Duncan caixa 400).
3) Pedro António Pereira Soromenho
cx 183.
4) Silvério de Freitas Pimentel Soromenho
cx 191.
5) António Pedro Galego Soromenho
cx 603.
6) Eduardo Júlio Pereira Soromenho
cx 820, processo 135-17.
7) Francisco Pereira Soromenho
cx 449 (ver também Pedro António Galego Soromenho e Francisco António Pereira D´Eça, caixas 368, 1726 e 1890).
8) José Pereira Soromenho cx 2013
(ver também Pedro António Galego Soromenho).
9) José Pereira Amado Seromenho
caixa 261
10) José Pereira de Castro Seromenho
caixas 768 e 2013, processo 79-24.
10) Luiz Pereira de Castro Seromenho
cx 159.
11) Pedro António Pereira Seromenho
cx 2013.
Ajudante do Forte da Cruz Quebrada (Arquivo Histórico Militar caixa nº351).
Nasce em fins do séc. XVIII.
Filho:
2) Aires José Soromenho,
nasceu em Lisboa por volta de 1800 (AHM, caixa nº 2025).
Foi aluno do Real Colégio da Feitoria da Torre de São Julião da Barra.
Morreu em combate em 16 de Maio de 1834 na batalha da Asseiceira "contra o exército ursupador", no posto de Capitão.
Casou com D. Maria Bárbara Soromenho de Lemos de quem teve 5 filhos.
Filho:
3) Manuel Jeremias Soromenho,
baptizado em Monte Video em 1819 (AHM, caixas 463, 806, 168).
Capitão do Regimento de Infantaria nº10, Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz.
Esteve em Angola em 1846.
Faleceu em 18 de Maio de 1870.
Casou com D. Maria Francisca Soromenho.
Filhos:
4) D. Francisca Soromenho
4) Luiz Maria Soromenho,
nasceu em Luanda, Angola em 5 de Fevereiro de 1844 (AHM, caixas 1747, 2013 e 1246).
Foi governador do distrito de Cabo Delgado e reformou-se no posto de Major.
Faleceu em 16 de Junho de 1914 sendo casado.
4) Júlio Augusto Soromenho,
Tenente, foi baptizado na freg. dos Anjos a 28 de Fevereiro de 1852 (AHM, caixa 1015).
3) António da Assunção Soromenho,
natural de Estremoz onde nasce em 1822 (AHM, caixa 1015), Capitão, faleceu em 17 de Fevereiro de 1871, viúvo e com 2 filhos.
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1) José Joaquim de Castro Soromenho
casado com D. Antónia de Nazareth Galvão.
Filha:
2) D. Maria Cremilda de Castro Soromenho,
natural da freguesia de São Pedro , Elvas.
Morava na rua de Sá da Bandeira, freguesia de Santo Ildefonso, Porto.
De António do Espírito Santo,natural da freguesia da Vitória, Porto, negociante, filho de José do Espírito Santo e de sua mulher D. Maria do Carmo Espírito Santo,
houve um filho:
3) Arthur Ernesto de Castro Soromenho,
baptizado na freguesia de Santo Ildefonso, Porto, a 13 de Agosto de 1879, sendo padrinho Felice Cantua.
Casado (4ª Conservatória do Registo Civil do Porto, assento nº 381 do livro do ano de 1879, freguesia de Santo Ildefonso).
Filha:
4) D. Maria Manuela de Castro Soromenho,
casada com ... de Noronha Feyo.
Filho:
5) ... de Castro Soromenho de Noronha Feyo
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Arquivo Histórico Militar
1) José Pereira de Castro Soromenho
caixa 768( ver também Gaspar António de Carvalho caixas 77, 334, 1864, 471).
2) Pedro António Galego Soromenho
cx 929( ver também Alexandre Duncan caixa 400).
3) Pedro António Pereira Soromenho
cx 183.
4) Silvério de Freitas Pimentel Soromenho
cx 191.
5) António Pedro Galego Soromenho
cx 603.
6) Eduardo Júlio Pereira Soromenho
cx 820, processo 135-17.
7) Francisco Pereira Soromenho
cx 449 (ver também Pedro António Galego Soromenho e Francisco António Pereira D´Eça, caixas 368, 1726 e 1890).
8) José Pereira Soromenho cx 2013
(ver também Pedro António Galego Soromenho).
9) José Pereira Amado Seromenho
caixa 261
10) José Pereira de Castro Seromenho
caixas 768 e 2013, processo 79-24.
10) Luiz Pereira de Castro Seromenho
cx 159.
11) Pedro António Pereira Seromenho
cx 2013.
Capº 14 - Sanches Osório
1. João Sanchez Osório,
Nasceu em San Javier, Múrcia, Espanha , por volta de 1760.
Casou com D. Catherine Covaches, natural de La Palma, Múrcia, Espanha, circa 1765.
Filho:
2. Fulgêncio António Sanches Osório
Nasceu em Oran, Espanha, por volta de 1790.
Casou com D. Isabel Maria Garcia, natural de Lorca, Múrcia, Espanha, 1795.
Filha de André Garcia e de sua mulher D. Josefa Martins
Filhos:
3.1. Bento Maria Sanches Osório
Nasceu em Braga, Guimarães em 26 de Dezembro de 1821.
Casou com D. Mariana Vitória Pereira, que nasceu em 1825.
3.2. José António Maria Sanches Osório
Casou com D. Josefa Maria de Oliveira Chambica
Filhos:
4.1. Francisco Sanches Osório
Nasceu em 4 de Fevereiro de 1855.
4.2. D. Elísia Sanches Osório
Nasceu em 21 de Novembro de 1856.
4.3. João Sanches Osório
Nasceu em 12 de Junho de 1861.
3.3. Leocádio José Sanches Osório
Nasceu em Viseu em 13 de Dezembro de 1825.
Casou com D. Maria do Amparo, natural de Beja 1835, filha de José Carvalho e de sua mulher Gertrudes Joaquina.
Filhos:
4.1. Adriano de Carvalho Sanches Osório
Que segue.
4.2. José Francisco de Carvalho Sanches Osório
Nasceu em Beja em 6 de Novembro de 1866.
Casou pela primeira vez com D.Maria Edmé Francisca Guilhermina Carlota Varela e Vasconcellos.
Casou, em segundas núpcias, com D.Ana Augusta Zulema Xavier Henriques, filha de Francisco Caetano Xavier Henriques, natural de Novas Conquistas, Pondá, e de sua mulher com quem casou em 1860 D.Maria Augusta Roncon, natural de Novas Conquistas, Pondá, neta paterna de Francisco Xavier Henriques que nasceu em 20 de Junho de 1813 e morreu em Pondá, Índia em 19 de Maio de 1877 e de sua mulher D.Leopoldina Amália da Silva Telles que nasceu em Colvale, Índia em 1820 e aí morreu em 9 de Agosto de 1899.
Filhos do primeiro casamento:
3.1. D.Maria de Vasconcelos Sanches Osório,
nasceu em 17 de Outubro de 1899.
3.2. D.Maria de Vasconcelos Sanches Osório,
nasceu em 26 de Março de 1901.
3.3. José de Vasconcelos Sanches Osório,
nasceu em 6 de Maio de 1903.
Filhos do segundo casamento:
3.4. Arnaldo Henriques Sanches Osório
3.5. D. Branca Henriques Sanches Osório
Nasceu em 23 de Julho de 1909.
3.6. Eduardo Germano Henriques Sanches Osório
Nasceu em 28 de Agosto de 1912.
Casou com D. Judite Fernandes.
Filho:
4. José Eduardo Fernandes Sanches Osório
Nasceu na freguesia de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, em 2 de Dezembro de 1940.
Ministro, Major, Engenheiro, Deputado, Advogado, Presidente e Fundador do PDC.
Casou, pela primeira vez, com D. Maria Adelaide Santos Serra, natural de Lisboa onde nasceu em 28 de Fevereiro de 1943, filha de António Fuschini Serra, nasceu na freguesia de São Jorge de Arroios, Lisboa, em 1917, e de sua mulher D. Maria Amália Arantes Pedroso dos Santos, nasceu em Lisboa na freguesia de São Paulo em 9 de Outubro de 1921.
Casou, pela segunda vez, com D. Helena Maria da Camara Chaves, que nasceu na freguesia de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, em 6 de Agosto de 1942 e morreu em Cascais, Estoril em 4 de Agosto de 2003, filha de João Ricardo Vilardebó da Fonseca Chaves que nasceu em Lisboa na freguesia do Coração de Jesus em 10 de Maio de 1914 e morreu em 26 de Fevereiro de 2004, e de sua mulher D. Maria da Assunção de Melo da Costa da Câmara, nasceu em Cascais, Estoril, freguesia de Nossa Senhora da Assunção em 13 de Agosto de 1920.
Casou, pela terceira vez, com D. Isabel Perestrelo Pinto Ribeiro
Filhos do primeiro casamento:
5.1. Francisco Xavier Serra Sanches Osório
Nasceu em 10 de Dezembro de 1965.
Casou com D. Marta Inês Marques Neto Oliveira Neves.
5.2. Nuno Serra Sanches Osório,
Nasceu em 21 de Fevereiro de 1967.
Casou com D. Helena Cristina Pacheco de Miranda Santos.
5.3. D. Maria Margarida Serra Sanches Osório,
Nasceu em 21 de Março de 1968.
Casou com Luis Miguel Correia de Carneiro Giraldes.
5.4. D. Maria Isabel Serra Sanches Osório,
Nasceu em 8 de Junho de 1972.
Casou com Pedro Pulido Garcia Ferrão de Sousa.
3.7. Jorge Henriques Sanches Osório
Casou com D. Maria Helena Araújo.
3.8. D. Maria Raquel Henriques Sanches Osório
Nasceu em 1920.
Nasceu em San Javier, Múrcia, Espanha , por volta de 1760.
Casou com D. Catherine Covaches, natural de La Palma, Múrcia, Espanha, circa 1765.
Filho:
2. Fulgêncio António Sanches Osório
Nasceu em Oran, Espanha, por volta de 1790.
Casou com D. Isabel Maria Garcia, natural de Lorca, Múrcia, Espanha, 1795.
Filha de André Garcia e de sua mulher D. Josefa Martins
Filhos:
3.1. Bento Maria Sanches Osório
Nasceu em Braga, Guimarães em 26 de Dezembro de 1821.
Casou com D. Mariana Vitória Pereira, que nasceu em 1825.
3.2. José António Maria Sanches Osório
Casou com D. Josefa Maria de Oliveira Chambica
Filhos:
4.1. Francisco Sanches Osório
Nasceu em 4 de Fevereiro de 1855.
4.2. D. Elísia Sanches Osório
Nasceu em 21 de Novembro de 1856.
4.3. João Sanches Osório
Nasceu em 12 de Junho de 1861.
3.3. Leocádio José Sanches Osório
Nasceu em Viseu em 13 de Dezembro de 1825.
Casou com D. Maria do Amparo, natural de Beja 1835, filha de José Carvalho e de sua mulher Gertrudes Joaquina.
Filhos:
4.1. Adriano de Carvalho Sanches Osório
Que segue.
4.2. José Francisco de Carvalho Sanches Osório
Nasceu em Beja em 6 de Novembro de 1866.
Casou pela primeira vez com D.Maria Edmé Francisca Guilhermina Carlota Varela e Vasconcellos.
Casou, em segundas núpcias, com D.Ana Augusta Zulema Xavier Henriques, filha de Francisco Caetano Xavier Henriques, natural de Novas Conquistas, Pondá, e de sua mulher com quem casou em 1860 D.Maria Augusta Roncon, natural de Novas Conquistas, Pondá, neta paterna de Francisco Xavier Henriques que nasceu em 20 de Junho de 1813 e morreu em Pondá, Índia em 19 de Maio de 1877 e de sua mulher D.Leopoldina Amália da Silva Telles que nasceu em Colvale, Índia em 1820 e aí morreu em 9 de Agosto de 1899.
Filhos do primeiro casamento:
3.1. D.Maria de Vasconcelos Sanches Osório,
nasceu em 17 de Outubro de 1899.
3.2. D.Maria de Vasconcelos Sanches Osório,
nasceu em 26 de Março de 1901.
3.3. José de Vasconcelos Sanches Osório,
nasceu em 6 de Maio de 1903.
Filhos do segundo casamento:
3.4. Arnaldo Henriques Sanches Osório
3.5. D. Branca Henriques Sanches Osório
Nasceu em 23 de Julho de 1909.
3.6. Eduardo Germano Henriques Sanches Osório
Nasceu em 28 de Agosto de 1912.
Casou com D. Judite Fernandes.
Filho:
4. José Eduardo Fernandes Sanches Osório
Nasceu na freguesia de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, em 2 de Dezembro de 1940.
Ministro, Major, Engenheiro, Deputado, Advogado, Presidente e Fundador do PDC.
Casou, pela primeira vez, com D. Maria Adelaide Santos Serra, natural de Lisboa onde nasceu em 28 de Fevereiro de 1943, filha de António Fuschini Serra, nasceu na freguesia de São Jorge de Arroios, Lisboa, em 1917, e de sua mulher D. Maria Amália Arantes Pedroso dos Santos, nasceu em Lisboa na freguesia de São Paulo em 9 de Outubro de 1921.
Casou, pela segunda vez, com D. Helena Maria da Camara Chaves, que nasceu na freguesia de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, em 6 de Agosto de 1942 e morreu em Cascais, Estoril em 4 de Agosto de 2003, filha de João Ricardo Vilardebó da Fonseca Chaves que nasceu em Lisboa na freguesia do Coração de Jesus em 10 de Maio de 1914 e morreu em 26 de Fevereiro de 2004, e de sua mulher D. Maria da Assunção de Melo da Costa da Câmara, nasceu em Cascais, Estoril, freguesia de Nossa Senhora da Assunção em 13 de Agosto de 1920.
Casou, pela terceira vez, com D. Isabel Perestrelo Pinto Ribeiro
Filhos do primeiro casamento:
5.1. Francisco Xavier Serra Sanches Osório
Nasceu em 10 de Dezembro de 1965.
Casou com D. Marta Inês Marques Neto Oliveira Neves.
5.2. Nuno Serra Sanches Osório,
Nasceu em 21 de Fevereiro de 1967.
Casou com D. Helena Cristina Pacheco de Miranda Santos.
5.3. D. Maria Margarida Serra Sanches Osório,
Nasceu em 21 de Março de 1968.
Casou com Luis Miguel Correia de Carneiro Giraldes.
5.4. D. Maria Isabel Serra Sanches Osório,
Nasceu em 8 de Junho de 1972.
Casou com Pedro Pulido Garcia Ferrão de Sousa.
3.7. Jorge Henriques Sanches Osório
Casou com D. Maria Helena Araújo.
3.8. D. Maria Raquel Henriques Sanches Osório
Nasceu em 1920.
sábado, 8 de setembro de 2007
Capº 13 - REGO, dos Açores
UMA ASCENDÊNCIA REGO
1- José Jacob Biotti, natural da cidade de Lisboa, filho de Guilherme Biotti, natural do Piemonte, assentou praça de soldado voluntário para o Estado da Ìndia para onde embarcou na monção do ano de 1737.
2- Em consideração do que, e por constar de certidão da matrícula geral do dito Estado ter servido nele, lhe foi feita mercê de vinte mil reis de tença, os quais renunciou em sua irmã Dona Cecília Maria Teresa Spínola que “largará doze à pessoa com quem casar para obter o hábito da ordem de Cristo que lhe mandará lançar por haver sido aprovada a renúncia que nela faz o dito seu irmão.”
3- “El Rei N. S. há por bem mandar lançar o hábito da Ordem de Cristo a Brás da Silva Ribeiro para o ter com doze mil reis de tença por estar legítimamente casado com Cecília Maria Teresa a quem foi feita a mercê.”
4- Brás da Silva Ribeiro nasceu em 31 de Janeiro de 1716 e foi baptizado na igreja de São José de Ponta Delgada pelo Padre António de Paiva em 9 de Fevereiro do dito ano, tendo sido padrinhos Simão de Miranda, mercador homem casado da freguesia de São Sebastião e Martinha de Cristo do Convento de Santa Bárbara, por procuração de António de Medeiros, filho de Francisco Dorta, da freguesia de São Pedro.
4- Era filho de outro Brás da Silva Ribeiro, Sargento do Número do Prezídio da Cidade de Ponta Delgada, e de sua mulher D. Maria d´Assumpção Tavares que casaram em 19 de Março de 1707, de tarde, na igreja paroquial de São Sebastião, Matriz da cidade de Ponta Delgada, “precedendo as denunciações na forma do Sagrado Concílio Tridentino e constanto por mandado do muito Reverendo Ouvidor do Eclesiástico o Doutor João Velho de Faria Machado não terem canónico impedimento.” Foram solenes testemunhas o Capitão Maior da Vila da Alagoa Francisco Machado de Faria e Maia e o Capitão Gaspar de Medeiros de Sousa, e outro muito povo.
5- D. Maria d´Assumpção era filha do Capitão Duarte Tavares Correia natural da Ribeira Grande e de Maria do Rosário Moniz baptizada na igreja paroquial de Nossa Senhora da Estrela, Matriz da Vila da Ribeira Grande.
6- Nas provanças da limpeza e qualidade de efectuadas a 10 de Fevereiro de 1744 na freguesia de S. Pedro, Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, foram ouvidas, entre outras, as seguintes testemunhas, que declararam:
7- Manoel de Sousa de Viveiros, homem bom, lavrador, morador na freguesia de São Pedro desta cidade de Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel, 65 anos: o avô da parte materna Duarte Tavares era homem e dos primeiros desta ilha; Duarte Tavares pela sua nobreza e qualidade era dos principais desta ilha.
8- Manoel de Crasto, morador nesta freguesia de São Pedro e Partidor do Conselho desta cidade de Ponta Delgada, 68 anos: o avô materno Duarte Tavares era das melhores e mais graves famílias desta ilha.
9- o Capitão-Mor desta vila da Ribeira Grande, Manoel de Sousa Correia, de 64 anos: Duarte Tavares, avô do justificante era natural desta vila e era dos principais.
10- João Rodrigues Bico, natural e morador nesta vila, homem mercador, 77 anos: Duarte Tavares que morava na praça desta vila e daqui fora morar para a cidade era homem da governança.
11- João Rodrigues Santos, natural do lugar de Rabo de Peixe e morador nesta vila da Ribeira Grande há mais de cinquenta anos e nela taberneiro, 76 anos: muito bem conheceu a Duarte Tavares nesta vila da Ribeira Grande na praça velha (...) e que daqui fora morar para a cidade e que era das primeiras famílias desta ilha tido e havido por cristão velho.
12- João Pacheco Carrasco, natural e morador nesta vila da Ribeira Grande, 80 anos: conheceu bem a Duarte Tavares e o tratara enquanto fora morador nesta vila e depois de ser capitão fora morar para a cidade de onde não teve mais comunicação sua (...) mas que sabe que era das principais famílias desta ilha limpo de toda a raça...
13- José Cordeiro, morador nesta, carreteiro, 79 anos: só Duarte Tavares era natural da vila da Ribeira Grande e viera sendo mancebo morar nesta e que lavrando terra sua no lugar das Calhetas alcançara a Maria do Rosário e a trouxera consigo para esta cidade de quem teve Maria Tavares, mãe do justificante a qual se criou em casa de seu parente o Capitão Intertenido João Borges de Bitancourt donde casou com o sobredito Brás da Silva pai do justificante; o capitão Duarte Tavares era nobilíssimo.
14- António Francisco do Rego Botelho e Faria, ajudante de infantaria na ilha de S. Miguel e dela natural e assistente nesta corte na freguesia dos Mártires, 41 anos: disse ser parente do justificante em 5º grau.
15- Na obra “Genealogias das ilhas de S. Miguel e Santa Maria” de Rodrigo Rodrigues, no seu volume 1º, no capítulo 18º que trata “da descendência de Gonçalo do Rego, o Velho” na página 366,
16- Encontramos o Capitão Manuel do Rego Cabral, nascido em 1607 e casado na Matriz da Ribeira Grande em 2.5.1622, com D. Maria da Ponte Raposo.
17- Que tiveram, entre outros filhos, a:
Francisco do Rego e Sá,
Maria da Ponte Coutinho
e Duarte Tavares.
18- Francisco do Rego e Sá, Capitão, nasceu na Matriz da Ribeira Grande e faleceu na Matriz de Ponta Delgada a 5.12.1704.
Casou, pela primeira vez, no RL com D. Maria de Pimentel de Barros de quem teve a:
António do Rego de Faria, Capitão, que faleceu em 1729 viva em Ponta Delgada, com 84 anos. Casou na Matriz de Ponta Delgada com D. Catarina Botelho do Canto de quem teve a:
João do Rego do Canto Botelho de Faria, casado a 9.7.1691, com D. Antónia Faustina da Câmara ou Leite de Medeiros, de quem teve a:
António Francisco do Rego Botelho de Faria que tudo indica ser a testemunha que, no ponto 14 deste trabalho, afirma ser parente do justificante em 5º grau.
19- D. Maria da Ponte Coutinho casou 3 vezes com 3 viúvos, sendo o terceiro o Capitão João Borges de Bettencourt com quem casou na Matriz de Ponta Delgada em 4.2.1697, e que seria, provavelmente, o parente em casa de quem Maria Tavares se criou, conforme ponto 13 deste trabalho.
19- Por último, Duarte Tavares, que casou na Terceira com D. Violante de quem não teve geração e que seria homem dos primeiros desta ilha e que pela sua nobreza e qualidade era dos principais desta ilha; era das melhores e mais graves famílias desta ilha; Duarte Tavares, avô do justificante era natural desta vila e era dos principais; Duarte Tavares que morava na praça desta vila e daqui fora morar para a cidade era homem da governança; que era das primeiras famílias desta ilha tido e havido por cristão velho; era das principais famílias desta ilha limpo de toda a raça; o Capitão Duarte Tavares era nobilíssimo(ver pontos 8 a 13 deste trabalho).
FONTES:
(1) ANTT, Chancelarias de D.João V: José Jacob Bioto, filho de Guilherme Bioto, natural de Lisboa. Carta de padrão de 20$000 réis de tença anual em vida para sua irmã Cecília Maria Teresa – de 26 de Novembro de 1739, livro 98 – 53v.
(2) Igreja do Loreto, livro das desobrigas (rol dos confessados) de 1745: Guilherme Biotti, piemontês, casado, vivia às portas de Santa Catarina.
(3) ANTT, Habilitação de Brás da Silva Ribeiro, Letra B, Maço1, nº 21, Ordem de Cristo.
(4) Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, Livro 7 de baptismos da freguesia de S. José de Ponta Delgada, folha 114 verso.
(5) Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, Livro 4 de casamentos da freguesia de S. Sebastião da Matriz de Ponta Delgada, folha 211.
(6) Rodrigues, Rodrigo, “Genealogias das ilhas de S. Miguel e Santa Maria”, Volume 1º, Edição da Sociedade Afonso Chaves, Associação de Estudos Açoreanos, Ponta Delgada, 1998.
INDÍCE
24.Julho.2003
(1) Certidão de baptismo de D. Maria Liberata (1777)
(2) Casamento de Joaquim Germano com D. Inácia Violante (1775)
(3) Certidão de baptismo de Joaquim Germano (1745)
(4) Certidão de óbito de Paula Joana (1760)
(5) Certidão de óbito de Dona Ângela Domingas (1810)
(6) Certidão de baptismo de D. Inácia Violante (1758)
(7) Certidão de baptismo de Brás da Silva Ribeiro (1716)
(8) Certidão de baptismo de Manoel da Silva Ribeiro (1718)
(9) Casamento de Brás da Silva com Maria da Assumpção (1707)
(10) Habilitação de Brás da Silva Ribeiro, Letra B, Maço1, nº 21, Ordem de Cristo (1744)
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(1) Certidão de baptizado de D. Maria Liberata
Livro 4 de baptizados, freguesia de S. Cristovão, Lisboa, página 207:
“aos 6 dias do mês de Janeiro de 1777 baptizei e pus os santos óleos solenemente a Maria que nasceu em 12 de Dezembro do anos passado de 1776, filha legítima de Joaquim Germano da Costa Machado, natural e baptizado nesta freguesia de S.Cristovão, e de D. Inácia Violante Roberta da Silva, natural e baptizada na freguesia dos Mártires, recebidos na freguesia de Nossa Senhora da Pena e moradores na Rua Direita desta freguesia. Madrinha por devoção Nossa Senhora dos Prazeres e Padrinho o Dr. Manoel António da Fonseca Professo da Ordem de Cristo opositor às cadeiras da Universidade de Coimbra e morador aos Anjos de que fiz este termo...”
Nota: na página 221 verso do mesmo livro há um baptizado igual a este em tudo, excepto na data que é 1779 e nos padrinhos.
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(2) Casamento de Joaquim Germano com D. Inácia Violante
Livro 16 de casamentos, freguesia da Pena, página 158 verso:
“Novembro de 1775
aos onze dias do mês de Novembro de 1775 anos de tarde nesta paroquial igreja de Nossa Senhora da Pena, em presença de mim o padre José de Mendonça cura na mesma igreja, receberam por marido e mulher, como manda a Santa Madre Igreja de Roma = Joaquim Germano da Costa Machado, solteiro, filho legítimo de José da Costa Machado, e de Paula Joana já defunta, natural ele contraente e baptizado na freguesia de S. Cristovão desta cidade de Lisboa; com Dona Inácia Violante Roberta da Silva solteira filha legítima de Brás da Silva Ribeiro já defunto, e de Dona Cecília Maria Teresa Espinhola, natural ela contraente e baptizada na freguesia de Nossa Senhora dos Mártires desta mesma cidade, e ambos os contraentes são moradores na freguesia de São Cristovão; e para haverem de contrair o dito matrimónio nesta dita paroquial igreja de Nossa Senhora da Pena, me apresentaram uma provisão do Eminentíssimo e Reverendíssimo Sr. Cardeal Patriarca assinada pelo pelo Excelentíssimo e Reverendíssimo Sr. Arcebispo de Lacedemonia e vigário geral deste patriarcado em virtude da qual reassisti ao matrimónio. Assistiram por testemunhas o Reverendo Tomé Taborda presbítero secular, morador na Rua das Atafonas, freguesia de Nossa Senhora do Socorro, e António Vicente Angeles morador nesta freguesia de Nossa Senhora da Pena na Travessa da Igreja, com outras mais pessoas, que presentes estavam, de que tudo fiz este assento, que assinei com as sobreditas testemunhas em o mesmo dia e era ut supra.”
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(3) Certidão de baptizado de Joaquim Germano
Livro 3 de baptizados da freguesia de S. Cristovão, página 63:
“ aos 13 dias do mês de Junho de 1745 anos nesta paroquial igreja de S. Cristovão desta cidade de Lisboa baptizei solenemente subconditione e pus os santos óleos a Joaquim que nasceu em 28 de Maio, filho legítimo de José da Costa Machado natural e baptizado na freguesia de Santa Maria Madalena desta cidade e de sua mulher Paula Joana, baptizada na freguesia de São Vicente termo da vila do Cadaval Arcebispado de Lisboa recebidos na freguesia de São Mamede: foi padrinho Francisco Magalhães de Brito Escrivão da Provedoria do Crato e madrinha Antónia Maria da Conceição moradora na Rua dos Trovadores, freguesia de São Nicolau tocou por procuração seu marido Manuel Nunes Colares...”
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(4) Certidão de óbito de Paula Joana
Livro 2 de óbitos da freguesia de S. Cristovão, folha 66:
“7 de Julho de 1760
falecimento de Paula Joana, nascida e baptizada na freguesia de S. Vicente do lugar do Cercal, patriarcado de Lisboa.
Casada segunda vez com José da Costa Machado, natural e baptizado Madalena.
Moravam em S.Cristovão, Rua Direita do Trigueiros.
Não fez testamento
Sepultada no convento de S. Francisco da cidade.”
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(5) Certidão de óbito de Dona Ângela Domingas
Livro 7 de óbitos da freguesia de Santa Engrácia, folha 271:
“aos trinta e um dias de Janeiro de 1810 na casa do Exmo Marquês do Lavradio desta freguesia de Santa Engrácia faleceu com os sacramentos Dona Ângela Domingas Espinola, viúva de José da Costa Machado, e foi sepultada nesta ermida de Nossa Senhora do Paraíso, que serve de paróquia.”
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(6) Certidão de baptizado de D. Inácia Violante
Livro 1 de baptizados da freguesia dos Mártires, folha 77 verso:
“Por virtude de uma sentença de justificação no Juízo Eclesiástico deste Patriarcado de que foi escrivão Luís António do Couto e ordem do Senhor Desembargador José Mendes da Costa Ministro da Curia Patriarcal que de presente serve de Provisor e vigário geral neste patriarcado por impedimento do Exmo Sr. Arcebispo de Lacedemonia lancei o acento seguinte. Nesta paroquial igreja de Nossa Senhora dos Mártires de Lisboa foi baptizada Dona Inácia Violante da Silva filha legítima de Brás da Silva Ribeiro baptizado na freguesia de S. José de Ponta Delgada da Ilha de São Miguel e de Dona Cecília Maria Teresa baptizada na igreja de Nossa Senhora do Loreto desta cidade; foram padrinhos o Desembargador Gregório Pereira Fidalgo da Silveira e Dona Antónia Eufrásia Coutinho, por seu procurador seu irmão Joaquim José Fidalgo da Silveira”
trinta de Abril 1758
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(7) Certidão de baptizado de Brás da Silva Ribeiro
Livro 7 de baptismos da freguesia de S. José de Ponta Delgada, folha 114 verso
Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada
“Brás, filho de Brás da Silva, Sargento, e de sua mulher Maria Tavares, moradores nesta freguesia , nasceu em os trinta e um de Janeiro do ano de mil e setecentos e dezasseis anos e foi baptizado nesta igreja de São José paróquia de seus pais , por mim Padre António de Paiva, cura desta igreja, em os nove dias do mês de Fevereiro do dito ano, e foram padrinhos Simão de Miranda, mercador homem casado da freguesia de São Sebastião e Martinha de Cristo, no Convento de Santa Bárbara, por procuração que apresento (sic) António de Medeiros, filho de Francisco Dorta, da freguesia de São Pedro. E para constar fiz este termo que assinei com testemunhas, o Padre António da Cenra e o sineiro André da Silva. Era ut supra. O Cura António de Paiva. O Padre André da Senrra. André da Silva.”
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(8) Certidão de baptismo de Manoel da Silva Ribeiro
Livro 7 de baptismos da freguesia de S. José de Ponta Delgada, folha 180 verso
Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada
“Manoel, filho de Brás da Silva, Sargento pago, e de sua mulher Maria Tavares, moradores nesta freguesia, nasceu em os dez dias do mês de Outubro do ano de 1718 anos e foi baptizado nesta igreja de São José paróquia de seus pais por mim Padre António de Paiva, cura desta igreja, em os vinte dias do dito mês, foi padrinho o Capitão Francisco Afonso de Chaves, mancebo solteiro, da freguesia de São Pedro, e para constar fiz este termo que assinei com testemunhas, o ajudante Francisco Pereira e o sineiro André da Silva. Era ut supra. O Cura António de Paiva. André da Silva.”
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(9) Casamento de Brás da Silva com Maria da Assumpção
Livro 4 de casamentos da freguesia de S. Sebastião da Matriz de Ponta Delgada, folha 211
Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada
“Brás da Silva. Maria d´Assumpção. Em os dezanove dias do mês de Março de 1707 anos de tarde nesta igreja paroquial de São Sebastião Matriz desta cidade precedendo as denunciações na forma do Sagrado Concílio Tridentino e constanto por mandado do muito Reverendo Ouvidor do Eclesiástico o Doutor João Velho de Faria Machado não terem canónico impedimento em minha presença e de duas solenes testemunhas que foram o Capitão Maior da Vila da Alagoa Francisco Machado de Faria e Maia e o Capitão Gaspar de Medeiros de Sousa, e outro muito povo se casaram por palavras de presente in facie ecclesie Brás da Silva, Sargento do número do prezídio desta cidade baptizado nesta igreja paroquial, filho de pai não sabido, e de Luzia de Medeiros moradora na freguesia de São Pedro desta cidade, e Maria da Assumpção filha de pai não sabido e de Maria Moniz baptizada na igreja paroquial de Nossa Senhora da Estrela Matriz da Vila da Ribeira Grande, todos moradores e fregueses desta freguesia; e não receberam as benções por ser tempo de quaresma; e para constar fiz este termo, que as testemunhas comigo assinaram. Cura Manoel Ferreira. Francisco Machado de Faria e Maia. Gaspar de Medeiros de Sousa. Receberam estes contraentes as benções segundo os ritos da Santa Madre Igreja em 10 de Maio de 1707. Cura Manoel Ferreira.”
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(10) Habilitação de Brás da Silva Ribeiro, Letra B, Maço1, nº 21, Ordem de Cristo
“Passei certidão em 14.Outubro.1744
Consulta em 23.Julho.1744
Diz Brás da Silva Ribeiro assistente nesta cidade de Lisboa natural e baptizado na freguesia de S. José da cidade de Ponta Delgada da Ilha de S. Miguel, que pela portaria junta lhe fez V. Magestade a mercê do hábito de Cristo, e para o poder receber necessita de habilitar-se, o que não pode fazer sem que V. Magestade seja servido mandar fazer o depósito ao suplicante para lhe retirarem as suas inquirições na forma do estilo.
Lisboa
A Pedro Florêncio Barrozo de Almeida com Francisco José Alz. Da Fonseca e mais a Nicolau Pereira de Sousa ou Manuel Rapozo da Câmara com dr. António Curvelo Delgado (...) ou pessoa eclesiástica.
O suplicante é filho legítimo de Brás da Silva baptizado na freguesia de S. Pedro da cidade de Ponta Delgada da dita Ilha e de Maria Tavares do lugar das Calhetas e baptizada na freguesia de Nossa Senhora da Estrela da vila da Ribeira Grande da dita ilha.
Neto pela parte paterna do padre Manoel da Silva, natural e baptizado na freguesia de S. Julião desta cidade de Lisboa e de Luzia de Medeiros baptizada na freguesia de S. Pedro da mesma cidade de Ponta Delgada da dita ilha.
Neto pela parte materna do Capitão Duarte Tavares Correia natural da Ribeira Grande ou do lugar do Norte da mesma ilha e de Maria do Rosário do lugar das Calhetas e baptizada na freguesia de Nossa Senhora da Boa Viagem da dita ilha.
...não haver no suplicante impedimento que o faça desmerecedor da graça da dispensa de que necessita em razão de constar da nobreza dele, seu pai e mãe, e avós paterno e materno e resultam sómente o impedimento nas duas avós e V. Magestade em casos semelhantes estar usando frequentemente da sua real grandeza a qual implora também motivado da consideração da má opinião em que ficará avaliado entre as pessoas que o conhecem e sabem do seu requerimento.
Das provanças que se fizeram a Brás da Silva Ribeiro para receber o hábito da Ordem de Cristo, lhe resultaram os impedimentos que constam da (...) inclusa:
Recorreu a V. Magestade com uma petição dizendo que os respeitos porque fora feita a mercê eram dignos da real atenção e constavam da cópia da portaria junta e ser o dote com que o suplicante efectuara o casamento na esperança de se verificar neste a dita mercê por ser feita directamente com a declaração da mesma portaria e se reportar como própria e não haver no suplicante impedimento que o fizesse desmerecedor da graça da dispensa de que necessitava em razão de constar da nobreza dele, seu pai, mãe, e avós paterno e materno e lhe resultar sómente o impedimento nas duas avós...
...porém que as avós paterna e materna foram mulheres de segunda condição e concubinas dos 2 avós e não constou da naturalidade da naturalidade do avô paterno, mas no lugar em que viveu foi conhecido e reputado por nobre e limpo e por este impedimento se julgou não estar capaz de entrar na ordem...
Cópia
Por resolução de S. Magestade de 10 de Abril de 1737 em...
El Rey N. S. tendo resp. a lhe representar José Jacob Biot filho de Guilherme Biot natural desta cidade ter sentado praça de soldado voluntário para se ir oferecer ao Estado da Indía para onde com efeito embarcou na monção do ano de 1737 em consideração do que: e constar por certidão da matrícula geral do dito Estado ficar servindo nele: há por bem fazer-lhe mercê de vinte mil reiz de tença e(...) os quais serão para sua irmã Cecília Maria Teresa de que largará doze à pessoa com quem casar para obter a (...) do hábito da ordem de Cristo que lhe mandará lançar por haver (...) aprovada a renúncia que nela faz o dito seu irmão.
Lisboa 23 de Maio de 1739
El Rei N. S. há por bem mandar lançar o hábito da Ordem de Cristo a Brás da Silva Ribeiro para o ter (...) doze mil reis de tença (...) estar a legítimamente casado (...) com Cecília Maria Teresa a quem foi feita a mercê
Auto que mandou fazer o cavaleiro comissário Frei Nicolau Pereira de Sousa para nesta ilha de Sam Miguel tirar as aprovanças da limpeza e qualidade de Brás da Silva Ribeiro.
Escrivão Frei António Curvello Delgado
1.Fev.1744
Brás da Silva Ribeiro n. Cidade de Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel, freg. S. José
Brás da Silva, n. S. Pedro
Maria Tavares, N. Sra Estrela, lugar das Calhetas da Ribeira Grande
Manuel da Silva
Luísa de Medeiros
Duarte Tavares, Ribeira Grande
Maria do Rosário, N. Sra Boa Viagem, lugar das Calhetas
10 de Fevereiro de 1744, freguesia de S. Pedro, Ponta Delgada, S. Miguel
Sumário de Testemunhas
1) Reverendo Padre ANDRÉ DE BETENCOURT E SÁ, morador em Ponta Delgada na freguesia de S. Pedro, 67 anos:
- não conheceu o justificante pois deve ter embarcado da ilha, pequeno. Conheceu o pai e a mãe moradores em Ponta Delgada, freguesia da matriz de S. Sebastião.
- Não é parente
- Não é amigo, nem inimigo, nem criado.
- O justificante é mecânico por seus pais o serem.
- O pai do justificante era estimado de todos nesta cidade.
- Era filho de pai e mãe de menor condição e as avós assim paterna como materna da mesma qualidade; e que avó paterna era natural desta freguesia de S. Pedro desta cidade; e avó materna ouvira dizer era da vila da Ribeira Grande; e avós assim paternos como maternos eram graves, o materno Duarte Tavares pela sua qualidade e o paterno o Padre Manoel da Silva pelo seu estado de sacerdote que os conheceu ambos nesta cidade e na freguesia de São Sebastião.
- O justificante não pode ter menos de 20 anos nem chegar a 40.
2) MANOEL DE SOUSA DE VIVEIROS, homem bom, lavrador, morador na freguesia de S. Pedro desta cidade de Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel, 65 anos.
- conheceu o justificante o qual embarcou daqui para fora e era filho de Brás da Silva sargento do presídio desta cidade e de Maria Tavares de quem o justificante era filho legítimo de legítimo matrimónio; mas que não sabe donde eram naturais porque conheceu os pais do justificante moradores em várias ruas desta cidade e a maior parte do tempo na freguesia de São Sebastião desta.
- Não é parente.
- O justificante foi para Lisboa quando rapaz e com ele não teve amizade, nem inimizade.
- Era mecânico por ser filho de pais de menor condição e que o avô da parte materna Duarte Tavares era homem e dos primeiros desta ilha e o avô paterno, o padre Manoel da Silva se fez nobre no estado que tomou de clérigo e a avó paterna Luzia de Medeiros por alcunha a Bizalheira era de gente vil e baixa de quem diziam ser filho o dito Brás da Silva , pai do justificante e a avó materna não conheceu (...) e os sobreditos avós conheceu e tratou na freguesia de S. Sebastião.
- Os avós são graves: o Padre Manoel da Silva pelo estado de sacerdote e Duarte Tavares pela sua nobreza e qualidade dos principais desta ilha.
- Quando o justificante saiu da ilha não era casado, tinha 18 a 35 anos.
3) TOMÁS DIAS, oficial de oleiro, morador nesta freguesia de S. Pedro, 64 anos.
- Brás da Silva, sargento do presídio desta cidade. Sempre o conheceu e tratou, bem como à mulher, na freguesia de S. Sebastião.
- Não é parente, nem amigo, nem inimigo, nem seu criado.
- O justificante é mecânico por seus pais o serem.
- Pai e mãe de mesma condição, bem como avós paterna e materna.
- Avós eram graves: o materno pela sua qualidade e nobreza e o paterno pelo estado de sacerdote. Conheceu ambos na freguesia de S. Sebastião, matriz desta.
- 18 a 40 anos.
4) MATIAS DE SOUSA, oficial de oleiro, morador nesta cidade de Ponta Delgada na freguesia de S. Pedro, 70 anos.
- conheceu o justificante.
- Seus pais eram naturais da freguesia de S. Sebastião onde viveram em várias casas de aluguer por não terem casas suas.
- Avô paterno: Padre Manoel da Silva, natural desta cidade morador junto aos padres da Companhia de Jesus.
- Não é parente.
- Pai e Mãe do justificante como também as avós paterna e materna eram mecânicas, e os avós paterno e materno eram graves, o materno pelo ser e todos os seus descendentes e o paterno por ser clérigo o que sabe pelos conhecer e tratar.
- 20 a 40 anos.
5) MANOEL DE SOUSA SOARES, 64 anos, morador nesta.
- Sabe pelo conhecer e tratar no tempo que era cabo de esquadra do presídio tinha comunicação com o sargento Brás da Silva o qual casou com Maria Tavares de quem teve filhos legítimos os quais pelo nome do justificante não está visto nele e também conheceu o Padre Manoel da Silva pai do dito Brás da Silva que o tem em sua casa e nela o criou e manteve por seu filho os quais conheceu sempre na freguesia de S. Sebastião desta cidade; e também conheceu a mãe como também a avó materna Maria do Rosário e sabe certamente ser natural do lugar das Calhetas freguesia de N. Sra da Boa Viagem a quem chamavam Maria Moniz e ouviu dizer publicamente que ela tivera a mãe do justificante de Duarte Tavares o que não sabe senão pela publicidade de ouvir; e também ouviu dizer que o dito Duarte Tavares era natural da vila da Ribeira Grande freguesia de N. Sra da Estrela mas que nunca o conheceu senão nesta de Ponta Delgada e o ...
- Não é parente.
6) MANOEL DE CRASTO, morador nesta freguesia de S. Pedro e Partidor do Conselho desta cidade de Ponta Delgada, 68 anos.
- Conheceu rapazinho o justificante Brás da Silva Ribeiro filho do sargento Brás da Silva e de Maria Tavares como também conheceu o Padre Manoel da Silva e Luzia de Medeiros de quem diziam ser filho o dito sargento Brás da Silva; e também conheceu Duarte Tavares e Maria do Rosário de quem se dizia ser filha Maria Tavares mãe do justificante; os quais em todo o seu tempo conheceu nesta cidade e não sabe certamente de que freguesia eram naturais...
- Não é parente.
- Era amigo do justificante como o é de todas as criaturas.
- Avô Padre Manoel da Silva: presbítero do hábito de S. Pedro.
- Avô materno Duarte Tavares era das melhores e mais graves famílias desta ilha.
TERMO DE ASSENTADA
Aos 22 de Fevereiro de 1744, freguesia de N. Sra da Estrela da vila da Ribeira Grande, ilha de S. Miguel
1 ) o Capitão-Mor desta vila da Ribeira Grande MANOEL DE SOUSA CORREIA de 64 anos.
- Não conhecia o justificante nem seus pais e avós e sómente ouviu dizer que Duarte Tavares, avô do justificante era natural desta vila e era dos principais.
2) JOÃO RODRIGUES BICO, natural e morador nesta vila, homem mercador, 77 anos.
- conheceu muito bem a Duarte Tavares que morava na praça desta vila e daqui fora morar para a cidade e que era homem da governança e que não sabe se teve filha alguma e só sabe que era nobre e limpo...
3) JOÃO RODRIGUES SANTOS, natural do lugar de Rabo de Peixe e morador nesta vila da Ribeira Grande há mais de cinquenta anos e nela taberneiro, 76 anos.
- muito bem conheceu a Duarte Tavares nesta vila da Ribeira Grande na praça velha mas que cá não tivera filho , nem filha e que daqui fora morar para a cidade e que era das primeiras famílias desta ilha tido e havido por cristão velho.
4) JOÃO PACHECO CARRASCO, natural e morador nesta vila da Ribeira Grande, 80 anos.
- conheceu bem a Duarte Tavares e o tratara enquanto fora morador nesta vila e depois de ser capitão fora morar para a cidade de onde não teve mais comunicação sua e não sabe se teve filho ou filha algum; mas que sabe que era das principais famílias desta ilha limpo de toda a raça...
TERMO DE ASSENTADA
3 de Março de 1744, Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel, freguesia de S. Sebastião
1) JOSÉ CORDEIRO, morador nesta, carreteiro, 79 anos.
- Conheceu-o aqui rapazinho e também conhecera os pais e avós Brás da Silva e sua mulher Maria Tavares, Padre Manoel da Silva e Luzia de Medeiros, todos moradores e naturais desta. Só Duarte Tavares era natural da vila da Ribeira Grande e viera sendo mancebo morar nesta e que lavrando terra sua no lugar das Calhetas alcançara a Maria do Rosário e a trouxera consigo para esta cidade de quem teve Maria Tavares, mãe do justificante a qual se criou em casa de seu parente o capitão intertenido João Borges de Bitancourt donde casou com o sobredito Brás da Silva pai do justificante; e que a avó materna Maria do Rosário suposto veio em moça do lugar das Calhetas para esta cidade não era natural do dito lugar mas sim do Norte mas que se não lembra de onde diziam era. E também conheceu o Padre Manoel da Silva, avô do justificante, natural desta mesma freguesia de S. Sebastião. E também conheceu a Luzia de Medeiros (...) e que tudo sabe pelos conhecer e tratar.
- Não é parente.
- Fora amigo dos pais e avós.
- O capitão Duarte Tavares era nobilíssimo e o Padre também era nobre pois era clérigo.
2) JERÓNIMO DE SOUSA, homem bom e mestre de latim, 79 anos.
- Conheceu o justificante rapazinho, muitas vezes ia a sua casa e que de pouca idade fora para Lisboa; e também conheceu o pai, Brás da Silva, natural desta de S. Sebastião, filho do Padre Manoel da Silva natural da mesma...
- Não é parente.
- Não é amigo.
- Os avós e os pais eram da mesma condição. Os avós eram nobres: o paterno por ser clérigo e o materno por sua qualidade.
1744.Janeiro.7, freguesia de S. Julião, Lisboa
habilitação feita em Lisboa, do Padre Manoel da Silva e do justificante
1) PADRE FREI FRANCISCO DAS CHAGAS, comissário e procurador geral da custódia das ilhas de S. Miguel e Sta Maria, natural da S. Miguel, morador no hospício da dita custódia junto à igreja das Chagas, freguesia de N. Sra da Encarnação, 40 anos.
- O justificante viera para esta corte há 12 anos, e que tem mais ou menos 30 anos.
- O justificante até aquele tempo sempre vivera limpamente sem mais ofício que o da aplicação das letras.
2) ANTÓNIO FRANCISCO DO REGO BOTELHO E FARIA, ajudante de infantaria na ilha de S. Miguel e dela natural e assistente nesta corte na freguesia dos Mártires, 41 anos.
- Disse ser parente do justificante em 5º grau.
- Conhecera e conhece presentemente o justificante, era casado, 30 anos de idade.
- Sempre o conhecera limpamente tratado na companhia de seu pai que ocupava o posto de sargento; e que de pouca idade se ausentara para esta corte e onde ele testemunha o conheceu na ocupação de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
4.Março.1744
3) JOSÉ CAETANO CORRÊA, COC, tenente de infantaria na ilha de S. Miguel e dela natural, assiste na Rua dos Poiais de S. Bento, freguesia de Santa Catarina, 40 anos.
- Bem conhece o justificante ser filho legítimo de Brás da Silva sargento que foi na infantaria do dito presídio.
- O justificante viera de tenra idade para esta corte onde assiste em ocupação de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
4) FREI JOÃO DA ASSUMÇÃO, religioso franciscano, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade na Rua Direita dos Poiais de S. Bento, freguesia de Santa Catarina, 33 anos.
- O justificante viera, depois da morte de seu pai e de tenra idade para esta corte e nela assiste com a ocupação de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
5) PADRE FRANCISCO REBELO MACHADO, presbítero do hábito de S.Pedro, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade na Rua dos Poiais de S. Bento, 37 anos.
- Conheceu muito bem o pai do justificante, Brás da Silva Ribeiro, sargento que foi de uma das companhias das do presídio da dita ilha e que sabe ser o justificante filho legítimo de quem nomeia e baptizado na freguesia de S. José da cidade de Ponta Delgada por o ouvir dizer por o ouvir dizer a uma criada de casa de ele testemunha, que não tinha parentesco com ele justificante.
6) PEDRO BORGES DE BITANCUR, juiz de fora que foi da vila de Niza, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade na Rua da Cordoaria Velha, freguesia dos Mártires, 30 anos.
- ele conhece muito bem o justificante ser filho legítimo de Brás da Silva Ribeiro sargento que foi de uma das companhias das do presídio do castelo na ilha de S. Miguel (...) e que seu pai sempre se tratara limpa e asseadamente e na sua companhia seu filho que ele testemunha conheceu nesta corte na ocupação de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
9.Março.1744
7) JOSÉ DA COSTA LOPES, marinheiro, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade na freguesia de Santos - o – Velho, na Rua do Cipreste em casa de António Roiz Rebelo, sapateiro.
- conhece muito bem o justificante, sabe que é casado, 25 anos.
- Viera depois da morte de seu pai para esta corte e assistira em casa de Luís Godinho, COC, homem grave de tratamento em carruagem e que vive de suas rendas, se como seu criado ignora ele testemunha; mas sabe que ele não teve mais ocupação que a que agora tem de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
8) LUZIA INÁCIA, mulher de António Rodrigues Rebelo, assistente nesta corte na Rua do Cipreste, freguesia de Santos Novos, natural da ilha de S. Miguel, 36 anos.
- Casado e 25 anos.
- Quando estava na ilha não tivera mais ocupação que a aplicação dos livros e que depois da morte de seu pai viera para esta corte e ouvira dizer que ao princípio fora a sua assistência em casa de Luís Godinho atrás referido mas não sabe se foi ou não seu criado e que não o conhecera em outra ocupação mais que na de criado grave de Gregório Pereira Fidalgo.
14.Março.1744
9) ANTÓNIO MIGUEL VELOZO ARAÚJO, pessoa limpa que vive de suas rendas, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade em a Rua Direita da Boa Vista, freguesia de S. Paulo, 30 anos.
- Casado, 18 a 50 anos.
- Ele se criara sempre na companhia de seu pai com o exercício de estudante e que depois da morte de seu pai viera para esta corte para a companhia de um seu parente religioso franciscano que assistia em o Hospício do Conde da Ribeira e onde esteve uns poucos de meses e dali sem ter tido outra ocupação fora para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo onde assiste com ocupação de seu criado grave.
Neste dia acima declarado na assentada não podemos achar mais testemunhas que dispusessem da qualidade do justificante e seu exercício nesta corte antes de ir para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
15.Março.1744
10) JERÓNIMO SOARES BARRIGA, letrado, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade ao Rossio, freguesia de Santa Justa, digo, de S. Nicolau, 37 anos.
- 25 anos.
- Ele, na ilha, sempre se tratara limpamente na criação escolástica e que depois da morte de seu pai viera para esta corte para a companhia de um seu parente religioso franciscano assistente em o Hospício do Conde da Ribeira e que ali assistira alguns meses e depois fora para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo onde está com a ocupação de criado grave.
18.Março.1744
11) PADRE MESTRE FREI HENRIQUE FREIRE DA NATIVIDADE, religioso carmelita, natural desta cidade e nela assistente em o seu convento, e nele vice comissário dos Terceiros da mesma ordem, 37 anos.
- Depois da morte de seu pai fora na companhia de um religioso graciano para a ilha do Faial onde ele testemunha o conheceu algum tempo assistindo em casa de Diogo de Labat, de nação francesa, homem muito grave, casado com uma senhora principalíssima daquela terra porém não sabe se fora seu criado. E passado este tempo viera para Lisboa para o Hospício do Conde da Ribeira onde esteve na companhia de um seu parente religioso franciscano algum tempo e dali fora para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo e nele assiste em a ocupação de criado grave.
12) JORGE LUCAS DE MELO, natural da ilha Terceira, pessoa limpa, que assiste nesta corte na Rua Larga do Alecrim, freguesia da Encarnação, 36 anos.
- 25 anos.
- Depois da morte de seu pai fora para a ilha do Faial em companhia de um religioso graciano e ali assistiu em casa de Diogo de Labat, homem grave, casado com uma senhora principal, de quem fora o justificante escudeiro e que passados tempos viera para esta corte para o Hospício do Conde da Ribeira e na companhia de um seu parente religioso franciscano e depois para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo onde tem estado sempre com a ocupação de criado grave.
Neste dia acima declarado fizemos toda a diligência por acharmos a Luís Godinho, testemunha referida, e não foi possível ele depôr por se achar gravemente enfermo.
2.Abril.1744
13) LUÍS GODINHO CAMELO, natural da ilha de S. Miguel, assistente nesta corte na Rua da Cruz aos Poiais de S. Bento, freguesia de Santa Catarina, homem nobre, 60 anos.
- Não conhecia o justificante nem se lembrava de que algum dia estivesse em sua casa como tinham deposto as testemunhas, mas que sim conheceu seu pai ser sargento e que ouviu dizer...
- Não assina por estar gravemente enfermo.
De 9 de Abril de 1744 até 12 de Abril de 1744 procuram testemunhas na freguesia de S. Julião que conhecessem o Padre Manoel da Silva, mas não encontraram.
Consta que o justificante é natural da freguesia de S. José da cidade de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, é casado, tem 26 anos e que vindo da sua pátria haveu 12 anos entrara a servir de escada acima o desembargador Gregório Pereira Fidalgo da Silveira em cuja ocupação continua actualmente e na sua pátria estudava e não teve ocupação mecânica.
O Padre Manoel da Silva ninguém conhece.
Consta das partes pessoais do justificante todas as naturalidades excepto a de seu avô paterno que sendo natural desta corte da freguesia de S. Julião não houve notícia alguma (...) mas foi conhecido na ilha por nobre e limpo pelo que mandam junto certidão de baptismo do dito avô em falta dela junto a sentença de génere do dito avô por onde foi habilitado para ordens, consta da limpeza do sangue de todos e da qualidade do justificante e seus pais e dois avós paterno e materno; e consta também que as duas avós paterna e materna foram mulheres de segunda condição e concubinas dos dois avós.
Mesa, 25 de Junho de 1744
Ainda o justificante não juntou a sentença de genere do seu avô paterno por dizer que o dito avô foi habilitado para clérigo na ilha onde viveu e morreu como também consta das inquirições.
23 de Julho de 1744
1- José Jacob Biotti, natural da cidade de Lisboa, filho de Guilherme Biotti, natural do Piemonte, assentou praça de soldado voluntário para o Estado da Ìndia para onde embarcou na monção do ano de 1737.
2- Em consideração do que, e por constar de certidão da matrícula geral do dito Estado ter servido nele, lhe foi feita mercê de vinte mil reis de tença, os quais renunciou em sua irmã Dona Cecília Maria Teresa Spínola que “largará doze à pessoa com quem casar para obter o hábito da ordem de Cristo que lhe mandará lançar por haver sido aprovada a renúncia que nela faz o dito seu irmão.”
3- “El Rei N. S. há por bem mandar lançar o hábito da Ordem de Cristo a Brás da Silva Ribeiro para o ter com doze mil reis de tença por estar legítimamente casado com Cecília Maria Teresa a quem foi feita a mercê.”
4- Brás da Silva Ribeiro nasceu em 31 de Janeiro de 1716 e foi baptizado na igreja de São José de Ponta Delgada pelo Padre António de Paiva em 9 de Fevereiro do dito ano, tendo sido padrinhos Simão de Miranda, mercador homem casado da freguesia de São Sebastião e Martinha de Cristo do Convento de Santa Bárbara, por procuração de António de Medeiros, filho de Francisco Dorta, da freguesia de São Pedro.
4- Era filho de outro Brás da Silva Ribeiro, Sargento do Número do Prezídio da Cidade de Ponta Delgada, e de sua mulher D. Maria d´Assumpção Tavares que casaram em 19 de Março de 1707, de tarde, na igreja paroquial de São Sebastião, Matriz da cidade de Ponta Delgada, “precedendo as denunciações na forma do Sagrado Concílio Tridentino e constanto por mandado do muito Reverendo Ouvidor do Eclesiástico o Doutor João Velho de Faria Machado não terem canónico impedimento.” Foram solenes testemunhas o Capitão Maior da Vila da Alagoa Francisco Machado de Faria e Maia e o Capitão Gaspar de Medeiros de Sousa, e outro muito povo.
5- D. Maria d´Assumpção era filha do Capitão Duarte Tavares Correia natural da Ribeira Grande e de Maria do Rosário Moniz baptizada na igreja paroquial de Nossa Senhora da Estrela, Matriz da Vila da Ribeira Grande.
6- Nas provanças da limpeza e qualidade de efectuadas a 10 de Fevereiro de 1744 na freguesia de S. Pedro, Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, foram ouvidas, entre outras, as seguintes testemunhas, que declararam:
7- Manoel de Sousa de Viveiros, homem bom, lavrador, morador na freguesia de São Pedro desta cidade de Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel, 65 anos: o avô da parte materna Duarte Tavares era homem e dos primeiros desta ilha; Duarte Tavares pela sua nobreza e qualidade era dos principais desta ilha.
8- Manoel de Crasto, morador nesta freguesia de São Pedro e Partidor do Conselho desta cidade de Ponta Delgada, 68 anos: o avô materno Duarte Tavares era das melhores e mais graves famílias desta ilha.
9- o Capitão-Mor desta vila da Ribeira Grande, Manoel de Sousa Correia, de 64 anos: Duarte Tavares, avô do justificante era natural desta vila e era dos principais.
10- João Rodrigues Bico, natural e morador nesta vila, homem mercador, 77 anos: Duarte Tavares que morava na praça desta vila e daqui fora morar para a cidade era homem da governança.
11- João Rodrigues Santos, natural do lugar de Rabo de Peixe e morador nesta vila da Ribeira Grande há mais de cinquenta anos e nela taberneiro, 76 anos: muito bem conheceu a Duarte Tavares nesta vila da Ribeira Grande na praça velha (...) e que daqui fora morar para a cidade e que era das primeiras famílias desta ilha tido e havido por cristão velho.
12- João Pacheco Carrasco, natural e morador nesta vila da Ribeira Grande, 80 anos: conheceu bem a Duarte Tavares e o tratara enquanto fora morador nesta vila e depois de ser capitão fora morar para a cidade de onde não teve mais comunicação sua (...) mas que sabe que era das principais famílias desta ilha limpo de toda a raça...
13- José Cordeiro, morador nesta, carreteiro, 79 anos: só Duarte Tavares era natural da vila da Ribeira Grande e viera sendo mancebo morar nesta e que lavrando terra sua no lugar das Calhetas alcançara a Maria do Rosário e a trouxera consigo para esta cidade de quem teve Maria Tavares, mãe do justificante a qual se criou em casa de seu parente o Capitão Intertenido João Borges de Bitancourt donde casou com o sobredito Brás da Silva pai do justificante; o capitão Duarte Tavares era nobilíssimo.
14- António Francisco do Rego Botelho e Faria, ajudante de infantaria na ilha de S. Miguel e dela natural e assistente nesta corte na freguesia dos Mártires, 41 anos: disse ser parente do justificante em 5º grau.
15- Na obra “Genealogias das ilhas de S. Miguel e Santa Maria” de Rodrigo Rodrigues, no seu volume 1º, no capítulo 18º que trata “da descendência de Gonçalo do Rego, o Velho” na página 366,
16- Encontramos o Capitão Manuel do Rego Cabral, nascido em 1607 e casado na Matriz da Ribeira Grande em 2.5.1622, com D. Maria da Ponte Raposo.
17- Que tiveram, entre outros filhos, a:
Francisco do Rego e Sá,
Maria da Ponte Coutinho
e Duarte Tavares.
18- Francisco do Rego e Sá, Capitão, nasceu na Matriz da Ribeira Grande e faleceu na Matriz de Ponta Delgada a 5.12.1704.
Casou, pela primeira vez, no RL com D. Maria de Pimentel de Barros de quem teve a:
António do Rego de Faria, Capitão, que faleceu em 1729 viva em Ponta Delgada, com 84 anos. Casou na Matriz de Ponta Delgada com D. Catarina Botelho do Canto de quem teve a:
João do Rego do Canto Botelho de Faria, casado a 9.7.1691, com D. Antónia Faustina da Câmara ou Leite de Medeiros, de quem teve a:
António Francisco do Rego Botelho de Faria que tudo indica ser a testemunha que, no ponto 14 deste trabalho, afirma ser parente do justificante em 5º grau.
19- D. Maria da Ponte Coutinho casou 3 vezes com 3 viúvos, sendo o terceiro o Capitão João Borges de Bettencourt com quem casou na Matriz de Ponta Delgada em 4.2.1697, e que seria, provavelmente, o parente em casa de quem Maria Tavares se criou, conforme ponto 13 deste trabalho.
19- Por último, Duarte Tavares, que casou na Terceira com D. Violante de quem não teve geração e que seria homem dos primeiros desta ilha e que pela sua nobreza e qualidade era dos principais desta ilha; era das melhores e mais graves famílias desta ilha; Duarte Tavares, avô do justificante era natural desta vila e era dos principais; Duarte Tavares que morava na praça desta vila e daqui fora morar para a cidade era homem da governança; que era das primeiras famílias desta ilha tido e havido por cristão velho; era das principais famílias desta ilha limpo de toda a raça; o Capitão Duarte Tavares era nobilíssimo(ver pontos 8 a 13 deste trabalho).
FONTES:
(1) ANTT, Chancelarias de D.João V: José Jacob Bioto, filho de Guilherme Bioto, natural de Lisboa. Carta de padrão de 20$000 réis de tença anual em vida para sua irmã Cecília Maria Teresa – de 26 de Novembro de 1739, livro 98 – 53v.
(2) Igreja do Loreto, livro das desobrigas (rol dos confessados) de 1745: Guilherme Biotti, piemontês, casado, vivia às portas de Santa Catarina.
(3) ANTT, Habilitação de Brás da Silva Ribeiro, Letra B, Maço1, nº 21, Ordem de Cristo.
(4) Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, Livro 7 de baptismos da freguesia de S. José de Ponta Delgada, folha 114 verso.
(5) Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, Livro 4 de casamentos da freguesia de S. Sebastião da Matriz de Ponta Delgada, folha 211.
(6) Rodrigues, Rodrigo, “Genealogias das ilhas de S. Miguel e Santa Maria”, Volume 1º, Edição da Sociedade Afonso Chaves, Associação de Estudos Açoreanos, Ponta Delgada, 1998.
INDÍCE
24.Julho.2003
(1) Certidão de baptismo de D. Maria Liberata (1777)
(2) Casamento de Joaquim Germano com D. Inácia Violante (1775)
(3) Certidão de baptismo de Joaquim Germano (1745)
(4) Certidão de óbito de Paula Joana (1760)
(5) Certidão de óbito de Dona Ângela Domingas (1810)
(6) Certidão de baptismo de D. Inácia Violante (1758)
(7) Certidão de baptismo de Brás da Silva Ribeiro (1716)
(8) Certidão de baptismo de Manoel da Silva Ribeiro (1718)
(9) Casamento de Brás da Silva com Maria da Assumpção (1707)
(10) Habilitação de Brás da Silva Ribeiro, Letra B, Maço1, nº 21, Ordem de Cristo (1744)
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(1) Certidão de baptizado de D. Maria Liberata
Livro 4 de baptizados, freguesia de S. Cristovão, Lisboa, página 207:
“aos 6 dias do mês de Janeiro de 1777 baptizei e pus os santos óleos solenemente a Maria que nasceu em 12 de Dezembro do anos passado de 1776, filha legítima de Joaquim Germano da Costa Machado, natural e baptizado nesta freguesia de S.Cristovão, e de D. Inácia Violante Roberta da Silva, natural e baptizada na freguesia dos Mártires, recebidos na freguesia de Nossa Senhora da Pena e moradores na Rua Direita desta freguesia. Madrinha por devoção Nossa Senhora dos Prazeres e Padrinho o Dr. Manoel António da Fonseca Professo da Ordem de Cristo opositor às cadeiras da Universidade de Coimbra e morador aos Anjos de que fiz este termo...”
Nota: na página 221 verso do mesmo livro há um baptizado igual a este em tudo, excepto na data que é 1779 e nos padrinhos.
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(2) Casamento de Joaquim Germano com D. Inácia Violante
Livro 16 de casamentos, freguesia da Pena, página 158 verso:
“Novembro de 1775
aos onze dias do mês de Novembro de 1775 anos de tarde nesta paroquial igreja de Nossa Senhora da Pena, em presença de mim o padre José de Mendonça cura na mesma igreja, receberam por marido e mulher, como manda a Santa Madre Igreja de Roma = Joaquim Germano da Costa Machado, solteiro, filho legítimo de José da Costa Machado, e de Paula Joana já defunta, natural ele contraente e baptizado na freguesia de S. Cristovão desta cidade de Lisboa; com Dona Inácia Violante Roberta da Silva solteira filha legítima de Brás da Silva Ribeiro já defunto, e de Dona Cecília Maria Teresa Espinhola, natural ela contraente e baptizada na freguesia de Nossa Senhora dos Mártires desta mesma cidade, e ambos os contraentes são moradores na freguesia de São Cristovão; e para haverem de contrair o dito matrimónio nesta dita paroquial igreja de Nossa Senhora da Pena, me apresentaram uma provisão do Eminentíssimo e Reverendíssimo Sr. Cardeal Patriarca assinada pelo pelo Excelentíssimo e Reverendíssimo Sr. Arcebispo de Lacedemonia e vigário geral deste patriarcado em virtude da qual reassisti ao matrimónio. Assistiram por testemunhas o Reverendo Tomé Taborda presbítero secular, morador na Rua das Atafonas, freguesia de Nossa Senhora do Socorro, e António Vicente Angeles morador nesta freguesia de Nossa Senhora da Pena na Travessa da Igreja, com outras mais pessoas, que presentes estavam, de que tudo fiz este assento, que assinei com as sobreditas testemunhas em o mesmo dia e era ut supra.”
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(3) Certidão de baptizado de Joaquim Germano
Livro 3 de baptizados da freguesia de S. Cristovão, página 63:
“ aos 13 dias do mês de Junho de 1745 anos nesta paroquial igreja de S. Cristovão desta cidade de Lisboa baptizei solenemente subconditione e pus os santos óleos a Joaquim que nasceu em 28 de Maio, filho legítimo de José da Costa Machado natural e baptizado na freguesia de Santa Maria Madalena desta cidade e de sua mulher Paula Joana, baptizada na freguesia de São Vicente termo da vila do Cadaval Arcebispado de Lisboa recebidos na freguesia de São Mamede: foi padrinho Francisco Magalhães de Brito Escrivão da Provedoria do Crato e madrinha Antónia Maria da Conceição moradora na Rua dos Trovadores, freguesia de São Nicolau tocou por procuração seu marido Manuel Nunes Colares...”
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(4) Certidão de óbito de Paula Joana
Livro 2 de óbitos da freguesia de S. Cristovão, folha 66:
“7 de Julho de 1760
falecimento de Paula Joana, nascida e baptizada na freguesia de S. Vicente do lugar do Cercal, patriarcado de Lisboa.
Casada segunda vez com José da Costa Machado, natural e baptizado Madalena.
Moravam em S.Cristovão, Rua Direita do Trigueiros.
Não fez testamento
Sepultada no convento de S. Francisco da cidade.”
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(5) Certidão de óbito de Dona Ângela Domingas
Livro 7 de óbitos da freguesia de Santa Engrácia, folha 271:
“aos trinta e um dias de Janeiro de 1810 na casa do Exmo Marquês do Lavradio desta freguesia de Santa Engrácia faleceu com os sacramentos Dona Ângela Domingas Espinola, viúva de José da Costa Machado, e foi sepultada nesta ermida de Nossa Senhora do Paraíso, que serve de paróquia.”
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(6) Certidão de baptizado de D. Inácia Violante
Livro 1 de baptizados da freguesia dos Mártires, folha 77 verso:
“Por virtude de uma sentença de justificação no Juízo Eclesiástico deste Patriarcado de que foi escrivão Luís António do Couto e ordem do Senhor Desembargador José Mendes da Costa Ministro da Curia Patriarcal que de presente serve de Provisor e vigário geral neste patriarcado por impedimento do Exmo Sr. Arcebispo de Lacedemonia lancei o acento seguinte. Nesta paroquial igreja de Nossa Senhora dos Mártires de Lisboa foi baptizada Dona Inácia Violante da Silva filha legítima de Brás da Silva Ribeiro baptizado na freguesia de S. José de Ponta Delgada da Ilha de São Miguel e de Dona Cecília Maria Teresa baptizada na igreja de Nossa Senhora do Loreto desta cidade; foram padrinhos o Desembargador Gregório Pereira Fidalgo da Silveira e Dona Antónia Eufrásia Coutinho, por seu procurador seu irmão Joaquim José Fidalgo da Silveira”
trinta de Abril 1758
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(7) Certidão de baptizado de Brás da Silva Ribeiro
Livro 7 de baptismos da freguesia de S. José de Ponta Delgada, folha 114 verso
Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada
“Brás, filho de Brás da Silva, Sargento, e de sua mulher Maria Tavares, moradores nesta freguesia , nasceu em os trinta e um de Janeiro do ano de mil e setecentos e dezasseis anos e foi baptizado nesta igreja de São José paróquia de seus pais , por mim Padre António de Paiva, cura desta igreja, em os nove dias do mês de Fevereiro do dito ano, e foram padrinhos Simão de Miranda, mercador homem casado da freguesia de São Sebastião e Martinha de Cristo, no Convento de Santa Bárbara, por procuração que apresento (sic) António de Medeiros, filho de Francisco Dorta, da freguesia de São Pedro. E para constar fiz este termo que assinei com testemunhas, o Padre António da Cenra e o sineiro André da Silva. Era ut supra. O Cura António de Paiva. O Padre André da Senrra. André da Silva.”
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(8) Certidão de baptismo de Manoel da Silva Ribeiro
Livro 7 de baptismos da freguesia de S. José de Ponta Delgada, folha 180 verso
Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada
“Manoel, filho de Brás da Silva, Sargento pago, e de sua mulher Maria Tavares, moradores nesta freguesia, nasceu em os dez dias do mês de Outubro do ano de 1718 anos e foi baptizado nesta igreja de São José paróquia de seus pais por mim Padre António de Paiva, cura desta igreja, em os vinte dias do dito mês, foi padrinho o Capitão Francisco Afonso de Chaves, mancebo solteiro, da freguesia de São Pedro, e para constar fiz este termo que assinei com testemunhas, o ajudante Francisco Pereira e o sineiro André da Silva. Era ut supra. O Cura António de Paiva. André da Silva.”
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(9) Casamento de Brás da Silva com Maria da Assumpção
Livro 4 de casamentos da freguesia de S. Sebastião da Matriz de Ponta Delgada, folha 211
Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada
“Brás da Silva. Maria d´Assumpção. Em os dezanove dias do mês de Março de 1707 anos de tarde nesta igreja paroquial de São Sebastião Matriz desta cidade precedendo as denunciações na forma do Sagrado Concílio Tridentino e constanto por mandado do muito Reverendo Ouvidor do Eclesiástico o Doutor João Velho de Faria Machado não terem canónico impedimento em minha presença e de duas solenes testemunhas que foram o Capitão Maior da Vila da Alagoa Francisco Machado de Faria e Maia e o Capitão Gaspar de Medeiros de Sousa, e outro muito povo se casaram por palavras de presente in facie ecclesie Brás da Silva, Sargento do número do prezídio desta cidade baptizado nesta igreja paroquial, filho de pai não sabido, e de Luzia de Medeiros moradora na freguesia de São Pedro desta cidade, e Maria da Assumpção filha de pai não sabido e de Maria Moniz baptizada na igreja paroquial de Nossa Senhora da Estrela Matriz da Vila da Ribeira Grande, todos moradores e fregueses desta freguesia; e não receberam as benções por ser tempo de quaresma; e para constar fiz este termo, que as testemunhas comigo assinaram. Cura Manoel Ferreira. Francisco Machado de Faria e Maia. Gaspar de Medeiros de Sousa. Receberam estes contraentes as benções segundo os ritos da Santa Madre Igreja em 10 de Maio de 1707. Cura Manoel Ferreira.”
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(10) Habilitação de Brás da Silva Ribeiro, Letra B, Maço1, nº 21, Ordem de Cristo
“Passei certidão em 14.Outubro.1744
Consulta em 23.Julho.1744
Diz Brás da Silva Ribeiro assistente nesta cidade de Lisboa natural e baptizado na freguesia de S. José da cidade de Ponta Delgada da Ilha de S. Miguel, que pela portaria junta lhe fez V. Magestade a mercê do hábito de Cristo, e para o poder receber necessita de habilitar-se, o que não pode fazer sem que V. Magestade seja servido mandar fazer o depósito ao suplicante para lhe retirarem as suas inquirições na forma do estilo.
Lisboa
A Pedro Florêncio Barrozo de Almeida com Francisco José Alz. Da Fonseca e mais a Nicolau Pereira de Sousa ou Manuel Rapozo da Câmara com dr. António Curvelo Delgado (...) ou pessoa eclesiástica.
O suplicante é filho legítimo de Brás da Silva baptizado na freguesia de S. Pedro da cidade de Ponta Delgada da dita Ilha e de Maria Tavares do lugar das Calhetas e baptizada na freguesia de Nossa Senhora da Estrela da vila da Ribeira Grande da dita ilha.
Neto pela parte paterna do padre Manoel da Silva, natural e baptizado na freguesia de S. Julião desta cidade de Lisboa e de Luzia de Medeiros baptizada na freguesia de S. Pedro da mesma cidade de Ponta Delgada da dita ilha.
Neto pela parte materna do Capitão Duarte Tavares Correia natural da Ribeira Grande ou do lugar do Norte da mesma ilha e de Maria do Rosário do lugar das Calhetas e baptizada na freguesia de Nossa Senhora da Boa Viagem da dita ilha.
...não haver no suplicante impedimento que o faça desmerecedor da graça da dispensa de que necessita em razão de constar da nobreza dele, seu pai e mãe, e avós paterno e materno e resultam sómente o impedimento nas duas avós e V. Magestade em casos semelhantes estar usando frequentemente da sua real grandeza a qual implora também motivado da consideração da má opinião em que ficará avaliado entre as pessoas que o conhecem e sabem do seu requerimento.
Das provanças que se fizeram a Brás da Silva Ribeiro para receber o hábito da Ordem de Cristo, lhe resultaram os impedimentos que constam da (...) inclusa:
Recorreu a V. Magestade com uma petição dizendo que os respeitos porque fora feita a mercê eram dignos da real atenção e constavam da cópia da portaria junta e ser o dote com que o suplicante efectuara o casamento na esperança de se verificar neste a dita mercê por ser feita directamente com a declaração da mesma portaria e se reportar como própria e não haver no suplicante impedimento que o fizesse desmerecedor da graça da dispensa de que necessitava em razão de constar da nobreza dele, seu pai, mãe, e avós paterno e materno e lhe resultar sómente o impedimento nas duas avós...
...porém que as avós paterna e materna foram mulheres de segunda condição e concubinas dos 2 avós e não constou da naturalidade da naturalidade do avô paterno, mas no lugar em que viveu foi conhecido e reputado por nobre e limpo e por este impedimento se julgou não estar capaz de entrar na ordem...
Cópia
Por resolução de S. Magestade de 10 de Abril de 1737 em...
El Rey N. S. tendo resp. a lhe representar José Jacob Biot filho de Guilherme Biot natural desta cidade ter sentado praça de soldado voluntário para se ir oferecer ao Estado da Indía para onde com efeito embarcou na monção do ano de 1737 em consideração do que: e constar por certidão da matrícula geral do dito Estado ficar servindo nele: há por bem fazer-lhe mercê de vinte mil reiz de tença e(...) os quais serão para sua irmã Cecília Maria Teresa de que largará doze à pessoa com quem casar para obter a (...) do hábito da ordem de Cristo que lhe mandará lançar por haver (...) aprovada a renúncia que nela faz o dito seu irmão.
Lisboa 23 de Maio de 1739
El Rei N. S. há por bem mandar lançar o hábito da Ordem de Cristo a Brás da Silva Ribeiro para o ter (...) doze mil reis de tença (...) estar a legítimamente casado (...) com Cecília Maria Teresa a quem foi feita a mercê
Auto que mandou fazer o cavaleiro comissário Frei Nicolau Pereira de Sousa para nesta ilha de Sam Miguel tirar as aprovanças da limpeza e qualidade de Brás da Silva Ribeiro.
Escrivão Frei António Curvello Delgado
1.Fev.1744
Brás da Silva Ribeiro n. Cidade de Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel, freg. S. José
Brás da Silva, n. S. Pedro
Maria Tavares, N. Sra Estrela, lugar das Calhetas da Ribeira Grande
Manuel da Silva
Luísa de Medeiros
Duarte Tavares, Ribeira Grande
Maria do Rosário, N. Sra Boa Viagem, lugar das Calhetas
10 de Fevereiro de 1744, freguesia de S. Pedro, Ponta Delgada, S. Miguel
Sumário de Testemunhas
1) Reverendo Padre ANDRÉ DE BETENCOURT E SÁ, morador em Ponta Delgada na freguesia de S. Pedro, 67 anos:
- não conheceu o justificante pois deve ter embarcado da ilha, pequeno. Conheceu o pai e a mãe moradores em Ponta Delgada, freguesia da matriz de S. Sebastião.
- Não é parente
- Não é amigo, nem inimigo, nem criado.
- O justificante é mecânico por seus pais o serem.
- O pai do justificante era estimado de todos nesta cidade.
- Era filho de pai e mãe de menor condição e as avós assim paterna como materna da mesma qualidade; e que avó paterna era natural desta freguesia de S. Pedro desta cidade; e avó materna ouvira dizer era da vila da Ribeira Grande; e avós assim paternos como maternos eram graves, o materno Duarte Tavares pela sua qualidade e o paterno o Padre Manoel da Silva pelo seu estado de sacerdote que os conheceu ambos nesta cidade e na freguesia de São Sebastião.
- O justificante não pode ter menos de 20 anos nem chegar a 40.
2) MANOEL DE SOUSA DE VIVEIROS, homem bom, lavrador, morador na freguesia de S. Pedro desta cidade de Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel, 65 anos.
- conheceu o justificante o qual embarcou daqui para fora e era filho de Brás da Silva sargento do presídio desta cidade e de Maria Tavares de quem o justificante era filho legítimo de legítimo matrimónio; mas que não sabe donde eram naturais porque conheceu os pais do justificante moradores em várias ruas desta cidade e a maior parte do tempo na freguesia de São Sebastião desta.
- Não é parente.
- O justificante foi para Lisboa quando rapaz e com ele não teve amizade, nem inimizade.
- Era mecânico por ser filho de pais de menor condição e que o avô da parte materna Duarte Tavares era homem e dos primeiros desta ilha e o avô paterno, o padre Manoel da Silva se fez nobre no estado que tomou de clérigo e a avó paterna Luzia de Medeiros por alcunha a Bizalheira era de gente vil e baixa de quem diziam ser filho o dito Brás da Silva , pai do justificante e a avó materna não conheceu (...) e os sobreditos avós conheceu e tratou na freguesia de S. Sebastião.
- Os avós são graves: o Padre Manoel da Silva pelo estado de sacerdote e Duarte Tavares pela sua nobreza e qualidade dos principais desta ilha.
- Quando o justificante saiu da ilha não era casado, tinha 18 a 35 anos.
3) TOMÁS DIAS, oficial de oleiro, morador nesta freguesia de S. Pedro, 64 anos.
- Brás da Silva, sargento do presídio desta cidade. Sempre o conheceu e tratou, bem como à mulher, na freguesia de S. Sebastião.
- Não é parente, nem amigo, nem inimigo, nem seu criado.
- O justificante é mecânico por seus pais o serem.
- Pai e mãe de mesma condição, bem como avós paterna e materna.
- Avós eram graves: o materno pela sua qualidade e nobreza e o paterno pelo estado de sacerdote. Conheceu ambos na freguesia de S. Sebastião, matriz desta.
- 18 a 40 anos.
4) MATIAS DE SOUSA, oficial de oleiro, morador nesta cidade de Ponta Delgada na freguesia de S. Pedro, 70 anos.
- conheceu o justificante.
- Seus pais eram naturais da freguesia de S. Sebastião onde viveram em várias casas de aluguer por não terem casas suas.
- Avô paterno: Padre Manoel da Silva, natural desta cidade morador junto aos padres da Companhia de Jesus.
- Não é parente.
- Pai e Mãe do justificante como também as avós paterna e materna eram mecânicas, e os avós paterno e materno eram graves, o materno pelo ser e todos os seus descendentes e o paterno por ser clérigo o que sabe pelos conhecer e tratar.
- 20 a 40 anos.
5) MANOEL DE SOUSA SOARES, 64 anos, morador nesta.
- Sabe pelo conhecer e tratar no tempo que era cabo de esquadra do presídio tinha comunicação com o sargento Brás da Silva o qual casou com Maria Tavares de quem teve filhos legítimos os quais pelo nome do justificante não está visto nele e também conheceu o Padre Manoel da Silva pai do dito Brás da Silva que o tem em sua casa e nela o criou e manteve por seu filho os quais conheceu sempre na freguesia de S. Sebastião desta cidade; e também conheceu a mãe como também a avó materna Maria do Rosário e sabe certamente ser natural do lugar das Calhetas freguesia de N. Sra da Boa Viagem a quem chamavam Maria Moniz e ouviu dizer publicamente que ela tivera a mãe do justificante de Duarte Tavares o que não sabe senão pela publicidade de ouvir; e também ouviu dizer que o dito Duarte Tavares era natural da vila da Ribeira Grande freguesia de N. Sra da Estrela mas que nunca o conheceu senão nesta de Ponta Delgada e o ...
- Não é parente.
6) MANOEL DE CRASTO, morador nesta freguesia de S. Pedro e Partidor do Conselho desta cidade de Ponta Delgada, 68 anos.
- Conheceu rapazinho o justificante Brás da Silva Ribeiro filho do sargento Brás da Silva e de Maria Tavares como também conheceu o Padre Manoel da Silva e Luzia de Medeiros de quem diziam ser filho o dito sargento Brás da Silva; e também conheceu Duarte Tavares e Maria do Rosário de quem se dizia ser filha Maria Tavares mãe do justificante; os quais em todo o seu tempo conheceu nesta cidade e não sabe certamente de que freguesia eram naturais...
- Não é parente.
- Era amigo do justificante como o é de todas as criaturas.
- Avô Padre Manoel da Silva: presbítero do hábito de S. Pedro.
- Avô materno Duarte Tavares era das melhores e mais graves famílias desta ilha.
TERMO DE ASSENTADA
Aos 22 de Fevereiro de 1744, freguesia de N. Sra da Estrela da vila da Ribeira Grande, ilha de S. Miguel
1 ) o Capitão-Mor desta vila da Ribeira Grande MANOEL DE SOUSA CORREIA de 64 anos.
- Não conhecia o justificante nem seus pais e avós e sómente ouviu dizer que Duarte Tavares, avô do justificante era natural desta vila e era dos principais.
2) JOÃO RODRIGUES BICO, natural e morador nesta vila, homem mercador, 77 anos.
- conheceu muito bem a Duarte Tavares que morava na praça desta vila e daqui fora morar para a cidade e que era homem da governança e que não sabe se teve filha alguma e só sabe que era nobre e limpo...
3) JOÃO RODRIGUES SANTOS, natural do lugar de Rabo de Peixe e morador nesta vila da Ribeira Grande há mais de cinquenta anos e nela taberneiro, 76 anos.
- muito bem conheceu a Duarte Tavares nesta vila da Ribeira Grande na praça velha mas que cá não tivera filho , nem filha e que daqui fora morar para a cidade e que era das primeiras famílias desta ilha tido e havido por cristão velho.
4) JOÃO PACHECO CARRASCO, natural e morador nesta vila da Ribeira Grande, 80 anos.
- conheceu bem a Duarte Tavares e o tratara enquanto fora morador nesta vila e depois de ser capitão fora morar para a cidade de onde não teve mais comunicação sua e não sabe se teve filho ou filha algum; mas que sabe que era das principais famílias desta ilha limpo de toda a raça...
TERMO DE ASSENTADA
3 de Março de 1744, Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel, freguesia de S. Sebastião
1) JOSÉ CORDEIRO, morador nesta, carreteiro, 79 anos.
- Conheceu-o aqui rapazinho e também conhecera os pais e avós Brás da Silva e sua mulher Maria Tavares, Padre Manoel da Silva e Luzia de Medeiros, todos moradores e naturais desta. Só Duarte Tavares era natural da vila da Ribeira Grande e viera sendo mancebo morar nesta e que lavrando terra sua no lugar das Calhetas alcançara a Maria do Rosário e a trouxera consigo para esta cidade de quem teve Maria Tavares, mãe do justificante a qual se criou em casa de seu parente o capitão intertenido João Borges de Bitancourt donde casou com o sobredito Brás da Silva pai do justificante; e que a avó materna Maria do Rosário suposto veio em moça do lugar das Calhetas para esta cidade não era natural do dito lugar mas sim do Norte mas que se não lembra de onde diziam era. E também conheceu o Padre Manoel da Silva, avô do justificante, natural desta mesma freguesia de S. Sebastião. E também conheceu a Luzia de Medeiros (...) e que tudo sabe pelos conhecer e tratar.
- Não é parente.
- Fora amigo dos pais e avós.
- O capitão Duarte Tavares era nobilíssimo e o Padre também era nobre pois era clérigo.
2) JERÓNIMO DE SOUSA, homem bom e mestre de latim, 79 anos.
- Conheceu o justificante rapazinho, muitas vezes ia a sua casa e que de pouca idade fora para Lisboa; e também conheceu o pai, Brás da Silva, natural desta de S. Sebastião, filho do Padre Manoel da Silva natural da mesma...
- Não é parente.
- Não é amigo.
- Os avós e os pais eram da mesma condição. Os avós eram nobres: o paterno por ser clérigo e o materno por sua qualidade.
1744.Janeiro.7, freguesia de S. Julião, Lisboa
habilitação feita em Lisboa, do Padre Manoel da Silva e do justificante
1) PADRE FREI FRANCISCO DAS CHAGAS, comissário e procurador geral da custódia das ilhas de S. Miguel e Sta Maria, natural da S. Miguel, morador no hospício da dita custódia junto à igreja das Chagas, freguesia de N. Sra da Encarnação, 40 anos.
- O justificante viera para esta corte há 12 anos, e que tem mais ou menos 30 anos.
- O justificante até aquele tempo sempre vivera limpamente sem mais ofício que o da aplicação das letras.
2) ANTÓNIO FRANCISCO DO REGO BOTELHO E FARIA, ajudante de infantaria na ilha de S. Miguel e dela natural e assistente nesta corte na freguesia dos Mártires, 41 anos.
- Disse ser parente do justificante em 5º grau.
- Conhecera e conhece presentemente o justificante, era casado, 30 anos de idade.
- Sempre o conhecera limpamente tratado na companhia de seu pai que ocupava o posto de sargento; e que de pouca idade se ausentara para esta corte e onde ele testemunha o conheceu na ocupação de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
4.Março.1744
3) JOSÉ CAETANO CORRÊA, COC, tenente de infantaria na ilha de S. Miguel e dela natural, assiste na Rua dos Poiais de S. Bento, freguesia de Santa Catarina, 40 anos.
- Bem conhece o justificante ser filho legítimo de Brás da Silva sargento que foi na infantaria do dito presídio.
- O justificante viera de tenra idade para esta corte onde assiste em ocupação de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
4) FREI JOÃO DA ASSUMÇÃO, religioso franciscano, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade na Rua Direita dos Poiais de S. Bento, freguesia de Santa Catarina, 33 anos.
- O justificante viera, depois da morte de seu pai e de tenra idade para esta corte e nela assiste com a ocupação de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
5) PADRE FRANCISCO REBELO MACHADO, presbítero do hábito de S.Pedro, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade na Rua dos Poiais de S. Bento, 37 anos.
- Conheceu muito bem o pai do justificante, Brás da Silva Ribeiro, sargento que foi de uma das companhias das do presídio da dita ilha e que sabe ser o justificante filho legítimo de quem nomeia e baptizado na freguesia de S. José da cidade de Ponta Delgada por o ouvir dizer por o ouvir dizer a uma criada de casa de ele testemunha, que não tinha parentesco com ele justificante.
6) PEDRO BORGES DE BITANCUR, juiz de fora que foi da vila de Niza, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade na Rua da Cordoaria Velha, freguesia dos Mártires, 30 anos.
- ele conhece muito bem o justificante ser filho legítimo de Brás da Silva Ribeiro sargento que foi de uma das companhias das do presídio do castelo na ilha de S. Miguel (...) e que seu pai sempre se tratara limpa e asseadamente e na sua companhia seu filho que ele testemunha conheceu nesta corte na ocupação de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
9.Março.1744
7) JOSÉ DA COSTA LOPES, marinheiro, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade na freguesia de Santos - o – Velho, na Rua do Cipreste em casa de António Roiz Rebelo, sapateiro.
- conhece muito bem o justificante, sabe que é casado, 25 anos.
- Viera depois da morte de seu pai para esta corte e assistira em casa de Luís Godinho, COC, homem grave de tratamento em carruagem e que vive de suas rendas, se como seu criado ignora ele testemunha; mas sabe que ele não teve mais ocupação que a que agora tem de criado grave do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
8) LUZIA INÁCIA, mulher de António Rodrigues Rebelo, assistente nesta corte na Rua do Cipreste, freguesia de Santos Novos, natural da ilha de S. Miguel, 36 anos.
- Casado e 25 anos.
- Quando estava na ilha não tivera mais ocupação que a aplicação dos livros e que depois da morte de seu pai viera para esta corte e ouvira dizer que ao princípio fora a sua assistência em casa de Luís Godinho atrás referido mas não sabe se foi ou não seu criado e que não o conhecera em outra ocupação mais que na de criado grave de Gregório Pereira Fidalgo.
14.Março.1744
9) ANTÓNIO MIGUEL VELOZO ARAÚJO, pessoa limpa que vive de suas rendas, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade em a Rua Direita da Boa Vista, freguesia de S. Paulo, 30 anos.
- Casado, 18 a 50 anos.
- Ele se criara sempre na companhia de seu pai com o exercício de estudante e que depois da morte de seu pai viera para esta corte para a companhia de um seu parente religioso franciscano que assistia em o Hospício do Conde da Ribeira e onde esteve uns poucos de meses e dali sem ter tido outra ocupação fora para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo onde assiste com ocupação de seu criado grave.
Neste dia acima declarado na assentada não podemos achar mais testemunhas que dispusessem da qualidade do justificante e seu exercício nesta corte antes de ir para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo.
15.Março.1744
10) JERÓNIMO SOARES BARRIGA, letrado, natural da ilha de S. Miguel e morador nesta cidade ao Rossio, freguesia de Santa Justa, digo, de S. Nicolau, 37 anos.
- 25 anos.
- Ele, na ilha, sempre se tratara limpamente na criação escolástica e que depois da morte de seu pai viera para esta corte para a companhia de um seu parente religioso franciscano assistente em o Hospício do Conde da Ribeira e que ali assistira alguns meses e depois fora para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo onde está com a ocupação de criado grave.
18.Março.1744
11) PADRE MESTRE FREI HENRIQUE FREIRE DA NATIVIDADE, religioso carmelita, natural desta cidade e nela assistente em o seu convento, e nele vice comissário dos Terceiros da mesma ordem, 37 anos.
- Depois da morte de seu pai fora na companhia de um religioso graciano para a ilha do Faial onde ele testemunha o conheceu algum tempo assistindo em casa de Diogo de Labat, de nação francesa, homem muito grave, casado com uma senhora principalíssima daquela terra porém não sabe se fora seu criado. E passado este tempo viera para Lisboa para o Hospício do Conde da Ribeira onde esteve na companhia de um seu parente religioso franciscano algum tempo e dali fora para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo e nele assiste em a ocupação de criado grave.
12) JORGE LUCAS DE MELO, natural da ilha Terceira, pessoa limpa, que assiste nesta corte na Rua Larga do Alecrim, freguesia da Encarnação, 36 anos.
- 25 anos.
- Depois da morte de seu pai fora para a ilha do Faial em companhia de um religioso graciano e ali assistiu em casa de Diogo de Labat, homem grave, casado com uma senhora principal, de quem fora o justificante escudeiro e que passados tempos viera para esta corte para o Hospício do Conde da Ribeira e na companhia de um seu parente religioso franciscano e depois para casa do desembargador Gregório Pereira Fidalgo onde tem estado sempre com a ocupação de criado grave.
Neste dia acima declarado fizemos toda a diligência por acharmos a Luís Godinho, testemunha referida, e não foi possível ele depôr por se achar gravemente enfermo.
2.Abril.1744
13) LUÍS GODINHO CAMELO, natural da ilha de S. Miguel, assistente nesta corte na Rua da Cruz aos Poiais de S. Bento, freguesia de Santa Catarina, homem nobre, 60 anos.
- Não conhecia o justificante nem se lembrava de que algum dia estivesse em sua casa como tinham deposto as testemunhas, mas que sim conheceu seu pai ser sargento e que ouviu dizer...
- Não assina por estar gravemente enfermo.
De 9 de Abril de 1744 até 12 de Abril de 1744 procuram testemunhas na freguesia de S. Julião que conhecessem o Padre Manoel da Silva, mas não encontraram.
Consta que o justificante é natural da freguesia de S. José da cidade de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, é casado, tem 26 anos e que vindo da sua pátria haveu 12 anos entrara a servir de escada acima o desembargador Gregório Pereira Fidalgo da Silveira em cuja ocupação continua actualmente e na sua pátria estudava e não teve ocupação mecânica.
O Padre Manoel da Silva ninguém conhece.
Consta das partes pessoais do justificante todas as naturalidades excepto a de seu avô paterno que sendo natural desta corte da freguesia de S. Julião não houve notícia alguma (...) mas foi conhecido na ilha por nobre e limpo pelo que mandam junto certidão de baptismo do dito avô em falta dela junto a sentença de génere do dito avô por onde foi habilitado para ordens, consta da limpeza do sangue de todos e da qualidade do justificante e seus pais e dois avós paterno e materno; e consta também que as duas avós paterna e materna foram mulheres de segunda condição e concubinas dos dois avós.
Mesa, 25 de Junho de 1744
Ainda o justificante não juntou a sentença de genere do seu avô paterno por dizer que o dito avô foi habilitado para clérigo na ilha onde viveu e morreu como também consta das inquirições.
23 de Julho de 1744
m) General de Brigada João Paulino Montanha
JOÃO PAULINO MONTANHA
General de Brigada (1841-1911)
Nasceu em 11 de Maio de 1841, na freguesia de Santa Isabel em Lisboa (1) e faleceu em 19 de Janeiro de 1911, na freguesia de S. Pedro em Alcântara, de Lisboa (2).
Era filho do Major João Baptista Montanha, Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz (3), e de sua mulher D. Maria Rosa Zeferina de Miranda.
Casou, em 26 de Março de 1863, com D. Guilhermina de Noronha, filha do Major Dom Joaquim Cristovão de Noronha e de sua mulher D. Genoveva Leonilde da Costa Campos, 4ª neta dos 4ºs Condes dos Arcos e irmã do primeiro Conde de Mahém.
Teve 6 filhos:
1-D. Maria Guilhermina de Noronha Montanha,
2-João José da Conceição de Noronha Montanha,
3-Joaquim Cristovão Montanha,
4-Carlos Augusto de Noronha Montanha,
5-D. Maria Carolina Montanha e
6-D. Maria da Conceição de Noronha Montanha (4).
Em 15 de Agosto de 1855, com 14 anos de idade, assenta praça como voluntário em Caçadores nº2.
Em 10 de Outubro de 1860 é promovido a Alferes para a província de Moçambique.
Em 12 de Março de 1861 é transferido para o Exército da Índia e elogiado no boletim do governo geral por se ter oferecido sem clausula para a expedição auxiliar a Timor.
Em 1862 é elogiado no boletim do governo geral pela decidida vontade, zelo e actividade com que trabalhou no dia 15 de Setembro no naufrágio do brigue Champion e distinguiu-se em salvar a guarnição do escaler da alfândega que havia sossobrado.
Em 1 de Julho de 1865 é nomeado ajudante da Guarda Municipal de Nova Goa até 28 de Abril.
Em 1 de Maio de 1866 presta serviço na província de Cabo Verde.
Em 7 de Fevereiro de 1867 é empregado na secretaria do Ministério da Marinha e Ultramar, e em 9 de Novembro do mesmo ano é agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 28 de Abril de 1868 é Ajudante da Guarda Municipal de Nova Goa.
Em 18 de Agosto de 1869 é promovido a Alferes do Exército de Portugal e em 11 de Março do mesmo ano é nomeado Ajudante de Campo do Governador Geral da Índia, na altura o dr. José Ferreira Pestana.
Em 2 de Abril de 1870 é promovido a Tenente do Exército de Portugal e em 2 de Maio do mesmo ano é Ajudante de Campo do novo Governador Geral da Índia, o Conde de São Januário, Januário Correia de Almeida.
Em 5 de Novembro de 1871 é nomeado Ajudante da Guarda Municipal de Nova Goa até 5 de Janeiro de 1872.
Em 27 de Abril de 1872 faz serviço no Batalhão Expedicionário à Índia e em 1873 passa ao Corpo de Polícia.
Em 26 de Julho de 1875 é Adido ao Batalhão Expedicionário à Índia.
Em 3 de Fevereiro de 1876 é promovido a Capitão para o Regimento de Infantaria do Ultramar e em 16 de Abril de 1879 regressa ao Reino a bordo do Transporte de Guerra Índia.
Em 27 de Janeiro de 1880 volta à situação de Tenente de Infantaria do exército por ter desistido de continuar a pertencer ao Regº de Infantaria Do Ultramar.
Em 11 de Agosto de 1881 é promovido a Capitão para o Regº de Infantaria 13 e em 3 de Novembro do mesmo ano é agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar de São Bento de Aviz.
Em 13 de Fevereiro de 1886 é promovido a Major para o Regº de Infantaria do Ultramar.
Sendo Major do Regimento de Infantaria 15 pede a S.Mag. a graça de permitir que o Exmo Sr. Conde de S.Januário, coronel do corpo do Estado-Maior lhe ateste qual a maneira como se houve por ocasião dos acontecimentos pela revolta de 4 corpos do extinto exército da Índia em Setembro de 1871.
Em 30 de Novembro de 1891 é agraciado com a Medalha Militar de Prata de Serviços no Ultramar, algarismo 2.
Em 14 de Dezembro de 1894 é promovido a Tenente-Coronel para o Estado-Maior de Infantaria e em 1895 é colocado no Regº de Caçadores da Rainha e nomeado Comandante do Distrito e Recrutamento e Reserva.
Ainda em 1895 é agraciado com o grau de Oficial da Real Ordem Militar de São Bento de Aviz e louvado pelo aturado trabalho e inexcedível zelo empregado em regularizar a escrituração das companhias do 2º Batalhão do Regº nº2 dos Caçadores da Rainha, regressado de Lourenço Marques.
É também no ano de 1895 que sendo Tenente-Coronel do Regº nº2 de Caçadores da Rainha, tendo servido em comissão como Alferes, Tenente e Capitão quase 16 anos no Estado da Índia onde prestou serviços relevantes, é agraciado com a Antiga e Mui Nobre Ordem de Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito.
Em 1896 é louvado pelo cuidado e regularidade com que fez executar todas as operações respeitantes, não só ao movimento e situação dos reservistas, como ao do recrutamento do ano de 1896.
Em 19 de Novembro de 1897 é promovido a Coronel para o Regº de Infantaria nº 17 e em 25 de Maio do mesmo ano é agraciado com a Medalha Militar de Oiro da Classe de Comportamento Exemplar.
Em 4 de Agosto de 1899 assume o comando do Regº de Infantaria nº 17 em Beja.
Em 1901, sendo Coronel do Estado-Maior de Infantaria, é nomeado Governador do Forte de São Julião da Barra.
Em 8 de Outubro de 1903 é agraciado com o grau de Comendador da Real Ordem Militar de São Bento de Aviz.
Em 14 de Julho de 1907 comunica ao Ministério da Guerra que regressou do Estoril para Lisboa, sendo General de Brigada na reserva.
Em 26 de Agosto do mesmo ano é reformado como General de Brigada por ter completado 5 anos na situação de reserva.
Morre em 19 de Janeiro de 1911, com 70 anos, sendo General de Brigada reformado, dispensando as honras militares que pelo seu posto lhe pertenciam (5).
Fontes:
(1) ANTT, Paroquiais, Livro 19 B da freguesia de Santa Isabel, Lisboa, folha 220
(2) Registo nº 19 do ano de 1911, Conservatória do Registo Civil de Lisboa
(3) AHM, processos individuais, cx 1955 e cx 1010
(4) Forjaz, Jorge, Os Luso-descendentes da Índia Portuguesa, Volume II F-M, página 777, Fundação Oriente
(5) AHM, processos individuais, cx 1187
JOÃO PAULINO MONTANHA
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1. Certidão de baptizado de João Baptista Montanha (Pai)
Livro 15 B da freguesia de Santa Engrácia, Lisboa, folha 22:
“aos vinte três dias de Junho de mil oitocentos e dez o Reverendo Tesoureiro Manuel José Martins Gomes baptizou e pôs os Santos Óleos solenemente a João, nascido em vinte dois de Maio próximo passado, filho legítimo de José Alexandre Montanha e Dona Maria Liberata de Santa Rita, moradores na Travessa do Conde de Avintes desta freguesia de Santa Engrácia, onde foram recebidos. Foram Padrinhos: o Exmo Principal da Santa Igreja Patriarcal Estevão Telles da Silva por seu procurador o Reverendo António Inácio de Campos, e a Exma Marquesa de Lavradio D. Rita do Santíssimo Sacramento e Vasconcellos por seu procurador o Reverendo Manuel José Duarte
O Cura Bernardo Raimundo António Gomes”
------------------------------------------------------------------------------------
2. Certidão de baptizado de D. Maria Rosa Zeferina de Miranda (Mãe):
Livro 9 B da freguesia das Mercês, Lisboa, folha 96:
“aos 19 de Fevereiro de 1812 (...) o Reverendo Pedro António, baptizou a Maria, que nasceu (...) filha de Tomé Gualberto de Miranda e de D. Maria do Carmo recebidos na freguesia de S. Sebastião da Pedreira, moradores (...) do Carvalho. Padrinho Christião Ectocler e D. Maria Rosa Zeferina por procuração a António José de Miranda moradores na freguesia de S. Sebastião da Pedreira”
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3. Certidão de baptizado de João Paulino Montanha
Livro 19 B da freguesia de Santa Isabel, Lisboa, folha 220:
“em 12 de Setembro de 1841, de tarde, baptizei e pus os Santos Óleos a João, que nasceu a 11 de Maio do presente ano, filho legítimo de João Baptista Montanha, cabo do Batalhão nº 16, e baptizado em Santa Engrácia e de Maria Rosa Zeferino de Miranda, baptizada na freguesia das Mercês, recebidos em S. Vicente desta cidade, moradores no Largo da Páscoa nº 13, neto paterno de José Alexandre Montanha e Maria Liberata de Santa Rita, materno de Tomé Gualberto de Miranda e Maria do Carmo.
Padrinho: Paulino Gualberto de Miranda, solteiro, tio materno do baptizado, morador na Travessa de S. Nicolau nº30.
Madrinha: Margarida Senhorinha de Miranda, tia materna do baptizado.”
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4. Certidão de óbito de João Paulino Montanha
Registo nº 19 do ano de 1911, Conservatória do Registo Civil de Lisboa:
“em dezanove de Janeiro de mil nove centos e onze, às sete da tarde, na Rua de Alcântara seis, primeiro, desta freguesia de S. Pedro em Alcântara, de Lisboa, faleceu com os sacramentos um indivíduo do sexo masculino por nome João Paulino Montanha, idade sessenta e nove anos, casado em segundas núpcias com Dona Adelaide Augusta da Silva Montanha, general de brigada, natural da freguesia de Santa Isabel, desta capital, morador na casa referida, filho de João Baptista Montanha, major reformado, e de Dona Maria Rosa de Miranda Montanha, naturais de Lisboa, não fez testamento, deixou quatro filhos maiores do primeiro matrimónio e foi sepultado em jazigo no segundo cemitério de Lisboa...”
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General de Brigada (1841-1911)
Nasceu em 11 de Maio de 1841, na freguesia de Santa Isabel em Lisboa (1) e faleceu em 19 de Janeiro de 1911, na freguesia de S. Pedro em Alcântara, de Lisboa (2).
Era filho do Major João Baptista Montanha, Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz (3), e de sua mulher D. Maria Rosa Zeferina de Miranda.
Casou, em 26 de Março de 1863, com D. Guilhermina de Noronha, filha do Major Dom Joaquim Cristovão de Noronha e de sua mulher D. Genoveva Leonilde da Costa Campos, 4ª neta dos 4ºs Condes dos Arcos e irmã do primeiro Conde de Mahém.
Teve 6 filhos:
1-D. Maria Guilhermina de Noronha Montanha,
2-João José da Conceição de Noronha Montanha,
3-Joaquim Cristovão Montanha,
4-Carlos Augusto de Noronha Montanha,
5-D. Maria Carolina Montanha e
6-D. Maria da Conceição de Noronha Montanha (4).
Em 15 de Agosto de 1855, com 14 anos de idade, assenta praça como voluntário em Caçadores nº2.
Em 10 de Outubro de 1860 é promovido a Alferes para a província de Moçambique.
Em 12 de Março de 1861 é transferido para o Exército da Índia e elogiado no boletim do governo geral por se ter oferecido sem clausula para a expedição auxiliar a Timor.
Em 1862 é elogiado no boletim do governo geral pela decidida vontade, zelo e actividade com que trabalhou no dia 15 de Setembro no naufrágio do brigue Champion e distinguiu-se em salvar a guarnição do escaler da alfândega que havia sossobrado.
Em 1 de Julho de 1865 é nomeado ajudante da Guarda Municipal de Nova Goa até 28 de Abril.
Em 1 de Maio de 1866 presta serviço na província de Cabo Verde.
Em 7 de Fevereiro de 1867 é empregado na secretaria do Ministério da Marinha e Ultramar, e em 9 de Novembro do mesmo ano é agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 28 de Abril de 1868 é Ajudante da Guarda Municipal de Nova Goa.
Em 18 de Agosto de 1869 é promovido a Alferes do Exército de Portugal e em 11 de Março do mesmo ano é nomeado Ajudante de Campo do Governador Geral da Índia, na altura o dr. José Ferreira Pestana.
Em 2 de Abril de 1870 é promovido a Tenente do Exército de Portugal e em 2 de Maio do mesmo ano é Ajudante de Campo do novo Governador Geral da Índia, o Conde de São Januário, Januário Correia de Almeida.
Em 5 de Novembro de 1871 é nomeado Ajudante da Guarda Municipal de Nova Goa até 5 de Janeiro de 1872.
Em 27 de Abril de 1872 faz serviço no Batalhão Expedicionário à Índia e em 1873 passa ao Corpo de Polícia.
Em 26 de Julho de 1875 é Adido ao Batalhão Expedicionário à Índia.
Em 3 de Fevereiro de 1876 é promovido a Capitão para o Regimento de Infantaria do Ultramar e em 16 de Abril de 1879 regressa ao Reino a bordo do Transporte de Guerra Índia.
Em 27 de Janeiro de 1880 volta à situação de Tenente de Infantaria do exército por ter desistido de continuar a pertencer ao Regº de Infantaria Do Ultramar.
Em 11 de Agosto de 1881 é promovido a Capitão para o Regº de Infantaria 13 e em 3 de Novembro do mesmo ano é agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar de São Bento de Aviz.
Em 13 de Fevereiro de 1886 é promovido a Major para o Regº de Infantaria do Ultramar.
Sendo Major do Regimento de Infantaria 15 pede a S.Mag. a graça de permitir que o Exmo Sr. Conde de S.Januário, coronel do corpo do Estado-Maior lhe ateste qual a maneira como se houve por ocasião dos acontecimentos pela revolta de 4 corpos do extinto exército da Índia em Setembro de 1871.
Em 30 de Novembro de 1891 é agraciado com a Medalha Militar de Prata de Serviços no Ultramar, algarismo 2.
Em 14 de Dezembro de 1894 é promovido a Tenente-Coronel para o Estado-Maior de Infantaria e em 1895 é colocado no Regº de Caçadores da Rainha e nomeado Comandante do Distrito e Recrutamento e Reserva.
Ainda em 1895 é agraciado com o grau de Oficial da Real Ordem Militar de São Bento de Aviz e louvado pelo aturado trabalho e inexcedível zelo empregado em regularizar a escrituração das companhias do 2º Batalhão do Regº nº2 dos Caçadores da Rainha, regressado de Lourenço Marques.
É também no ano de 1895 que sendo Tenente-Coronel do Regº nº2 de Caçadores da Rainha, tendo servido em comissão como Alferes, Tenente e Capitão quase 16 anos no Estado da Índia onde prestou serviços relevantes, é agraciado com a Antiga e Mui Nobre Ordem de Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito.
Em 1896 é louvado pelo cuidado e regularidade com que fez executar todas as operações respeitantes, não só ao movimento e situação dos reservistas, como ao do recrutamento do ano de 1896.
Em 19 de Novembro de 1897 é promovido a Coronel para o Regº de Infantaria nº 17 e em 25 de Maio do mesmo ano é agraciado com a Medalha Militar de Oiro da Classe de Comportamento Exemplar.
Em 4 de Agosto de 1899 assume o comando do Regº de Infantaria nº 17 em Beja.
Em 1901, sendo Coronel do Estado-Maior de Infantaria, é nomeado Governador do Forte de São Julião da Barra.
Em 8 de Outubro de 1903 é agraciado com o grau de Comendador da Real Ordem Militar de São Bento de Aviz.
Em 14 de Julho de 1907 comunica ao Ministério da Guerra que regressou do Estoril para Lisboa, sendo General de Brigada na reserva.
Em 26 de Agosto do mesmo ano é reformado como General de Brigada por ter completado 5 anos na situação de reserva.
Morre em 19 de Janeiro de 1911, com 70 anos, sendo General de Brigada reformado, dispensando as honras militares que pelo seu posto lhe pertenciam (5).
Fontes:
(1) ANTT, Paroquiais, Livro 19 B da freguesia de Santa Isabel, Lisboa, folha 220
(2) Registo nº 19 do ano de 1911, Conservatória do Registo Civil de Lisboa
(3) AHM, processos individuais, cx 1955 e cx 1010
(4) Forjaz, Jorge, Os Luso-descendentes da Índia Portuguesa, Volume II F-M, página 777, Fundação Oriente
(5) AHM, processos individuais, cx 1187
JOÃO PAULINO MONTANHA
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1. Certidão de baptizado de João Baptista Montanha (Pai)
Livro 15 B da freguesia de Santa Engrácia, Lisboa, folha 22:
“aos vinte três dias de Junho de mil oitocentos e dez o Reverendo Tesoureiro Manuel José Martins Gomes baptizou e pôs os Santos Óleos solenemente a João, nascido em vinte dois de Maio próximo passado, filho legítimo de José Alexandre Montanha e Dona Maria Liberata de Santa Rita, moradores na Travessa do Conde de Avintes desta freguesia de Santa Engrácia, onde foram recebidos. Foram Padrinhos: o Exmo Principal da Santa Igreja Patriarcal Estevão Telles da Silva por seu procurador o Reverendo António Inácio de Campos, e a Exma Marquesa de Lavradio D. Rita do Santíssimo Sacramento e Vasconcellos por seu procurador o Reverendo Manuel José Duarte
O Cura Bernardo Raimundo António Gomes”
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2. Certidão de baptizado de D. Maria Rosa Zeferina de Miranda (Mãe):
Livro 9 B da freguesia das Mercês, Lisboa, folha 96:
“aos 19 de Fevereiro de 1812 (...) o Reverendo Pedro António, baptizou a Maria, que nasceu (...) filha de Tomé Gualberto de Miranda e de D. Maria do Carmo recebidos na freguesia de S. Sebastião da Pedreira, moradores (...) do Carvalho. Padrinho Christião Ectocler e D. Maria Rosa Zeferina por procuração a António José de Miranda moradores na freguesia de S. Sebastião da Pedreira”
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3. Certidão de baptizado de João Paulino Montanha
Livro 19 B da freguesia de Santa Isabel, Lisboa, folha 220:
“em 12 de Setembro de 1841, de tarde, baptizei e pus os Santos Óleos a João, que nasceu a 11 de Maio do presente ano, filho legítimo de João Baptista Montanha, cabo do Batalhão nº 16, e baptizado em Santa Engrácia e de Maria Rosa Zeferino de Miranda, baptizada na freguesia das Mercês, recebidos em S. Vicente desta cidade, moradores no Largo da Páscoa nº 13, neto paterno de José Alexandre Montanha e Maria Liberata de Santa Rita, materno de Tomé Gualberto de Miranda e Maria do Carmo.
Padrinho: Paulino Gualberto de Miranda, solteiro, tio materno do baptizado, morador na Travessa de S. Nicolau nº30.
Madrinha: Margarida Senhorinha de Miranda, tia materna do baptizado.”
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4. Certidão de óbito de João Paulino Montanha
Registo nº 19 do ano de 1911, Conservatória do Registo Civil de Lisboa:
“em dezanove de Janeiro de mil nove centos e onze, às sete da tarde, na Rua de Alcântara seis, primeiro, desta freguesia de S. Pedro em Alcântara, de Lisboa, faleceu com os sacramentos um indivíduo do sexo masculino por nome João Paulino Montanha, idade sessenta e nove anos, casado em segundas núpcias com Dona Adelaide Augusta da Silva Montanha, general de brigada, natural da freguesia de Santa Isabel, desta capital, morador na casa referida, filho de João Baptista Montanha, major reformado, e de Dona Maria Rosa de Miranda Montanha, naturais de Lisboa, não fez testamento, deixou quatro filhos maiores do primeiro matrimónio e foi sepultado em jazigo no segundo cemitério de Lisboa...”
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l) vida do Tenente Montanha
1869-Julho-12: nasce em Pangim, Concelho de Ilhas de Goa, Distrito do Estado da Índia
1885-Julho-11: alista-se como voluntário no Regimento de Infantaria nº2
1885-Agosto-25: passou ao Regimento de Infantaria nº7
1886-Janeiro-18 : promovido a Segundo Cabo
1886-Abril-03: promovido a Primeiro Cabo
1886-Setembro-29: promovido a Segundo Sargento
1890-Maio-03: passou à 2ª Companhia de Administração Militar
1891-Janeiro-15: destacado para a Província de Moçambique
1891-Fevereiro-12: desembarcou na Província de Moçambique
1891-Maio-15: embarcou na Província de Moçambique com destino ao Reino por motivo de doença
1891-Julho-11: continua no serviço efectivo
1891-Julho-18: desembarcou em Lisboa
1891-Agosto-01: por ter de ser presente à Junta Militar de Saúde
1892.Junho.16: passou ao serviço do Ultramar na Província de Angola
1892.Junho.21: seguiu viagem para Angola
1892.Agosto.11: desembarca em Angola e é colocado no Batalhão de Caçadores nº2
1892.Novembro.11: passou ao Depósito Geral de Degredados
1893.Abril.09: passou à Companhia de Polícia de Luanda
1894.Fevereiro.24: promovido a Primeiro Sargento
1894.Julho.19: declarado Cadete
1895.Fevereiro.06: passou ao Batalhão de Caçadores nº3
1896.Julho.28: promovido a Sargento Ajudante, passa à Companhia de Guerra do Distrito da Lunda
1897.Março.29: volta ao Depósito Geral de Degredados
1897.Março.30: Sargento Ajudante
1900.Fevereiro.01: Alferes para a Província de São Tomé & Princípe
1900.Fevereiro.01: promovido a Alferes
1900.Fevereiro.08: agraciado com a Medalha de Prata da Classe de Valor Militar
1900.Agosto.08: passou à guarnição da Província de Angola
1900.Setembro.13: foi colocado no Batalhão de Caçadores nº3
1901.Fevereiro.12: agraciado com a Medalha de Prata da Classe de Comportamento Exemplar
1902.Outubro.23: promovido a Tenente
1903.Junho.30: agraciado com a Medalha de Prata “Rainha D. Amélia”
1903.Julho.27: ausência ilegítima necessária para constituir deserção
1904.Janeiro.01: morre sua mulher D. Amery Anne Augusta Knell Naughton, natural de Inglaterra
1908.Fevereiro.20: Posto Militar de Cangamba, nos Lutehazes, Capitania-Mor do Moxico
1909.Abril.05: 15ª Companhia Indígena de Infantaria de Angola
1909.Julho.12: agraciada com a Medalha da Cruz Vermelha Portuguesa de 2ª Classe
1909.Agosto.19: Comandante do Posto Militar N´Dala Cachibo
1909.Outubro.25: 12ª Companhia Indígena de Infantaria de Angola
1910.Março.15: 13ª Companhia Indígena
1910.Dezembro.23: 17ª Companhia Indígena de Infantaria
1911.Janeiro.17: seguiu para a Metrópole por opinião da Junta de Saúde Provincial
1911.Fevereiro.18: presente no Ministério das Colónias
1911.Maio.19: Arrobas
1911.Junho.26: mas não a sua colocação na escala de acesso dos oficiais do seu quadro
1911.Junho.30: Governo Provisório da Republica Portuguesa, pelo ministro da Marinha e Colónias, que o Supremo Tribunal Militar
1911.Agosto.07: Cruz de 3ª Classe da Opera Educativa Pacifica I Nostri Contemporanei de Roma
1912.Junho.30: ausente sem licença desde este dia pelas 9 horas: completar o tempo de ausência ilegítima necessária...
1912.Julho.13: considerado desertor
1912.Julho.13: abatido ao efectivo do Quadro Ocidental
1912.Novembro.15: processo crime: 20 anos de degredo por tentar restabelecer a forma do governo monárquico
1918.Maio.08: amnistiado
1931.Junho.26: requerimento em que o ex-Tenente do Quadro Ocidental
1931.Julho.25: Armindo Monteiro
1931.Agosto.01: não se encontra arquivado no T.M.T. desta cidade
1931.Agosto.03: 6ª Divisão do Exército – Sector de Defesa entre o Monte e o Cávado
1931.Setembro.01: Ministros da Guerra e da Marinha autorizados a integrar na situação de reforma
1932.Agosto.27: por intermédio do seu procurador, a sua reintegração
1932.Outubro.24: comissão nomeada para a execução do dec. nº19:791
1932.Outubro.27: seja reintegrado no quadro Ocidental, colónia de Angola
1932.Outubro.27: Armindo Monteiro
1932.Novembro.05: Quartel General das Forças do Exército da Colónia de Angola
1932.Novembro.05: contar o tempo durante o qual esteve ausente
1932.Novembro.09: foi reintegrado no Quadro Ocidental Colónia e Angola
1932.Novembro.28: parecer do Supremo Tribunal Militar
1933.Maio.12: Exmo Sr. Carlos Horácio Gallo – proprietário da Fábrica de Vidros da Marinha Grande
1933.Maio.15: Marinha Grande
1934.Abril.14: Avelar
1935.Junho.01: não pertenço nem jamais pertencerei a associações ou institutos secretos...
1936.Maio.04: residente na Vivenda Celeste, Val de Lobos, Sabugo, Concelho de Sintra
1936.Junho.29: Marinha Grande
1937.Junho.03: M. da Guerra de remeter a Vexa os adjuntos documentos encontrados no arquivo deste ministério
1937.Setembro.28: Tires, freguesia de S.Domingos de Rana, Concelho de Cascais
1937.Novembro.11: Regimento de Artilharia de Costa nº2 - Oeira - Medrosa
1940.Agosto.06: mudar a minha residência para a Av. da República, nº 5 – 1º Dto Algés
1944.Agosto.04: Pedro Mascarenhas de Lemos
1946.Setembro.11: nesta vila da Lousã e em casa de morada de Carlos
1946.Setembro.11: mudo a minha residência da vila da Lousã para a Fonte de Cheira – Calhabé, Coimbra
1946.Setembro.27: procuração passada a D. Manuela de Miranda Esteves pelo Tenente
1947.Janeiro.14: falecimento
1947.Fevereiro.04: Manuela de Miranda Esteves, de 27 anos de idade, solteira
1947.Março.17: Manuela de Miranda Esteves, de 27 anos de idade, solteira, protegida do Tenente
1947.Março.26: Manuela de Miranda Esteves, pupila do falecido Tenente
1947.Outubro.28: para liquidação do débito do falecido Tenente reformado
1947.Dezembro.09: Montanha foi abatido pelo dec. de 18-Julho-1912 (BMU – Pª 13/1912)
1885-Julho-11: alista-se como voluntário no Regimento de Infantaria nº2
1885-Agosto-25: passou ao Regimento de Infantaria nº7
1886-Janeiro-18 : promovido a Segundo Cabo
1886-Abril-03: promovido a Primeiro Cabo
1886-Setembro-29: promovido a Segundo Sargento
1890-Maio-03: passou à 2ª Companhia de Administração Militar
1891-Janeiro-15: destacado para a Província de Moçambique
1891-Fevereiro-12: desembarcou na Província de Moçambique
1891-Maio-15: embarcou na Província de Moçambique com destino ao Reino por motivo de doença
1891-Julho-11: continua no serviço efectivo
1891-Julho-18: desembarcou em Lisboa
1891-Agosto-01: por ter de ser presente à Junta Militar de Saúde
1892.Junho.16: passou ao serviço do Ultramar na Província de Angola
1892.Junho.21: seguiu viagem para Angola
1892.Agosto.11: desembarca em Angola e é colocado no Batalhão de Caçadores nº2
1892.Novembro.11: passou ao Depósito Geral de Degredados
1893.Abril.09: passou à Companhia de Polícia de Luanda
1894.Fevereiro.24: promovido a Primeiro Sargento
1894.Julho.19: declarado Cadete
1895.Fevereiro.06: passou ao Batalhão de Caçadores nº3
1896.Julho.28: promovido a Sargento Ajudante, passa à Companhia de Guerra do Distrito da Lunda
1897.Março.29: volta ao Depósito Geral de Degredados
1897.Março.30: Sargento Ajudante
1900.Fevereiro.01: Alferes para a Província de São Tomé & Princípe
1900.Fevereiro.01: promovido a Alferes
1900.Fevereiro.08: agraciado com a Medalha de Prata da Classe de Valor Militar
1900.Agosto.08: passou à guarnição da Província de Angola
1900.Setembro.13: foi colocado no Batalhão de Caçadores nº3
1901.Fevereiro.12: agraciado com a Medalha de Prata da Classe de Comportamento Exemplar
1902.Outubro.23: promovido a Tenente
1903.Junho.30: agraciado com a Medalha de Prata “Rainha D. Amélia”
1903.Julho.27: ausência ilegítima necessária para constituir deserção
1904.Janeiro.01: morre sua mulher D. Amery Anne Augusta Knell Naughton, natural de Inglaterra
1908.Fevereiro.20: Posto Militar de Cangamba, nos Lutehazes, Capitania-Mor do Moxico
1909.Abril.05: 15ª Companhia Indígena de Infantaria de Angola
1909.Julho.12: agraciada com a Medalha da Cruz Vermelha Portuguesa de 2ª Classe
1909.Agosto.19: Comandante do Posto Militar N´Dala Cachibo
1909.Outubro.25: 12ª Companhia Indígena de Infantaria de Angola
1910.Março.15: 13ª Companhia Indígena
1910.Dezembro.23: 17ª Companhia Indígena de Infantaria
1911.Janeiro.17: seguiu para a Metrópole por opinião da Junta de Saúde Provincial
1911.Fevereiro.18: presente no Ministério das Colónias
1911.Maio.19: Arrobas
1911.Junho.26: mas não a sua colocação na escala de acesso dos oficiais do seu quadro
1911.Junho.30: Governo Provisório da Republica Portuguesa, pelo ministro da Marinha e Colónias, que o Supremo Tribunal Militar
1911.Agosto.07: Cruz de 3ª Classe da Opera Educativa Pacifica I Nostri Contemporanei de Roma
1912.Junho.30: ausente sem licença desde este dia pelas 9 horas: completar o tempo de ausência ilegítima necessária...
1912.Julho.13: considerado desertor
1912.Julho.13: abatido ao efectivo do Quadro Ocidental
1912.Novembro.15: processo crime: 20 anos de degredo por tentar restabelecer a forma do governo monárquico
1918.Maio.08: amnistiado
1931.Junho.26: requerimento em que o ex-Tenente do Quadro Ocidental
1931.Julho.25: Armindo Monteiro
1931.Agosto.01: não se encontra arquivado no T.M.T. desta cidade
1931.Agosto.03: 6ª Divisão do Exército – Sector de Defesa entre o Monte e o Cávado
1931.Setembro.01: Ministros da Guerra e da Marinha autorizados a integrar na situação de reforma
1932.Agosto.27: por intermédio do seu procurador, a sua reintegração
1932.Outubro.24: comissão nomeada para a execução do dec. nº19:791
1932.Outubro.27: seja reintegrado no quadro Ocidental, colónia de Angola
1932.Outubro.27: Armindo Monteiro
1932.Novembro.05: Quartel General das Forças do Exército da Colónia de Angola
1932.Novembro.05: contar o tempo durante o qual esteve ausente
1932.Novembro.09: foi reintegrado no Quadro Ocidental Colónia e Angola
1932.Novembro.28: parecer do Supremo Tribunal Militar
1933.Maio.12: Exmo Sr. Carlos Horácio Gallo – proprietário da Fábrica de Vidros da Marinha Grande
1933.Maio.15: Marinha Grande
1934.Abril.14: Avelar
1935.Junho.01: não pertenço nem jamais pertencerei a associações ou institutos secretos...
1936.Maio.04: residente na Vivenda Celeste, Val de Lobos, Sabugo, Concelho de Sintra
1936.Junho.29: Marinha Grande
1937.Junho.03: M. da Guerra de remeter a Vexa os adjuntos documentos encontrados no arquivo deste ministério
1937.Setembro.28: Tires, freguesia de S.Domingos de Rana, Concelho de Cascais
1937.Novembro.11: Regimento de Artilharia de Costa nº2 - Oeira - Medrosa
1940.Agosto.06: mudar a minha residência para a Av. da República, nº 5 – 1º Dto Algés
1944.Agosto.04: Pedro Mascarenhas de Lemos
1946.Setembro.11: nesta vila da Lousã e em casa de morada de Carlos
1946.Setembro.11: mudo a minha residência da vila da Lousã para a Fonte de Cheira – Calhabé, Coimbra
1946.Setembro.27: procuração passada a D. Manuela de Miranda Esteves pelo Tenente
1947.Janeiro.14: falecimento
1947.Fevereiro.04: Manuela de Miranda Esteves, de 27 anos de idade, solteira
1947.Março.17: Manuela de Miranda Esteves, de 27 anos de idade, solteira, protegida do Tenente
1947.Março.26: Manuela de Miranda Esteves, pupila do falecido Tenente
1947.Outubro.28: para liquidação do débito do falecido Tenente reformado
1947.Dezembro.09: Montanha foi abatido pelo dec. de 18-Julho-1912 (BMU – Pª 13/1912)
j) Tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Arquivo Histórico Militar
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Ex-Tenente
Pasta nº48
Processo nº44
Regimento de Artilharia de Costa nº2
Oeiras – Medrosa
11 de Novembro de 1937
“Ao senhor chefe da 2ª repartição da D.G. Militar do Ministério das Colónias
Devidamente rubricado e selado junto envio a Vexa um recibo e respectivo talão respeitante ao sr. Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha e relactivo aos seus vencimentos do mês de Novembro corrente”
Declaração:
“Declaro que tendo mudado a minha residência para Tires, freguesia de S.Domingos de Rana, Concelho de Cascais, desejo receber os meus vencimentos por intermédio da Agência Militar do Exército e do Regimento de Artilharia de Costa, nº2, aquartelado na Medrosa”
Lisboa, 28 de Setembro de 1937
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Ministério das Colónias
Dir. G. Militar
1ª repartição
2ª secção
Serviço da República
Guia
Segue desta DGMilitar das Colónias para a Marinha Grande, sem dispêndio para a Fazenda Nacional, onde vai fixar residência, o Tenente reformado do quadro colonial, Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Secretaria, 29 de Junho de 1936
A lápis: foi residir em Tires – S. Domingos de Rana – Concelho de Cascais em 29 de Setembro de 1937
Para concessão de BI, tenho a honra de enviar a Vexa, devidamente colada e autenticada com o selo a branco em uso na 1ª repartição desta DG, a fotografia do Tenente reformado do extinto quadro ocidental de África, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, filho de João Paulino Montanha e de D. Maria Guilhermina de Noronha Montanha, natural de Pangim, Concelho de Ilhas de Goa, Distrito do Estado da Índia, que nasceu a 12 de Julho de 1869, viúvo, e residente na Vivenda Celeste, Val de Lobos, Sabugo, Concelho de Sintra, o que tudo consta de documentos existentes nesta Dir. Geral.
D.G. Militar das Colónias, 4 de Maio de 1936
Min. Colónias
D.G. Militar
Nos termos do (...) declaro, sob minha palavra de honra, que não pertenço nem jamais pertencerei a associações ou institutos secretos...
Lisboa, 1 de Junho de 1935
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Guia
Segue desta D.G. Militar das Colónias para Avelar, sem dispêndio para a Fazenda Nacional, onde vai residir durante alguns dias, o Tenente reformado do quadro ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha
14 de Abril de 1934
Guia
Segue desta D.G. Militar das Colónias para a Marinha Grande, sem dispêndio para a Fazenda Nacional, onde vai tratar de assuntos particulares, o Tenente reformado do quadro ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha
15 de Maio de 1933
Exmo Senhor,
Tendo por motivos de interesse pessoal e privativos da minha família de seguir para o Distrito de Leiria, onde devo permanecer de 16 a 25 do corrente, cumpre o dever de comunicar a Vexa, que a minha residência provisória, durante esses dias, será na Marinha Grande para onde qualquer correspondência oficial me poderá ser dirigida, ao cuidado do Exmo Sr. Carlos Horácio Gallo – proprietário da Fábrica de Vidros da Marinha Grande, sita nesta localidade.
Lisboa, 12 de Maio de 1933
Quartel General das Forças do Exército da Colónia de Angola
Tenho a honra de enviar a Vexa a adjunta nota de assentos, respeitante ao ex-Tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha, pedida no telegrama de referência
Luanda, 5 de Novembro de 1932
Quartel General das Forças do Exército da Província de Angola
Nota dos assentamentos que tem no registo de matrícula o oficial nº125 Posto Tenente nome Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Nasceu a 12 de Julho de 1869 em Pangim Concelho das Ilhas de Goa Distrito do Estado da Ìndia filho de João Paulino Montanha e de D. Maria Guilhermina Noronha Montanha estado solteiro
Alistado como voluntário no Regimento de Infantaria nº2 sendo incorporado em 11 de Julho de 1885 serviu 14 anos e duzentos dias até 1 de Fevereiro de 1900.Promovido a Alferes por decreto desta data. Era Sargento ajudante cadete do Depósito de degredados de Luanda
Condecorações e Louvores:
ü Louvado pelo zelo e critério com que se houve no desempenho do serviço como comandante de uma escolta e pela coragem, energia e prudência com que reprimiu uma insubordinação das praças que a compunham. O à F. A. do Governo do Distrito da Lunda nº96 de 1896.
ü Louvado por ter cumprido com honra e coragem o seu dever, levando de vencida os rebeldes os quais desrespeitando a autoridade, tentavam opôr-se por meio das armas a que as ordens do governo fossem cumpridas naquela região, fazendo parte da coluna de operações nos Bondos BO nº5 de 1897.
Habilitações Literárias: instrução primária.
Exame final das seguintes disciplinas do Real Colégio Militar:
Desenho Linear - 1º ano,
Rudimentos de Gramática Portuguesa - 1º ano,
Aritmética e Sistema Métrico – 1º ano,
Geografia e História – 1º ano,
Primeira Parte de Matemática – 2º ano,
1º ano de Francês,
2º ano de Caligrafia e
Desenho – 2º ano.
Aprovado com louvor no curso da classe de cabos em 8 de Outubro de 1885, 1º ano do curso da classe de sargentos.
Tempo de doença: quatrocentos e um dias.
1900.Fevereiro.01: Alferes por decreto deste dia desde quando se lhe aumenta no tempo de serviço 50%
1900: colocado na Província de S. Tomé e Príncipe por determinação de S.M. El-Rei, inserta no BMN nº2 do dito ano.
1900.Agosto.08: passou à guarnição da Província de Angola por determinação de S.M. El-Rei, inserta no BMN nº8 de 8 de Agosto.
1900.Setembro.13: foi colocado no Batalhão de Caçadores nº3
1902.Outubro.23: Tenente contando a antiguidade deste posto de 13 de Agosto BMN nº16 de 31 de Outubro.
1903.Julho.27: ausente sem licença desde 12 de Julho de 1903, por duas horas da tarde. Completou o tempo de ausência ilegítima necessário para constituir deserção, nos termos do nº1 do artigo 124 do Código da Justiça Militar de 13 de Maio de 1896 em 27 de Julho de 1903 por duas horas da tarde.
1908.Fevereiro.20: apresentou-se voluntáriamente no posto militar de Cangamba, nos Lutehazes, capitania - mor do Moxico, em 20 de Fevereiro de 1908, sendo-lhe aplicada a amnistia concedida por D. De 12 do mesmo mês. BMU nº16 de 26 de Agosto.
1909.Abril.05: colocado na 15ª Companhia Indígena de Infantaria de Angola em 5 de Abril de 1909.
1909: no ano de 1909 fez parte da coluna de ocupação do Baixo Cubango, no Distrito da Huíla de 14 de Junho a 16 de Julho, período em que se lhe conta de aumento no tempo de serviço 100%.
1909.Agosto.19: comandante do posto militar N´Dala Cachibo.
1909.Outubro.25: colocado na 12ª Companhia Indígena de Infantaria de Angola.
1910.Março.15: na 13ª Companhia Indígena
1910.Dezembro.23: na 17ª Companhia Indígena de Infantaria
1911.Janeiro.17: seguiu para a Metrópole por opinião da Junta de Saúde Provincial.
1912.Julho.13: considerado desertor por ter completado o tempo de ausência necessário para constituir deserção.
Tempo de licença por motivo de moléstia, de tratamento nos hospitais e domicílios: 1909: vinte dias
1911: cento e vinte dias
Prémios, condecorações e louvores
1900.Fevereiro.08: medalha de prata da classe de valor militar BMU nº3
1901.Fevereiro.12: medalha de prata da classe de comportamento exemplar BMU nº2
1903.Junho.30: medalha de prata “Rainha D. Amélia” BMU nº9
1909.Julho.12: Cruz Vermelha Portuguesa 2ª classe BMU nº13
1911.Agosto.07: cruz de 3ª classe da Opera Educativa Pacifica I Nostri Contemporanei de Roma D.G. nº182 BMU nº15
Assinado por: Filippe Alistão T.M. Côrte-Real, tenente infª
Quartel General em Luanda
31 de Outubro de 1932
O Chefe do Estado Maior
Min. Colónias
D.G. Militar
Colónia de Angola
Percentagem relactiva à pensão de reforma do oficial abaixo indicado nos termos dos artºs 13º e 14º do Diploma Legislativo Colonial nº 38 para o fim do artigo 163º do decreto
Nome: Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Posto: Tenente do Exército quadro Ocidental
Vencimento: soldo da sua patente e uma diuturnidade
Colónias onde serviu: Angola 35 e Moçambique 1
Em 7 de Novembro de 1932
Visado pelo Tribunal de Contas em 28 de Novembro de 1932
Min. Colónias
D.G. Militar
Serviço da República: refere-se este processo ao Tenente do extinto Quadro Ocidental, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, reintegrado no mesmo quadro, Colónia de Angola, na situação de reforma e nos termos dos artigos 1º (...) o qual conta o seguinte tempo de serviço: Moçambique 1 ano e Angola 35 anos.
28 de Outubro de 1932
liquidação do tempo de serviço para efeito de reforma respeitante ao Tenente do extinto quadro ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha:
anos em que prestou serviço serviço prestado na Metrópole
1885 174 dias incorporado em 11 de Julho
1886 1 ano
1887 1 ano
1888 1 ano
1889 1 ano
1890 1 ano
1891 14 dias: passou ao (...) em 15 de Janeiro afim de ir servir em Moçambique
1891 166 dias regressou à Metrópole em 18 de Julho
1892 196 dias passou ao serviço da Colónia de Angola em 16 de Junho
Lisboa, 28 de Outubro de 1932
1891 »» 185 dias Serviços Prestados em Moçambique
destacado para a colónia de Moçambique em 16 de Janeiro de 1891, desembarcou em Moçambique em 17 de Fevereiro desde quando conta pelo dobro o tempo de serviço, embarcou de regresso à metrópole em 15 de Maio
desembarcou em Lisboa em 18 de Julho
Lisboa, 28 de Outubro de 1932
Serviços Prestados em Angola
1892 169 dias »» passou ao serviço da colónia de Angola em 16 de Julho, desembarcou em Luanda em 11 de Agosto
1893 1 ano
até 1910 1 ano
1911 1 ano »» embarcou em Luanda de regresso à metrópole em 16 de Janeiro, ausente sem licença desde 20 de Junho, por ter completado o tempo de ausência ilegítima para constituir deserção foi abatido ao efectivo 13 de Julho de 1912
Lisboa, 28 de Outubro de 1932
Depósito de Degredados de Angola
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Último domicílio: freguesia de Santa Isabel de Lisboa, Concelho de Bairro Ocidental, Distrito de Lisboa
Ocupação: estudante
Nasceu a 12 de Julho de 1869 em Pangim concelho das Ilhas de Goa, Distrito do Estado da Indía
Filho de João Paulino Montanha e de D. Maria Guilhermina Noronha Montanha residentes em a freguesia de Santa Isabel de Lisboa, Concelho de Bairro Ocidental, Distrito de Lisboa
Estado: solteiro
Altura: 1 metro e 660
Olhos castanhos
Nariz regular
Boca regular
Cabelos castanhos
Barba castanha escura
Rosto comprido
Cor natural
Assentamento de praça em 11 de Julho de 1885 como voluntário para servir por 12 anos
Foi aumentado ao efectivo deste depósito
Veio da 1ª Companhia de Guerra da Lunda em 2 de Março de 1894 onde tinha o nº351 de matrícula; presente em 30
1885.Agosto.25: passou ao regimento de infantaria nº7
1886.Janeiro.18: 2º cabo
1886.Abril.03: promovido a 1º cabo
1886.Setembro.29: 2º sargento
1890.Maio.03: passou à 2ª Companhia de Administração Militar
1891.Janeiro.15: destacou-se para a Província de Moçambique. Embarcou neste dia
1891.Fevereiro.12: desembarcou na Província de Moçambique
1891.Julho.11: continua no serviço efectivo
1891.Maio.15: embarcou na Província de Moçambique com destino ao reino por motivo de doença
1891.Julho.18: desembarcou em Lisboa
1891.Agosto: continua no serviço efectivo desde 18 de Julho por ter de ser presente à junta militar de saúde. Continua no serviço efectivo desde 6 de Agosto por se achar no gozo de licença da junta militar de saúde
1892.Junho.16: passou ao serviço do Ultramar na Província de Angola (...)da praça do Ultramar como adido
1892.Junho.21: seguiu viagem para Angola
1892.Agosto.11: desembarcou em Angola e colocado no Batalhão de Caçadores nº2
1892.Novembro.11: passou ao Depósito Geral de Degredados
1893.Abril.9: passou à Companhia de Polícia de Luanda
1894.Fevereiro.24: 1º Sargento
1894.Julho.19: declarado cadete
1895.Fevereiro.6: passou ao Batalhão de Caçadores nº3
1896.Julho.28: promovido a Sargento ajudante e passou à Companhia de Guerra do Distrito da Lunda
1897.Março.29: ao depósito geral de degredados
1897.Março.30: sargento ajudante
1900.Fevereiro.1: Alferes para a Província de S. Tomé
Habilitações Literárias:
- antes do serviço militar: instrução primária, exame final das seguintes disciplinas, etc.
- 1898 medalha de cobre de comportamento exemplar, etc.
Quartel em Luanda 28 de Setembro de 1908
O comandante
1911.Fevereiro.18: presente no Min. das Colónias
30-Junho-1912: ausente sem licença desde este dia pelas 9 horas. Completar o tempo de ausência ilegítima necessária...
13-Julho-1912: abatido ao efectivo do Quadro Ocidental
8-Maio-1918: amnistiado
Secretaria em Lisboa 28 de Outubro de 1932
Min. Colónias
D.G. Militar
“se comunica que por decreto de 27 de Outubro findo visado pelo Tribunal de Contos em 4 do corrente a publicar no BMC nº11 de 10 do corrente foi reintegrado no quadro ocidental colónia e Angola o ex-Tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha
9-Novembro-1932
seja reintegrado no quadro Ocidental, colónia de Angola, na situação de reforma o ex-Tenente
27-Outubro-1932
Min. Colónias
D.G. Militar
Concordo
Lisboa, 27-Outubro-1932
Armindo Monteiro
Informação
Pelo decreto nº 20.264 de 1-Setembro-1931 foram os ministros da Guerra e da Marinha autorizados a integrar na situação de reforma, com os vencimentos correspondentes ao tempo de serviço e ao posto que tinham à data dos movimentos revolucionários em que tomaram parte, e anterior a 28 de Maio de 1926, os militares do Exército e da Armada que foram demitidos ou separados e se encontrem em determinadas condições.
As condições deste decreto que aproveitam ao ex-Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha são:
terem pelo menos 15 anos de serviço efectivo na data em que lhe foi imposta a pena de demissão ou separação;
...
serem condecorados com a Cruz de Guerra, Torre e Espada, Valor Militar, ou louvados por actos praticados em combate embora não tenham o tempo de campanha estabelecido na condição ii.
O Tenente Montanha, requereu para ser considerado ao abrigo do dec. ...
O processo, (...)
Em face do exposto, concordando Vexa lavrar-se-a o decreto reintegrando na situação de reforma e nas condições do dec. 20.264, o ex-Tenente Montanha
Vexa resolverá
Em 26-Outubro-1932
Sua Exª o Ministro da Guerra encarrega-me de dizer a Vexa, para conhecimento de Sua Exª o Ministro das Colónias e efeitos que julgar convenientes, que a comissão nomeada para a execução do dec. nº19:791, de 29 de Maio do ano findo, alterado pelo decreto 20.264 de 1 de Setembro também do ano findo, julgou em condições de poder beneficiar das disposições dos nºs 1º e 3º do art. 1º do aludido decreto 20:264 o ex-Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Lisboa, Ministério da Guerra, 24-Outubro-1932
Ao sr. Chefe de Gabinete do Min. das Colónias
Com o ofício nº3158 de 26-Junho-1931, foi enviado um requerimento em que o ex-Tenente das forças coloniais, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, pedia para ser reintegrado, como reformado, ao abrigo do decreto nº 19.791 de Maio de 1931. Este requerimento foi enviado ao Min. da Guerra por se ter interpretado que o referido decreto, tanto abrangia o Exército metropolitano como o colonial.
Este oficial foi reintegrado, mas depois foi anulada a sua reintegração, por se ter reconhecido que pertencia às forças coloniais.
Pedindo este ex - oficial novamente, por intermédio do seu procurador, a sua reintegração, encarrega-me Sua Exª o Min. das Colónias de solicitar a Vexa se digne informar se foi já ordenada a sua reintegração e se só depende de ser lavrado por este ministério o respectivo decreto que ela se efective.
Junto se envia o requerimento que agora apresenta, e cuja devolução se solicita
DG M. das Colónias
27-Agosto-1932
Sua Exª o Min. das Colónias encarrega-me de enviar a Vexa o adjunto requerimento em que o ex-Tenente do Quadro Ocidental, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, pede para ser abrangido pelas disposições do D. nº 19.791 de 29-Maio-1931, por se entender que a palavra “Exército” empregada neste decreto abrange o exército colonial.
Mais me encarrega o mesmo sr. de dizer a Vexa que este oficial foi por decreto de 13-Julho-1912, publicado no Boletim Militar das Colónias nº13 de 1912, abatido ao efectivo do quadro a que pertencia, por ter completado o tempo de ausência ilegítima necessário para constituir deserção.
Tem mais de 15 anos de serviço e, do seu processo, verifica-se que, por motivos políticos, foi pronunciado no 1º Distrito Criminal de Lisboa, e que devendo apresentar-se no referido distrito, em 20-Junho-1912, não o fez, ausentando-se, tendo sido condenado nesse ano, no Tribunal Militar de Chaves, em 6 anos de prisão maior celular, seguida de 10 de degredo, pena esta de que foi amnistiado pelo decreto nº4223 de 1918
D.G.M. das Colónias
26-Junho-1931
envie-se o requerimento a S. Exa o Ministro da Guerra por entender que a palavra exército empregada pelo decreto 19.791 abrange o Exército Colonial
Lisboa, 25-Julho-1931
Armindo Monteiro
Informação
Requerimento do ex-Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha, pede para ser abrangido pelas disposições do D. nº19.791 de 29-Maio-1931
Pelo D. nº19.791 de 29-Maio-1931 foram autorizados os ministros da Guerra e Marinha a reformar, com os vencimentos correspondentes ao tempo e ao posto que tinham às datas dos movimentos revolucionários em que tomaram parte e anteriores a 28 de Maio de 1926 os militares do Exército e da Armada que foram demitidos e que se encontram em determinadas condições.
Uma das condições é ter pelo menos 15 anos de serviço efectivo na data em que lhes foi imposta a pena de demissão.
Manda o mesmo decreto que os requerentes apresentem a sua petição para os que residam no continente, no prazo de 60 dias, para os que residam nas colónias e estrangeiro no prazo de 90 dias, e determina que nos Min. da Guerra e Marinha se constituam comissões de oficiais para relatarem as petições, para o Min. lavrar a sua decisão.
O ex-Tenente do extinto Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha requer para ser considerado ao abrigo deste decreto.
Este oficial foi por decreto de 13-Julho-1912, publicado no BMC nº13 de 1912, abatido ao efectivo do quadro a que pertencia , por ter completado o tempo de ausência ilegítima necessário para constituir deserção. Tem mais de 15 anos de serviço.
Do seu processo, verifica-se que, por motivos políticos, foi pronunciado no 1º Distrito Criminal de Lisboa. Devendo apresentar-se no referido distrito, em 20-Junho-1912, não o fez, ausentando-se, tendo sido condenado nesse ano, no Tribunal Militar de Chaves, em 6 anos de prisão maior celular, seguida de 10 de degredo, pena esta de que foi amnistiado pelo decreto nº4223 de 1918.
Porem o decreto acima citado, nº19.791, diz que só os ministros da Guerra e da Marinha têm poderes para reformar os militares do Exército e da Armada.
Esta palavra “exército” referir-se-ia só aos militares do exército metropolitano? Se for assim, o mesmo decreto não é extensivo aos militares das forças militares coloniais, o que não parece justo, parecendo ainda que se deveria publicar um decreto, tornando o decreto nº 19.791 extensivo a esses militares.
Se não for compreendido na designação militares do exército, tanto os do exército metropolitano como os dos quadros coloniais ou se não for publicado um decreto tornando extensivo a estes militares o citado decreto é parecer da Repartição que o requerente não está ao abrigo do já mencionado decreto.
Paulo Rego, Major
24-Junho-1931
S. Exª o Min. das Colónias encarrega-me de dizer a Vexa que, concordando com o parecer do Supremo Tribunal Militar de 10-Julho-1911 deve o Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha, reintegrado por decreto de 27-Outubro último a publicar no BMC nº11 de 10 do corrente, contar o tempo durante o qual esteve ausente, isto é, desde 12 de Julho de 1903 até 20 de Fevereiro de 1908 e que as notas relativas à sua deserção desde a verba “ausente sem licença até à aplicação da amnistia inclusivé devem ser trancadas nos respectivos registos de matrícula”.
D.G.M. das Colónias
5-Novembro-1932
O Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha, reintegrado na situação de reforma, por decreto de 27 Outubro findo, nos termos dos artºs (...), esteve ausente sem licença e na situação de desertor desde 12-Julho-1903 até 20-Fevereiro-1908, data em que se apresentou e lhe foi aplicada a amnistia do decreto ...
Por portaria ministerial de 30-Junho-1911 foi consultado o Supremo Tribunal Militar que em 10-Julho-1911 emitiu o parecer junto, de que o tempo decorrido desde 12-Julho-1903 a 20-Fevereiro-1908 se lhe deve contar como tempo de serviço e de que as notas relativas à sua deserção se devem trancar...
Tendo posteriormente este oficial desertado por causa dos acontecimentos monárquicos, não foi feito o expediente sobre o assunto do parecer do Supremo Tribunal Militar, mandando-lhe trancar as notas de ausência e deserção e mandando contar como tempo de serviço o decorrido entre 12-Julho-1903 e 20-Fevereiro-1908.
28-Novembro-1932
Manda o Governo Provisório da Republica Portuguesa, pelo ministro da Marinha e Colónias, que o Supremo Tribunal Militar consulte sobre se ao Tenente do Quadro Ocidental, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, deve ser colocado no seu primitivo lugar na escala de acesso dos oficiais do seu quadro, como ele pede no requerimento que acompanha o processo que junto se envia.
Paços do Governo da Republica aos 30-Junho-1911
Ficava entre Arrobas e Duarte Silva
Lisboa, 19-Maio-1911
Pede o Tenente que seja colocado no seu primitivo lugar na escala dos oficiais do seu quadro...
ü o requerente desertou em 12-Julho-1903, sendo já Tenente, apresentando-se voluntariamente em 20-Fevereiro-1908...
ü ... pelo que se descontou no tempo de serviço e na antiguidade do posto de Tenente 4 anos, 7 meses e nove dias.
ü Depois voltaram a contar este tempo
ü ... deverá o oficial ir ocupar sua altura anterior na escala dos oficiais do seu quadro?
ü Tanto mais que existem oficiais mais modernos que o requerente no posto de Tenente promovidos a Capitão.
ü Acrescentando a circunstância do oficial à data da deserção em 12-Julho-1903, não satisfazer as condições de promoção para Capitão (4 anos no posto de Tenente).
ü ... faltava pelo menos 2 anos de serviço efectivo quando em 12-Fevereiro-1910, em que foi promovido a Capitão Joaquim Duarte da Silva, oficial imediatamente à esquerda do requerente no posto de Tenente pois como se verifica (...) só completou os 2 anos de serviço efectivo em 6-Julho-1910.
ü E deverá o oficial ser promovido a Capitão contando a sua antiguidade de 6-Julho-1910 em que satisfazia as condições de promoção sobre o tempo de serviço e permanência no posto?
ü Não acarreta isto prejuízos de 3ºs – os oficiais hoje mais antigos e que passariam a mais modernos – que estiveram sempre ao serviço, arruinando a sua saúde, servindo o Estado, todo nas Colónias? É isto justo?
ü Nestas circunstâncias entende a repartição (...) poderá ao requerente ser-lhe contado o tempo de ausência para a reforma, mas não a sua colocação na escala de acesso dos oficiais do seu quadro
26-Junho-1911
Nota dos assentos que tem no registo...
Lisboa, 30-Março-1911 e
Lisboa, 23-Março-1911
Ministério da Guerra
Repartição do Gabinete nº 755/c de 3-Junho-1937
Por dizerem respeito a indivíduos dependentes desse ministério encarrega-me S. Exª o M. da Guerra de remeter a Vexa os adjuntos documentos encontrados no arquivo deste ministério.
Vidé processo geral nº50 de 1937
Comando da 1ª Região Militar
Porto, 1-Agosto-1931
Ao Sr. Ajudante General do Exército 1ª Repartição
Em referência ao assunto da nota dessa D.G. – 1ª repartição – nº 1447 de 25 do corrente comunico a Vexa para conhecimento de S. Exª o Min. da Guerra que o processo respeitante ao ex- Tenente do exército do quadro colonial da Província de Angola, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, na mesma nota citado, não se encontra arquivado no T.M.T. desta cidade.
Comandante da 1ª Região Militar Porto
...seja enviada a esta DG cópia da sentença e libelo acusatório, relativa ao ex-Tenente do exército do quadro colonial da Província de Angola, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, que foi julgado em 1912 no T. Militar de Chaves...
ex-Tenente do exército colonial (Quadro Ocidental), Carlos Augusto de Noronha e Montanha
PROCESSO CRIME
Foi condenado em 15-Novembro-1912 pelo Tribunal Militar Marcial de Chaves em 20 anos de degredo por tentar restabelecer a forma do governo monárquico
Lisboa, 11-Agosto-1931
6ª Divisão do Exército – Sector de Defesa entre o Monte e o Cávado
José Carrazedo de Sousa Caldas Viana e Andrade, Capitão de Infantaria nº5, promotor de justiça do Tribunal Militar organizado (...), requeiro ao Mº Juiz Auditor do mesmo tribunal que os arguidos:
1) Fiel dos Santos Ventura Barbosa, ex- Alferes miliciano
2) Fernando de Almeida Cardoso Albuquerque (Conde de Mangualde ), ex- Tenente de Artilharia
3) Álvaro Manuel de Meneses Pita e Castro, ex- Alferes miliciano de cavalaria
4) Virgílio Augusto de Castro e Silva, ex- Tenente de Infantaria
5) Francisco António da Cruz Amante, ex- Tenente médico reformado
6) Artur Mª Sobral de Carvalho Figueira, ex- Tenente de Infantaria
7) Augusto Alves de Campos, ex- Alferes de Infantaria
8) Augusto da Conceição Gonçalves, ex- Alferes de Infantaria nº 10
9) Carlos Augusto de Figueiredo Sarmento, ex- Alferes de Infantaria
10) Carlos Augusto de Noronha e Montanha, ex- Tenente do Exército Ultramarino
11) Carlos Martins de Carvalho, ex- oficial da Marinha de Guerra
Todos ausentes em parte incerta, sejam mandados submeter a julgamento pelo crime previsto no (...) de 30-Abril-1912 e lhes sejam aplicadas as penalidades da lei infrigida.
Dou como testemunhas:
Carlos Alves Cutelo, consul de Portugal em Verim
João Correia de Barros, empregado no mesmo consulado
Manuel Moura, barbeiro
Eduardo Fernandes
Todos portugueses e igualmente residentes em Verim, pelo que prometo apresentá-los em audiência de julgamento visto não puderem ser entimados.
Dou mais testemunhas:
Aurélio dos Santos Tomás Ribeiro, 1º aspirante das alfândegas, chefe do posto fiscal de Vila Verde da Raia
João António Rodrigues, 2º Sargento da 4ª Companhia da Guarda Fiscal e comandante do posto fiscal de Vila Verde da Raia
António Gomes, soldado da Guarda Fiscal
João Baptista, soldado da Guarda Fiscal
José de Carvalho, jornaleiro
Aníbal dos Santos, músico de 1ª classe reformado
Ambos residentes em Vila Verde da Raia
António Carvalho Martelo, 2º Sargento de Infantaria 19
Alberto José Rebelo, 2º Sargento de Infantaria 19
Manuel da Assunção Figueiredo, 2º Sargento de Cavalaria nº6
João Filipe Rodrigues de Sousa, empregado na adm. do concelho de Chaves
António José Rodrigues, empregado na adm. do concelho de Chaves
Promotoria do Tribunal Militar em Chaves 24-Outubro-1912
Está conforme
Secretaria do 1º Tribunal Militar Territorial de Lisboa 3-Agosto-1931
SENTENÇA
Mostra-se pelas respostas do Juiz que os arguidos ausentes em parte incerta: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10 e 11
Cometeram o crime de haver tentado restabelecer a forma do governo monárquico, pelo modo indicado nos autos.
Ora: atendendo...
Tribunal Marcial de Chaves
15-Novembro-1912
está conforme
Lisboa, 3-Agosto-1931
Fim da pasta 48, processo 44
Carlos Augusto de Noronha Montanha
Ex- Tenente
Pasta nº12
Processo nº8
Arquivo de 1940
Em resposta ao ofício nº16.746 de 22 de Novembro findo, informo Vexa que o Tenente reformado, Carlos Augusto de Noronha e Montanha foi abatido pelo dec. de 18-Julho-1912 (BMU – Pª 13/1912)
O referido oficial percebia de vencimento em 1912 – 45,00
Lisboa, 9-Dezembro-1947
Pelo Director Geral,
Paulo Benard Guedes
Coronel
Lisboa, 28-Outubro-1947
Ao Sr. Presidente do C. Ad. do Depósito M. Colonial – Lisboa
Em referência à nota nº237/32, de 10 Fevereiro deste ano, junto envio a Vexa os títulos:
ü Nº1815 Moçambique 20$19
ü Nº2524 Angola 839$49
859$68
para liquidação do débito do falecido Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Ministério das Colónias
Assunto: vencimento em dívida ao falecido Tenente do ext. Q. P.F.C., Carlos Augusto de Noronha e Montanha.
Informação: Por Cooperativa Militar dos Oficiais da Guarnição de Coimbra, foi requerido o pagamento do que ficou em dívida ao seu falecido sócio Carlos Augusto de Noronha e Montanha, que foi Tenente reformado do ext. Q. P.F.C., falecido em 14-Janeiro do ano corrente.
(...)
Lisboa, 22-Outubro-1947
Lisboa, 22-Julho-1947
Ao Sr. Chefe da 2ª Repartição da D.G.M. do Min. das Colónias
Em aditamento à minha nota (...) permita Vexa que lhe transcreva o texto da nota (...) do comando da 2ª região militar:
“não tenso até à presente data sido enviada a importância de 859$68 respeitante ao débito do falecido Tenente do extinto QC, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, à Cooperativa Militar dos Oficiais da Guarnição desta cidade, a que se refere a minha nota (...) venho rogar a Vexa se digne informar se para efeito de liquidação do seu débito é necessário ou não que...
Lisboa, 26-Maio-1947
“esta cooperativa não tem dúvida alguma em pagar a quantia de 129$ pedida pelo Depósito Militar Colonial. Porém, em virtude de as instruções a observar pelas Cooperativa e Cantinas Militares para reaverem as importâncias de fornecimentos a sócios que faleceram deixando vencimento na Fazenda Nacional – de 17_Janeiro-1939, do Ministério da Guerra parece que tal quantia não é devida.
Arnaldo de Passos, Tenente reformado, gerente de “Cooperativa Militar dos Oficiais da Guarnição de Coimbra” desejando que dos vencimentos em dívida ao falecido Tenente – reformado do Quadro Ocidental Sr. Carlos Augusto de Noronha e Montanha, seja paga a esta cooperativa a quantia de (961$85) ”novecentos e sessenta e um escudos e oitenta e cinco centavos” de artigos que pela mesma lhe foram fornecidos como consta dos dois vales juntos
Coimbra, 4-Fevereiro-1947
Junta-se uma certidão de óbito e 2 vales
Conservatória do Registo Civil de Coimbra
Registada no livro de emolumentos sob o nº1160
CERTIDÃO DE ÓBITO
Eduardo de Miranda Vasconcelos, bacharel formado em direito e conservador do registo civil de Coimbra.
Certifico que no livro de registo de óbitos número 6 do ano de 1947 desta conservatória, a folhas 30 verso se encontra o registo do teor seguinte:
à margem nº60 Carlos Augusto de Noronha e Montanha
no texto: «às 15 horas e (...) minutos do dia 14 do mês de Janeiro do ano de 1947 no Sítio da Fonte da Cheira, freguesia de Santo António dos Olivais, desta cidade, faleceu de cirrose hepática, bronco pneumonia, um indivíduo do sexo masculino de nome Carlos Augusto de Noronha e Montanha de setenta e sete anos de idade, de profissão Tenente do exército reformado, natural de Nova Goa, Índia Portuguesa, domiciliado no referido sítio filho legítimo de João Paulino de Miranda e Montanha e de Maria Guilhermina de Noronha, cujas naturalidades se ignoram, já falecidos.
O falecido era viúvo, há quarenta e três anos de Amery Anne Augusta Knell Naughton, nat. de Inglaterra e teve o último domicílio em Lisboa.
O falecido não deixou herdeiros sujeitos à jurisdição orfanológica, não deixou bens, ignora-se se fez testamento e o seu cadáver vai ser sepultado no cemitério da Conchada.
Foi declarante António Pelayo Temido, solteiro, domiciliado na Av. Sá da Bandeira desta cidade
Este registo lavrado nesta conservatória às 11horas e 15 minutos, depois de lido e conferido com o seu extracto, vai ser assinado por mim Eduardo de Miranda Vasconcelos, Conservador do Registo Civil e pelo declarante.
Lisboa, 26-Março-1947
Ao Sr. Presidente do C. Ad. do Depósito M. Colonial – Lisboa
A fim de ser entregue a interessada, Manuela de Miranda Esteves, pupila do falecido Tenente reformado do ext. Q. P. F. C. Carlos Augusto de Noronha e Montanha junto envio a Vexa o título 1197 – Angola – de esc. 1.500$ conforme nota do C. Ad. desse depósito nº355/32 de 27 de Fevereiro último.
Ministério das Colónias
Dir. Geral Militar
Serviço de República
= Assunto =
Abono do subsídio para funeral do Tenente reformado do ext. Q. P. F. C. Carlos Augusto de Noronha e Montanha
= Informação =
Manuela de Miranda Esteves, de 27 anos de idade, solteira, protegida do Tenente reformado do ext. Q. P. F. C., Carlos Augusto de Noronha e Montanha, falecido em 14 de Janeiro deste ano, requer o abono do subsídio para o pagamento das despesas que fez com o funeral do seu protector, para o que junta os documentos legais.
O artº 1 do dec.-lei nº14.341, de 28-Setembro-1927 tornado extensivo às colónias por força da portaria nº7878, de 1934, dá-lhe direito ao abono de um subsídio de até esc.1.500$00.
No orçamento vigente da Colónia de Angola há verba para o pagamento desta importância e a colónia tem fundos disponíveis na metrópole para a sua liquidação, como informa a 2ª repartição da dir. geral da Fazenda das Colónias em 14 do mês corrente,...
Dignando-se Vexa autorizar proceder-se-à à liquidação a favor do requerente.
Lisboa, 17-Março-1947
Sr. Ministro das Colónias
Excelência
Manuela de Miranda Esteves, de 27 anos de idade, solteira, nascida na freguesia de Santa Isabel, Concelho de Lisboa, residente na Fonte do Cheira, freguesia dos Olivais, Concelho de Coimbra, acompanhando o falecido Tenente do extinto quadro colonial, Carlos Augusto de Noronha e Montanha desde os 13 anos, como sua protegida, declara a Vexa ter sido a pessoa que se encarregou do enterro do extinto oficial, e, como não se encontra em condições económicas que lhe permitam custear as despesas do referido funeral, requer a Vexa que, ao abrigo do disposto nos termo do decreto 14.341, se digne conceder-lhe o subsídio a que tem direito, como se prova com os documentos juntos.
Coimbra, 4-Fevereiro-1947
Coimbra, 12-Fevereiro-1947
Conta para o funeral do sr. Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha
A Exma Senhora D. Manuela de Miranda Esteves
Jan 14 importância do funeral incluindo todas as despesas »»» 1.625$50
Atestado
A Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais da cidade de Coimbra:
Atesta, conforme deliberação tomada em sessão de 20 de Fevereiro e baseada na declaração, que fica arquivada, de dois comerciantes desta freguesia, que D. Manuela de Miranda Esteves, natural de Lisboa e residente na Fonte da Cheira, desta freguesia, foi quem se encarregou do funeral do sr. Tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha, do quadro colonial, e que não se encontra em condições económicas, que lhe permitam custear essas despesas.
Lisboa, 27-Fevereiro-1947
Ao sr. Chefe da 2ª Rep. Da D.G.M. do Min. das Colónias
Para os devidos efeitos junto envio a Vexa um requerimento acompanhado de uma certidão de óbito, atestado da junta de freguesia de Santo António dos Olivais, recibo da Agência Funerária, em que a sra. D. Manuela de Miranda Esteves, pede para que lhe seja concedido o subsídio de funeral do Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha falecido aos 14-Janeiro findo.
Lisboa, 27-Setembro-1946
Para os devidos efeitos envio a Vexa a pública forma de uma procuração passada a D. Manuela de Miranda Esteves pelo Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha
(...) no dia 11-Setembro-1946, nesta vila da Lousã e em casa de morada de Carlos Augusto de Noronha e Montanha, viúvo, oficial do exército reformado (...)Fernando Eurico Simões Bastos, ajudante do notário público na comarca da Lousã, licenciado em direito Mário Dias Vieira Machado, com cartório na vila da Lousã e no impedimento legal do mesmo por motivo de licença graciosa que lhe foi devidamente concedida, compareceu como outorgante aquele excelentíssimo sr. Carlos Augusto de Noronha e Montanha, aqui residente. Certifico a identidade do outorgante por conhecimento pessoal. E perante as testemunhas que verifiquei serem idóneas, adiante nomeadas e assinadas, que também conhece, por ele, outorgante, foi dito:
que nomeia e constitui sua bastante procuradora (...) à excelentíssima senhora Dona Manuela de Miranda Esteves, solteira, maior, doméstica, residente também (...) e em especial, para receber os seus vencimentos, assinando por ele os respectivos títulos e todos os documentos indispensáveis para este fim nas competentes repartições.
Testemunhas presentes:
João Fernandes de Almeida
Armando Paulo de Almeida
Casados, proprietários, residentes na Lousã
Lousã, 11-Setembro-1946
Exmo Senhor Chefe da 1ª Repartição Militar do Min. das Colónias
Assunto: mudança de residência
Cumpro o dever de comunicar a Vexa, para conhecimento dessa rep. e fins convenientes, que desde o dia 16 do corrente, mudo a minha residência da vila da Lousã para a Fonte de Cheira – Calhabé, Coimbra.
Idêntica comunicação é também feita nesta data à 2ª repartição militar desse ministério, e à secretaria do comando do depósito de praças do Ultramar, na Junqueira, por cuja via, por julgar ser legal é esta...
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Lousã, 4-Agosto-1944
Ao sr. Chefe da 2ª Repartição da D.G. Militar do Ministério das Colónias
Lisboa
Devidamente assinados tenho a honra de remeter a Vexa os dois recibos referentes ao sr. Tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha...
O Presidente da Câmara
Pedro Mascarenhas de Lemos
6-Agosto-1940
Ao sr. Chefe da 2ª Repartição...
Junto envio a Vexa uma declaração respeitante ao Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha, o qual deseja receber os seus vencimentos em Lisboa
Guia
Segue desta D.G.Militar das Colónias para Tires (S. Domingos de Rana), sem dispêndio para a Fazenda Nacional, onde vai fixar residência, o Tenente reformado do ext. quadro ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha
29-Setembro-1937
Declaração
Declaro que desejo receber os meus vencimentos em Lisboa em virtude mudar a minha residência para a Av. da República, nº 5 – 1º Dto Algés
6-Agosto-1940
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Ex-Tenente
Pasta nº48
Processo nº44
Regimento de Artilharia de Costa nº2
Oeiras – Medrosa
11 de Novembro de 1937
“Ao senhor chefe da 2ª repartição da D.G. Militar do Ministério das Colónias
Devidamente rubricado e selado junto envio a Vexa um recibo e respectivo talão respeitante ao sr. Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha e relactivo aos seus vencimentos do mês de Novembro corrente”
Declaração:
“Declaro que tendo mudado a minha residência para Tires, freguesia de S.Domingos de Rana, Concelho de Cascais, desejo receber os meus vencimentos por intermédio da Agência Militar do Exército e do Regimento de Artilharia de Costa, nº2, aquartelado na Medrosa”
Lisboa, 28 de Setembro de 1937
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Ministério das Colónias
Dir. G. Militar
1ª repartição
2ª secção
Serviço da República
Guia
Segue desta DGMilitar das Colónias para a Marinha Grande, sem dispêndio para a Fazenda Nacional, onde vai fixar residência, o Tenente reformado do quadro colonial, Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Secretaria, 29 de Junho de 1936
A lápis: foi residir em Tires – S. Domingos de Rana – Concelho de Cascais em 29 de Setembro de 1937
Para concessão de BI, tenho a honra de enviar a Vexa, devidamente colada e autenticada com o selo a branco em uso na 1ª repartição desta DG, a fotografia do Tenente reformado do extinto quadro ocidental de África, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, filho de João Paulino Montanha e de D. Maria Guilhermina de Noronha Montanha, natural de Pangim, Concelho de Ilhas de Goa, Distrito do Estado da Índia, que nasceu a 12 de Julho de 1869, viúvo, e residente na Vivenda Celeste, Val de Lobos, Sabugo, Concelho de Sintra, o que tudo consta de documentos existentes nesta Dir. Geral.
D.G. Militar das Colónias, 4 de Maio de 1936
Min. Colónias
D.G. Militar
Nos termos do (...) declaro, sob minha palavra de honra, que não pertenço nem jamais pertencerei a associações ou institutos secretos...
Lisboa, 1 de Junho de 1935
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Guia
Segue desta D.G. Militar das Colónias para Avelar, sem dispêndio para a Fazenda Nacional, onde vai residir durante alguns dias, o Tenente reformado do quadro ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha
14 de Abril de 1934
Guia
Segue desta D.G. Militar das Colónias para a Marinha Grande, sem dispêndio para a Fazenda Nacional, onde vai tratar de assuntos particulares, o Tenente reformado do quadro ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha
15 de Maio de 1933
Exmo Senhor,
Tendo por motivos de interesse pessoal e privativos da minha família de seguir para o Distrito de Leiria, onde devo permanecer de 16 a 25 do corrente, cumpre o dever de comunicar a Vexa, que a minha residência provisória, durante esses dias, será na Marinha Grande para onde qualquer correspondência oficial me poderá ser dirigida, ao cuidado do Exmo Sr. Carlos Horácio Gallo – proprietário da Fábrica de Vidros da Marinha Grande, sita nesta localidade.
Lisboa, 12 de Maio de 1933
Quartel General das Forças do Exército da Colónia de Angola
Tenho a honra de enviar a Vexa a adjunta nota de assentos, respeitante ao ex-Tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha, pedida no telegrama de referência
Luanda, 5 de Novembro de 1932
Quartel General das Forças do Exército da Província de Angola
Nota dos assentamentos que tem no registo de matrícula o oficial nº125 Posto Tenente nome Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Nasceu a 12 de Julho de 1869 em Pangim Concelho das Ilhas de Goa Distrito do Estado da Ìndia filho de João Paulino Montanha e de D. Maria Guilhermina Noronha Montanha estado solteiro
Alistado como voluntário no Regimento de Infantaria nº2 sendo incorporado em 11 de Julho de 1885 serviu 14 anos e duzentos dias até 1 de Fevereiro de 1900.Promovido a Alferes por decreto desta data. Era Sargento ajudante cadete do Depósito de degredados de Luanda
Condecorações e Louvores:
ü Louvado pelo zelo e critério com que se houve no desempenho do serviço como comandante de uma escolta e pela coragem, energia e prudência com que reprimiu uma insubordinação das praças que a compunham. O à F. A. do Governo do Distrito da Lunda nº96 de 1896.
ü Louvado por ter cumprido com honra e coragem o seu dever, levando de vencida os rebeldes os quais desrespeitando a autoridade, tentavam opôr-se por meio das armas a que as ordens do governo fossem cumpridas naquela região, fazendo parte da coluna de operações nos Bondos BO nº5 de 1897.
Habilitações Literárias: instrução primária.
Exame final das seguintes disciplinas do Real Colégio Militar:
Desenho Linear - 1º ano,
Rudimentos de Gramática Portuguesa - 1º ano,
Aritmética e Sistema Métrico – 1º ano,
Geografia e História – 1º ano,
Primeira Parte de Matemática – 2º ano,
1º ano de Francês,
2º ano de Caligrafia e
Desenho – 2º ano.
Aprovado com louvor no curso da classe de cabos em 8 de Outubro de 1885, 1º ano do curso da classe de sargentos.
Tempo de doença: quatrocentos e um dias.
1900.Fevereiro.01: Alferes por decreto deste dia desde quando se lhe aumenta no tempo de serviço 50%
1900: colocado na Província de S. Tomé e Príncipe por determinação de S.M. El-Rei, inserta no BMN nº2 do dito ano.
1900.Agosto.08: passou à guarnição da Província de Angola por determinação de S.M. El-Rei, inserta no BMN nº8 de 8 de Agosto.
1900.Setembro.13: foi colocado no Batalhão de Caçadores nº3
1902.Outubro.23: Tenente contando a antiguidade deste posto de 13 de Agosto BMN nº16 de 31 de Outubro.
1903.Julho.27: ausente sem licença desde 12 de Julho de 1903, por duas horas da tarde. Completou o tempo de ausência ilegítima necessário para constituir deserção, nos termos do nº1 do artigo 124 do Código da Justiça Militar de 13 de Maio de 1896 em 27 de Julho de 1903 por duas horas da tarde.
1908.Fevereiro.20: apresentou-se voluntáriamente no posto militar de Cangamba, nos Lutehazes, capitania - mor do Moxico, em 20 de Fevereiro de 1908, sendo-lhe aplicada a amnistia concedida por D. De 12 do mesmo mês. BMU nº16 de 26 de Agosto.
1909.Abril.05: colocado na 15ª Companhia Indígena de Infantaria de Angola em 5 de Abril de 1909.
1909: no ano de 1909 fez parte da coluna de ocupação do Baixo Cubango, no Distrito da Huíla de 14 de Junho a 16 de Julho, período em que se lhe conta de aumento no tempo de serviço 100%.
1909.Agosto.19: comandante do posto militar N´Dala Cachibo.
1909.Outubro.25: colocado na 12ª Companhia Indígena de Infantaria de Angola.
1910.Março.15: na 13ª Companhia Indígena
1910.Dezembro.23: na 17ª Companhia Indígena de Infantaria
1911.Janeiro.17: seguiu para a Metrópole por opinião da Junta de Saúde Provincial.
1912.Julho.13: considerado desertor por ter completado o tempo de ausência necessário para constituir deserção.
Tempo de licença por motivo de moléstia, de tratamento nos hospitais e domicílios: 1909: vinte dias
1911: cento e vinte dias
Prémios, condecorações e louvores
1900.Fevereiro.08: medalha de prata da classe de valor militar BMU nº3
1901.Fevereiro.12: medalha de prata da classe de comportamento exemplar BMU nº2
1903.Junho.30: medalha de prata “Rainha D. Amélia” BMU nº9
1909.Julho.12: Cruz Vermelha Portuguesa 2ª classe BMU nº13
1911.Agosto.07: cruz de 3ª classe da Opera Educativa Pacifica I Nostri Contemporanei de Roma D.G. nº182 BMU nº15
Assinado por: Filippe Alistão T.M. Côrte-Real, tenente infª
Quartel General em Luanda
31 de Outubro de 1932
O Chefe do Estado Maior
Min. Colónias
D.G. Militar
Colónia de Angola
Percentagem relactiva à pensão de reforma do oficial abaixo indicado nos termos dos artºs 13º e 14º do Diploma Legislativo Colonial nº 38 para o fim do artigo 163º do decreto
Nome: Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Posto: Tenente do Exército quadro Ocidental
Vencimento: soldo da sua patente e uma diuturnidade
Colónias onde serviu: Angola 35 e Moçambique 1
Em 7 de Novembro de 1932
Visado pelo Tribunal de Contas em 28 de Novembro de 1932
Min. Colónias
D.G. Militar
Serviço da República: refere-se este processo ao Tenente do extinto Quadro Ocidental, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, reintegrado no mesmo quadro, Colónia de Angola, na situação de reforma e nos termos dos artigos 1º (...) o qual conta o seguinte tempo de serviço: Moçambique 1 ano e Angola 35 anos.
28 de Outubro de 1932
liquidação do tempo de serviço para efeito de reforma respeitante ao Tenente do extinto quadro ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha:
anos em que prestou serviço serviço prestado na Metrópole
1885 174 dias incorporado em 11 de Julho
1886 1 ano
1887 1 ano
1888 1 ano
1889 1 ano
1890 1 ano
1891 14 dias: passou ao (...) em 15 de Janeiro afim de ir servir em Moçambique
1891 166 dias regressou à Metrópole em 18 de Julho
1892 196 dias passou ao serviço da Colónia de Angola em 16 de Junho
Lisboa, 28 de Outubro de 1932
1891 »» 185 dias Serviços Prestados em Moçambique
destacado para a colónia de Moçambique em 16 de Janeiro de 1891, desembarcou em Moçambique em 17 de Fevereiro desde quando conta pelo dobro o tempo de serviço, embarcou de regresso à metrópole em 15 de Maio
desembarcou em Lisboa em 18 de Julho
Lisboa, 28 de Outubro de 1932
Serviços Prestados em Angola
1892 169 dias »» passou ao serviço da colónia de Angola em 16 de Julho, desembarcou em Luanda em 11 de Agosto
1893 1 ano
até 1910 1 ano
1911 1 ano »» embarcou em Luanda de regresso à metrópole em 16 de Janeiro, ausente sem licença desde 20 de Junho, por ter completado o tempo de ausência ilegítima para constituir deserção foi abatido ao efectivo 13 de Julho de 1912
Lisboa, 28 de Outubro de 1932
Depósito de Degredados de Angola
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Último domicílio: freguesia de Santa Isabel de Lisboa, Concelho de Bairro Ocidental, Distrito de Lisboa
Ocupação: estudante
Nasceu a 12 de Julho de 1869 em Pangim concelho das Ilhas de Goa, Distrito do Estado da Indía
Filho de João Paulino Montanha e de D. Maria Guilhermina Noronha Montanha residentes em a freguesia de Santa Isabel de Lisboa, Concelho de Bairro Ocidental, Distrito de Lisboa
Estado: solteiro
Altura: 1 metro e 660
Olhos castanhos
Nariz regular
Boca regular
Cabelos castanhos
Barba castanha escura
Rosto comprido
Cor natural
Assentamento de praça em 11 de Julho de 1885 como voluntário para servir por 12 anos
Foi aumentado ao efectivo deste depósito
Veio da 1ª Companhia de Guerra da Lunda em 2 de Março de 1894 onde tinha o nº351 de matrícula; presente em 30
1885.Agosto.25: passou ao regimento de infantaria nº7
1886.Janeiro.18: 2º cabo
1886.Abril.03: promovido a 1º cabo
1886.Setembro.29: 2º sargento
1890.Maio.03: passou à 2ª Companhia de Administração Militar
1891.Janeiro.15: destacou-se para a Província de Moçambique. Embarcou neste dia
1891.Fevereiro.12: desembarcou na Província de Moçambique
1891.Julho.11: continua no serviço efectivo
1891.Maio.15: embarcou na Província de Moçambique com destino ao reino por motivo de doença
1891.Julho.18: desembarcou em Lisboa
1891.Agosto: continua no serviço efectivo desde 18 de Julho por ter de ser presente à junta militar de saúde. Continua no serviço efectivo desde 6 de Agosto por se achar no gozo de licença da junta militar de saúde
1892.Junho.16: passou ao serviço do Ultramar na Província de Angola (...)da praça do Ultramar como adido
1892.Junho.21: seguiu viagem para Angola
1892.Agosto.11: desembarcou em Angola e colocado no Batalhão de Caçadores nº2
1892.Novembro.11: passou ao Depósito Geral de Degredados
1893.Abril.9: passou à Companhia de Polícia de Luanda
1894.Fevereiro.24: 1º Sargento
1894.Julho.19: declarado cadete
1895.Fevereiro.6: passou ao Batalhão de Caçadores nº3
1896.Julho.28: promovido a Sargento ajudante e passou à Companhia de Guerra do Distrito da Lunda
1897.Março.29: ao depósito geral de degredados
1897.Março.30: sargento ajudante
1900.Fevereiro.1: Alferes para a Província de S. Tomé
Habilitações Literárias:
- antes do serviço militar: instrução primária, exame final das seguintes disciplinas, etc.
- 1898 medalha de cobre de comportamento exemplar, etc.
Quartel em Luanda 28 de Setembro de 1908
O comandante
1911.Fevereiro.18: presente no Min. das Colónias
30-Junho-1912: ausente sem licença desde este dia pelas 9 horas. Completar o tempo de ausência ilegítima necessária...
13-Julho-1912: abatido ao efectivo do Quadro Ocidental
8-Maio-1918: amnistiado
Secretaria em Lisboa 28 de Outubro de 1932
Min. Colónias
D.G. Militar
“se comunica que por decreto de 27 de Outubro findo visado pelo Tribunal de Contos em 4 do corrente a publicar no BMC nº11 de 10 do corrente foi reintegrado no quadro ocidental colónia e Angola o ex-Tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha
9-Novembro-1932
seja reintegrado no quadro Ocidental, colónia de Angola, na situação de reforma o ex-Tenente
27-Outubro-1932
Min. Colónias
D.G. Militar
Concordo
Lisboa, 27-Outubro-1932
Armindo Monteiro
Informação
Pelo decreto nº 20.264 de 1-Setembro-1931 foram os ministros da Guerra e da Marinha autorizados a integrar na situação de reforma, com os vencimentos correspondentes ao tempo de serviço e ao posto que tinham à data dos movimentos revolucionários em que tomaram parte, e anterior a 28 de Maio de 1926, os militares do Exército e da Armada que foram demitidos ou separados e se encontrem em determinadas condições.
As condições deste decreto que aproveitam ao ex-Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha são:
terem pelo menos 15 anos de serviço efectivo na data em que lhe foi imposta a pena de demissão ou separação;
...
serem condecorados com a Cruz de Guerra, Torre e Espada, Valor Militar, ou louvados por actos praticados em combate embora não tenham o tempo de campanha estabelecido na condição ii.
O Tenente Montanha, requereu para ser considerado ao abrigo do dec. ...
O processo, (...)
Em face do exposto, concordando Vexa lavrar-se-a o decreto reintegrando na situação de reforma e nas condições do dec. 20.264, o ex-Tenente Montanha
Vexa resolverá
Em 26-Outubro-1932
Sua Exª o Ministro da Guerra encarrega-me de dizer a Vexa, para conhecimento de Sua Exª o Ministro das Colónias e efeitos que julgar convenientes, que a comissão nomeada para a execução do dec. nº19:791, de 29 de Maio do ano findo, alterado pelo decreto 20.264 de 1 de Setembro também do ano findo, julgou em condições de poder beneficiar das disposições dos nºs 1º e 3º do art. 1º do aludido decreto 20:264 o ex-Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Lisboa, Ministério da Guerra, 24-Outubro-1932
Ao sr. Chefe de Gabinete do Min. das Colónias
Com o ofício nº3158 de 26-Junho-1931, foi enviado um requerimento em que o ex-Tenente das forças coloniais, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, pedia para ser reintegrado, como reformado, ao abrigo do decreto nº 19.791 de Maio de 1931. Este requerimento foi enviado ao Min. da Guerra por se ter interpretado que o referido decreto, tanto abrangia o Exército metropolitano como o colonial.
Este oficial foi reintegrado, mas depois foi anulada a sua reintegração, por se ter reconhecido que pertencia às forças coloniais.
Pedindo este ex - oficial novamente, por intermédio do seu procurador, a sua reintegração, encarrega-me Sua Exª o Min. das Colónias de solicitar a Vexa se digne informar se foi já ordenada a sua reintegração e se só depende de ser lavrado por este ministério o respectivo decreto que ela se efective.
Junto se envia o requerimento que agora apresenta, e cuja devolução se solicita
DG M. das Colónias
27-Agosto-1932
Sua Exª o Min. das Colónias encarrega-me de enviar a Vexa o adjunto requerimento em que o ex-Tenente do Quadro Ocidental, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, pede para ser abrangido pelas disposições do D. nº 19.791 de 29-Maio-1931, por se entender que a palavra “Exército” empregada neste decreto abrange o exército colonial.
Mais me encarrega o mesmo sr. de dizer a Vexa que este oficial foi por decreto de 13-Julho-1912, publicado no Boletim Militar das Colónias nº13 de 1912, abatido ao efectivo do quadro a que pertencia, por ter completado o tempo de ausência ilegítima necessário para constituir deserção.
Tem mais de 15 anos de serviço e, do seu processo, verifica-se que, por motivos políticos, foi pronunciado no 1º Distrito Criminal de Lisboa, e que devendo apresentar-se no referido distrito, em 20-Junho-1912, não o fez, ausentando-se, tendo sido condenado nesse ano, no Tribunal Militar de Chaves, em 6 anos de prisão maior celular, seguida de 10 de degredo, pena esta de que foi amnistiado pelo decreto nº4223 de 1918
D.G.M. das Colónias
26-Junho-1931
envie-se o requerimento a S. Exa o Ministro da Guerra por entender que a palavra exército empregada pelo decreto 19.791 abrange o Exército Colonial
Lisboa, 25-Julho-1931
Armindo Monteiro
Informação
Requerimento do ex-Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha, pede para ser abrangido pelas disposições do D. nº19.791 de 29-Maio-1931
Pelo D. nº19.791 de 29-Maio-1931 foram autorizados os ministros da Guerra e Marinha a reformar, com os vencimentos correspondentes ao tempo e ao posto que tinham às datas dos movimentos revolucionários em que tomaram parte e anteriores a 28 de Maio de 1926 os militares do Exército e da Armada que foram demitidos e que se encontram em determinadas condições.
Uma das condições é ter pelo menos 15 anos de serviço efectivo na data em que lhes foi imposta a pena de demissão.
Manda o mesmo decreto que os requerentes apresentem a sua petição para os que residam no continente, no prazo de 60 dias, para os que residam nas colónias e estrangeiro no prazo de 90 dias, e determina que nos Min. da Guerra e Marinha se constituam comissões de oficiais para relatarem as petições, para o Min. lavrar a sua decisão.
O ex-Tenente do extinto Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha requer para ser considerado ao abrigo deste decreto.
Este oficial foi por decreto de 13-Julho-1912, publicado no BMC nº13 de 1912, abatido ao efectivo do quadro a que pertencia , por ter completado o tempo de ausência ilegítima necessário para constituir deserção. Tem mais de 15 anos de serviço.
Do seu processo, verifica-se que, por motivos políticos, foi pronunciado no 1º Distrito Criminal de Lisboa. Devendo apresentar-se no referido distrito, em 20-Junho-1912, não o fez, ausentando-se, tendo sido condenado nesse ano, no Tribunal Militar de Chaves, em 6 anos de prisão maior celular, seguida de 10 de degredo, pena esta de que foi amnistiado pelo decreto nº4223 de 1918.
Porem o decreto acima citado, nº19.791, diz que só os ministros da Guerra e da Marinha têm poderes para reformar os militares do Exército e da Armada.
Esta palavra “exército” referir-se-ia só aos militares do exército metropolitano? Se for assim, o mesmo decreto não é extensivo aos militares das forças militares coloniais, o que não parece justo, parecendo ainda que se deveria publicar um decreto, tornando o decreto nº 19.791 extensivo a esses militares.
Se não for compreendido na designação militares do exército, tanto os do exército metropolitano como os dos quadros coloniais ou se não for publicado um decreto tornando extensivo a estes militares o citado decreto é parecer da Repartição que o requerente não está ao abrigo do já mencionado decreto.
Paulo Rego, Major
24-Junho-1931
S. Exª o Min. das Colónias encarrega-me de dizer a Vexa que, concordando com o parecer do Supremo Tribunal Militar de 10-Julho-1911 deve o Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha, reintegrado por decreto de 27-Outubro último a publicar no BMC nº11 de 10 do corrente, contar o tempo durante o qual esteve ausente, isto é, desde 12 de Julho de 1903 até 20 de Fevereiro de 1908 e que as notas relativas à sua deserção desde a verba “ausente sem licença até à aplicação da amnistia inclusivé devem ser trancadas nos respectivos registos de matrícula”.
D.G.M. das Colónias
5-Novembro-1932
O Tenente do Quadro Ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha, reintegrado na situação de reforma, por decreto de 27 Outubro findo, nos termos dos artºs (...), esteve ausente sem licença e na situação de desertor desde 12-Julho-1903 até 20-Fevereiro-1908, data em que se apresentou e lhe foi aplicada a amnistia do decreto ...
Por portaria ministerial de 30-Junho-1911 foi consultado o Supremo Tribunal Militar que em 10-Julho-1911 emitiu o parecer junto, de que o tempo decorrido desde 12-Julho-1903 a 20-Fevereiro-1908 se lhe deve contar como tempo de serviço e de que as notas relativas à sua deserção se devem trancar...
Tendo posteriormente este oficial desertado por causa dos acontecimentos monárquicos, não foi feito o expediente sobre o assunto do parecer do Supremo Tribunal Militar, mandando-lhe trancar as notas de ausência e deserção e mandando contar como tempo de serviço o decorrido entre 12-Julho-1903 e 20-Fevereiro-1908.
28-Novembro-1932
Manda o Governo Provisório da Republica Portuguesa, pelo ministro da Marinha e Colónias, que o Supremo Tribunal Militar consulte sobre se ao Tenente do Quadro Ocidental, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, deve ser colocado no seu primitivo lugar na escala de acesso dos oficiais do seu quadro, como ele pede no requerimento que acompanha o processo que junto se envia.
Paços do Governo da Republica aos 30-Junho-1911
Ficava entre Arrobas e Duarte Silva
Lisboa, 19-Maio-1911
Pede o Tenente que seja colocado no seu primitivo lugar na escala dos oficiais do seu quadro...
ü o requerente desertou em 12-Julho-1903, sendo já Tenente, apresentando-se voluntariamente em 20-Fevereiro-1908...
ü ... pelo que se descontou no tempo de serviço e na antiguidade do posto de Tenente 4 anos, 7 meses e nove dias.
ü Depois voltaram a contar este tempo
ü ... deverá o oficial ir ocupar sua altura anterior na escala dos oficiais do seu quadro?
ü Tanto mais que existem oficiais mais modernos que o requerente no posto de Tenente promovidos a Capitão.
ü Acrescentando a circunstância do oficial à data da deserção em 12-Julho-1903, não satisfazer as condições de promoção para Capitão (4 anos no posto de Tenente).
ü ... faltava pelo menos 2 anos de serviço efectivo quando em 12-Fevereiro-1910, em que foi promovido a Capitão Joaquim Duarte da Silva, oficial imediatamente à esquerda do requerente no posto de Tenente pois como se verifica (...) só completou os 2 anos de serviço efectivo em 6-Julho-1910.
ü E deverá o oficial ser promovido a Capitão contando a sua antiguidade de 6-Julho-1910 em que satisfazia as condições de promoção sobre o tempo de serviço e permanência no posto?
ü Não acarreta isto prejuízos de 3ºs – os oficiais hoje mais antigos e que passariam a mais modernos – que estiveram sempre ao serviço, arruinando a sua saúde, servindo o Estado, todo nas Colónias? É isto justo?
ü Nestas circunstâncias entende a repartição (...) poderá ao requerente ser-lhe contado o tempo de ausência para a reforma, mas não a sua colocação na escala de acesso dos oficiais do seu quadro
26-Junho-1911
Nota dos assentos que tem no registo...
Lisboa, 30-Março-1911 e
Lisboa, 23-Março-1911
Ministério da Guerra
Repartição do Gabinete nº 755/c de 3-Junho-1937
Por dizerem respeito a indivíduos dependentes desse ministério encarrega-me S. Exª o M. da Guerra de remeter a Vexa os adjuntos documentos encontrados no arquivo deste ministério.
Vidé processo geral nº50 de 1937
Comando da 1ª Região Militar
Porto, 1-Agosto-1931
Ao Sr. Ajudante General do Exército 1ª Repartição
Em referência ao assunto da nota dessa D.G. – 1ª repartição – nº 1447 de 25 do corrente comunico a Vexa para conhecimento de S. Exª o Min. da Guerra que o processo respeitante ao ex- Tenente do exército do quadro colonial da Província de Angola, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, na mesma nota citado, não se encontra arquivado no T.M.T. desta cidade.
Comandante da 1ª Região Militar Porto
...seja enviada a esta DG cópia da sentença e libelo acusatório, relativa ao ex-Tenente do exército do quadro colonial da Província de Angola, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, que foi julgado em 1912 no T. Militar de Chaves...
ex-Tenente do exército colonial (Quadro Ocidental), Carlos Augusto de Noronha e Montanha
PROCESSO CRIME
Foi condenado em 15-Novembro-1912 pelo Tribunal Militar Marcial de Chaves em 20 anos de degredo por tentar restabelecer a forma do governo monárquico
Lisboa, 11-Agosto-1931
6ª Divisão do Exército – Sector de Defesa entre o Monte e o Cávado
José Carrazedo de Sousa Caldas Viana e Andrade, Capitão de Infantaria nº5, promotor de justiça do Tribunal Militar organizado (...), requeiro ao Mº Juiz Auditor do mesmo tribunal que os arguidos:
1) Fiel dos Santos Ventura Barbosa, ex- Alferes miliciano
2) Fernando de Almeida Cardoso Albuquerque (Conde de Mangualde ), ex- Tenente de Artilharia
3) Álvaro Manuel de Meneses Pita e Castro, ex- Alferes miliciano de cavalaria
4) Virgílio Augusto de Castro e Silva, ex- Tenente de Infantaria
5) Francisco António da Cruz Amante, ex- Tenente médico reformado
6) Artur Mª Sobral de Carvalho Figueira, ex- Tenente de Infantaria
7) Augusto Alves de Campos, ex- Alferes de Infantaria
8) Augusto da Conceição Gonçalves, ex- Alferes de Infantaria nº 10
9) Carlos Augusto de Figueiredo Sarmento, ex- Alferes de Infantaria
10) Carlos Augusto de Noronha e Montanha, ex- Tenente do Exército Ultramarino
11) Carlos Martins de Carvalho, ex- oficial da Marinha de Guerra
Todos ausentes em parte incerta, sejam mandados submeter a julgamento pelo crime previsto no (...) de 30-Abril-1912 e lhes sejam aplicadas as penalidades da lei infrigida.
Dou como testemunhas:
Carlos Alves Cutelo, consul de Portugal em Verim
João Correia de Barros, empregado no mesmo consulado
Manuel Moura, barbeiro
Eduardo Fernandes
Todos portugueses e igualmente residentes em Verim, pelo que prometo apresentá-los em audiência de julgamento visto não puderem ser entimados.
Dou mais testemunhas:
Aurélio dos Santos Tomás Ribeiro, 1º aspirante das alfândegas, chefe do posto fiscal de Vila Verde da Raia
João António Rodrigues, 2º Sargento da 4ª Companhia da Guarda Fiscal e comandante do posto fiscal de Vila Verde da Raia
António Gomes, soldado da Guarda Fiscal
João Baptista, soldado da Guarda Fiscal
José de Carvalho, jornaleiro
Aníbal dos Santos, músico de 1ª classe reformado
Ambos residentes em Vila Verde da Raia
António Carvalho Martelo, 2º Sargento de Infantaria 19
Alberto José Rebelo, 2º Sargento de Infantaria 19
Manuel da Assunção Figueiredo, 2º Sargento de Cavalaria nº6
João Filipe Rodrigues de Sousa, empregado na adm. do concelho de Chaves
António José Rodrigues, empregado na adm. do concelho de Chaves
Promotoria do Tribunal Militar em Chaves 24-Outubro-1912
Está conforme
Secretaria do 1º Tribunal Militar Territorial de Lisboa 3-Agosto-1931
SENTENÇA
Mostra-se pelas respostas do Juiz que os arguidos ausentes em parte incerta: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10 e 11
Cometeram o crime de haver tentado restabelecer a forma do governo monárquico, pelo modo indicado nos autos.
Ora: atendendo...
Tribunal Marcial de Chaves
15-Novembro-1912
está conforme
Lisboa, 3-Agosto-1931
Fim da pasta 48, processo 44
Carlos Augusto de Noronha Montanha
Ex- Tenente
Pasta nº12
Processo nº8
Arquivo de 1940
Em resposta ao ofício nº16.746 de 22 de Novembro findo, informo Vexa que o Tenente reformado, Carlos Augusto de Noronha e Montanha foi abatido pelo dec. de 18-Julho-1912 (BMU – Pª 13/1912)
O referido oficial percebia de vencimento em 1912 – 45,00
Lisboa, 9-Dezembro-1947
Pelo Director Geral,
Paulo Benard Guedes
Coronel
Lisboa, 28-Outubro-1947
Ao Sr. Presidente do C. Ad. do Depósito M. Colonial – Lisboa
Em referência à nota nº237/32, de 10 Fevereiro deste ano, junto envio a Vexa os títulos:
ü Nº1815 Moçambique 20$19
ü Nº2524 Angola 839$49
859$68
para liquidação do débito do falecido Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Ministério das Colónias
Assunto: vencimento em dívida ao falecido Tenente do ext. Q. P.F.C., Carlos Augusto de Noronha e Montanha.
Informação: Por Cooperativa Militar dos Oficiais da Guarnição de Coimbra, foi requerido o pagamento do que ficou em dívida ao seu falecido sócio Carlos Augusto de Noronha e Montanha, que foi Tenente reformado do ext. Q. P.F.C., falecido em 14-Janeiro do ano corrente.
(...)
Lisboa, 22-Outubro-1947
Lisboa, 22-Julho-1947
Ao Sr. Chefe da 2ª Repartição da D.G.M. do Min. das Colónias
Em aditamento à minha nota (...) permita Vexa que lhe transcreva o texto da nota (...) do comando da 2ª região militar:
“não tenso até à presente data sido enviada a importância de 859$68 respeitante ao débito do falecido Tenente do extinto QC, Carlos Augusto de Noronha e Montanha, à Cooperativa Militar dos Oficiais da Guarnição desta cidade, a que se refere a minha nota (...) venho rogar a Vexa se digne informar se para efeito de liquidação do seu débito é necessário ou não que...
Lisboa, 26-Maio-1947
“esta cooperativa não tem dúvida alguma em pagar a quantia de 129$ pedida pelo Depósito Militar Colonial. Porém, em virtude de as instruções a observar pelas Cooperativa e Cantinas Militares para reaverem as importâncias de fornecimentos a sócios que faleceram deixando vencimento na Fazenda Nacional – de 17_Janeiro-1939, do Ministério da Guerra parece que tal quantia não é devida.
Arnaldo de Passos, Tenente reformado, gerente de “Cooperativa Militar dos Oficiais da Guarnição de Coimbra” desejando que dos vencimentos em dívida ao falecido Tenente – reformado do Quadro Ocidental Sr. Carlos Augusto de Noronha e Montanha, seja paga a esta cooperativa a quantia de (961$85) ”novecentos e sessenta e um escudos e oitenta e cinco centavos” de artigos que pela mesma lhe foram fornecidos como consta dos dois vales juntos
Coimbra, 4-Fevereiro-1947
Junta-se uma certidão de óbito e 2 vales
Conservatória do Registo Civil de Coimbra
Registada no livro de emolumentos sob o nº1160
CERTIDÃO DE ÓBITO
Eduardo de Miranda Vasconcelos, bacharel formado em direito e conservador do registo civil de Coimbra.
Certifico que no livro de registo de óbitos número 6 do ano de 1947 desta conservatória, a folhas 30 verso se encontra o registo do teor seguinte:
à margem nº60 Carlos Augusto de Noronha e Montanha
no texto: «às 15 horas e (...) minutos do dia 14 do mês de Janeiro do ano de 1947 no Sítio da Fonte da Cheira, freguesia de Santo António dos Olivais, desta cidade, faleceu de cirrose hepática, bronco pneumonia, um indivíduo do sexo masculino de nome Carlos Augusto de Noronha e Montanha de setenta e sete anos de idade, de profissão Tenente do exército reformado, natural de Nova Goa, Índia Portuguesa, domiciliado no referido sítio filho legítimo de João Paulino de Miranda e Montanha e de Maria Guilhermina de Noronha, cujas naturalidades se ignoram, já falecidos.
O falecido era viúvo, há quarenta e três anos de Amery Anne Augusta Knell Naughton, nat. de Inglaterra e teve o último domicílio em Lisboa.
O falecido não deixou herdeiros sujeitos à jurisdição orfanológica, não deixou bens, ignora-se se fez testamento e o seu cadáver vai ser sepultado no cemitério da Conchada.
Foi declarante António Pelayo Temido, solteiro, domiciliado na Av. Sá da Bandeira desta cidade
Este registo lavrado nesta conservatória às 11horas e 15 minutos, depois de lido e conferido com o seu extracto, vai ser assinado por mim Eduardo de Miranda Vasconcelos, Conservador do Registo Civil e pelo declarante.
Lisboa, 26-Março-1947
Ao Sr. Presidente do C. Ad. do Depósito M. Colonial – Lisboa
A fim de ser entregue a interessada, Manuela de Miranda Esteves, pupila do falecido Tenente reformado do ext. Q. P. F. C. Carlos Augusto de Noronha e Montanha junto envio a Vexa o título 1197 – Angola – de esc. 1.500$ conforme nota do C. Ad. desse depósito nº355/32 de 27 de Fevereiro último.
Ministério das Colónias
Dir. Geral Militar
Serviço de República
= Assunto =
Abono do subsídio para funeral do Tenente reformado do ext. Q. P. F. C. Carlos Augusto de Noronha e Montanha
= Informação =
Manuela de Miranda Esteves, de 27 anos de idade, solteira, protegida do Tenente reformado do ext. Q. P. F. C., Carlos Augusto de Noronha e Montanha, falecido em 14 de Janeiro deste ano, requer o abono do subsídio para o pagamento das despesas que fez com o funeral do seu protector, para o que junta os documentos legais.
O artº 1 do dec.-lei nº14.341, de 28-Setembro-1927 tornado extensivo às colónias por força da portaria nº7878, de 1934, dá-lhe direito ao abono de um subsídio de até esc.1.500$00.
No orçamento vigente da Colónia de Angola há verba para o pagamento desta importância e a colónia tem fundos disponíveis na metrópole para a sua liquidação, como informa a 2ª repartição da dir. geral da Fazenda das Colónias em 14 do mês corrente,...
Dignando-se Vexa autorizar proceder-se-à à liquidação a favor do requerente.
Lisboa, 17-Março-1947
Sr. Ministro das Colónias
Excelência
Manuela de Miranda Esteves, de 27 anos de idade, solteira, nascida na freguesia de Santa Isabel, Concelho de Lisboa, residente na Fonte do Cheira, freguesia dos Olivais, Concelho de Coimbra, acompanhando o falecido Tenente do extinto quadro colonial, Carlos Augusto de Noronha e Montanha desde os 13 anos, como sua protegida, declara a Vexa ter sido a pessoa que se encarregou do enterro do extinto oficial, e, como não se encontra em condições económicas que lhe permitam custear as despesas do referido funeral, requer a Vexa que, ao abrigo do disposto nos termo do decreto 14.341, se digne conceder-lhe o subsídio a que tem direito, como se prova com os documentos juntos.
Coimbra, 4-Fevereiro-1947
Coimbra, 12-Fevereiro-1947
Conta para o funeral do sr. Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha
A Exma Senhora D. Manuela de Miranda Esteves
Jan 14 importância do funeral incluindo todas as despesas »»» 1.625$50
Atestado
A Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais da cidade de Coimbra:
Atesta, conforme deliberação tomada em sessão de 20 de Fevereiro e baseada na declaração, que fica arquivada, de dois comerciantes desta freguesia, que D. Manuela de Miranda Esteves, natural de Lisboa e residente na Fonte da Cheira, desta freguesia, foi quem se encarregou do funeral do sr. Tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha, do quadro colonial, e que não se encontra em condições económicas, que lhe permitam custear essas despesas.
Lisboa, 27-Fevereiro-1947
Ao sr. Chefe da 2ª Rep. Da D.G.M. do Min. das Colónias
Para os devidos efeitos junto envio a Vexa um requerimento acompanhado de uma certidão de óbito, atestado da junta de freguesia de Santo António dos Olivais, recibo da Agência Funerária, em que a sra. D. Manuela de Miranda Esteves, pede para que lhe seja concedido o subsídio de funeral do Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha falecido aos 14-Janeiro findo.
Lisboa, 27-Setembro-1946
Para os devidos efeitos envio a Vexa a pública forma de uma procuração passada a D. Manuela de Miranda Esteves pelo Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha
(...) no dia 11-Setembro-1946, nesta vila da Lousã e em casa de morada de Carlos Augusto de Noronha e Montanha, viúvo, oficial do exército reformado (...)Fernando Eurico Simões Bastos, ajudante do notário público na comarca da Lousã, licenciado em direito Mário Dias Vieira Machado, com cartório na vila da Lousã e no impedimento legal do mesmo por motivo de licença graciosa que lhe foi devidamente concedida, compareceu como outorgante aquele excelentíssimo sr. Carlos Augusto de Noronha e Montanha, aqui residente. Certifico a identidade do outorgante por conhecimento pessoal. E perante as testemunhas que verifiquei serem idóneas, adiante nomeadas e assinadas, que também conhece, por ele, outorgante, foi dito:
que nomeia e constitui sua bastante procuradora (...) à excelentíssima senhora Dona Manuela de Miranda Esteves, solteira, maior, doméstica, residente também (...) e em especial, para receber os seus vencimentos, assinando por ele os respectivos títulos e todos os documentos indispensáveis para este fim nas competentes repartições.
Testemunhas presentes:
João Fernandes de Almeida
Armando Paulo de Almeida
Casados, proprietários, residentes na Lousã
Lousã, 11-Setembro-1946
Exmo Senhor Chefe da 1ª Repartição Militar do Min. das Colónias
Assunto: mudança de residência
Cumpro o dever de comunicar a Vexa, para conhecimento dessa rep. e fins convenientes, que desde o dia 16 do corrente, mudo a minha residência da vila da Lousã para a Fonte de Cheira – Calhabé, Coimbra.
Idêntica comunicação é também feita nesta data à 2ª repartição militar desse ministério, e à secretaria do comando do depósito de praças do Ultramar, na Junqueira, por cuja via, por julgar ser legal é esta...
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
Lousã, 4-Agosto-1944
Ao sr. Chefe da 2ª Repartição da D.G. Militar do Ministério das Colónias
Lisboa
Devidamente assinados tenho a honra de remeter a Vexa os dois recibos referentes ao sr. Tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha...
O Presidente da Câmara
Pedro Mascarenhas de Lemos
6-Agosto-1940
Ao sr. Chefe da 2ª Repartição...
Junto envio a Vexa uma declaração respeitante ao Tenente reformado Carlos Augusto de Noronha e Montanha, o qual deseja receber os seus vencimentos em Lisboa
Guia
Segue desta D.G.Militar das Colónias para Tires (S. Domingos de Rana), sem dispêndio para a Fazenda Nacional, onde vai fixar residência, o Tenente reformado do ext. quadro ocidental Carlos Augusto de Noronha e Montanha
29-Setembro-1937
Declaração
Declaro que desejo receber os meus vencimentos em Lisboa em virtude mudar a minha residência para a Av. da República, nº 5 – 1º Dto Algés
6-Agosto-1940
Carlos Augusto de Noronha e Montanha
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